Reyno de Portugal
quarta-feira, 30 de junho de 2010
A Democracia Real é um movimento que se dirige a todo o Povo Português, a todos os partidos que pretendem defendê-lo e em especial a todos os verdadeiros Democratas defensores da autêntica Liberdade em Democracia. Chegou a hora de fazer em Portugal uma verdadeira Democracia. É necessário chamar a atenção de todo o Povo Português para os outros Povos em que a democracia é uma realidade e um exemplo. Quais os países que têm os Povos mais livres, de mais alto nível de vida e de maior justiça social? Quais os que na realidade se governam a si mesmos? Esses países situam-se na Europa, onde Portugal existe há mais de oito séculos. Esses Povos verdadeiramente livres escolhem o governo que entendem e que o seu chefe aceita. Esse chefe não vota. Não está comprometido com nenhum partido e limita-se a aceitar as decisões do Povo a que pertence, representa e defende. O chefe desses Povos é o Rei, que não se comprometendo com qualquer partido, somente pertence ao Povo. Nessas Monarquias, as democracias evoluíram e traduzem realmente a vontade e a força do Povo. Esse Rei-Povo é a união de todos os cidadãos, união sem a qual não é possível uma Democracia feita de Paz, Liberdade e Progresso. Que todos os Portugueses meditem nessas Nações e as comparem com as democracias das Repúblicas. Comparem esses Povos monárquicos e democráticos com tantos Povos republicanos, tão pouco livres. Os Reis dignos e honestos representantes do Povo, com os Presidentes da República, eleitos pelo partido a que pertencem, uns tantas vezes metidos em escandalosas desonestidades e injustiças para com o Povo que oprimem. Outros bem intencionados, mas impossibilitados de agir porque são o resultado da divisão do Povo e não da sua união.Os muitos milhares de emigrantes fugidos à República Portuguesa, assim como os refugiados políticos portugueses e de todo o mundo, que escolheram essas Monarquias europeias para viver livremente, nos mais civilizados e democráticos Povos da Terra, são as melhores testemunhas do que aqui afirmamos e estamos dispostos a defender, não pela força, mas pela razão. O Movimento da Democracia Real não defende um partido, defende todos. Não defende um Rei, defende um Povo. Defende a igualdade dos seres humanos. Defende a inteligência que há em todos, para que a ignorância diminua. Defende o Amor – lamenta o ódio, fruto da República. Defende a Paz, não a guerra. O Movimento da Democracia Real exige que seja contada ao Povo toda a verdade acerca da História de Portugal. Exige que seja desmascarada toda a República, e não só os últimos 48 anos. O Povo tem de ser esclarecido, em vez de lhe explorarem a ignorância e a boa-fé. Só assim se poderá chamar “política da verdade”. Que sabe o Povo de há 64 anos para cá? Que lhe ensinou a República?
Há que dar as mãos. Há que trabalhar juntos para que, unidos, se produza o bem-estar de todos. Há que estar ao lado, e não acima. Há que ser igual, e não superior ou inferior. Há que respeitar e não impor respeito. Há que dar em vez de tirar. Há que fazer pensar todos em vez de pensar pelos outros. Há que ouvir para poder falar. Há que amar. Há que entender. Há que atingir um fim comum. Há que refazer Portugal. Há que definir um Povo. Há que realmente unir em vez de separar para enfraquecer.Unido assim é que jamais será vencido.O mal não está nos partidos, está no sistema. Os partidos servem a República servindo-se do Povo. A República serve os partidos usando o nome do Povo. Quem serve o Povo, seja qual for o partido? Quem serve o Povo sem nome? Quem serve os que só trabalham sem perceber os políticos? Quando se ouve falar o Povo em seu próprio nome? Qual o Movimento do Povo? Qual a sua ideia? Quem o ouve e une melhor que as Monarquias? Qual o sistema das verdadeiras Democracias? Qual o sistema da liberdade, da igualdade, do progresso e da justiça? É a República ou a Monarquia? Qual o sistema dos Povos livres? Qual o sistema dos Povos mais civilizados do Mundo? Quais as melhores Democracias? Já viram as Monarquias da Europa? Já viram os resultados das Repúblicas?
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Poupem-nos a sistemas falhados. Poupem-nos a ditaduras. Poupem-nos a fascismos. Poupem-nos a desigualdades. Poupem-nos a ódios. Poupem-nos a violências. Poupem-nos à República!
Não falem de fraternidade; façam-na.
Não falem de amor: amem!
Não falem de justiça; sejam justos!
Não falem de igualdade; sintam-se iguais!
Há que deixar o Povo fazer a História, para que seja honesta e pura.Os Povos monárquicos não temem o Rei. Desejam-no. Têm nele a sua união. Têm no Rei o respeito que merecem. Têm no Rei a sua liberdade.Quais os políticos que não querem o Rei? Os que querem o Povo? O Povo Unido? Como é possível unir o Povo com um Presidente pertencente a um partido? Quem melhor que o Rei pertence ao Povo? Quem melhor que o Rei deixa o Povo livre para tudo escolher e decidir?Senhores políticos, a República em Portugal é sistema falhado. Quem quer a República? Quem se usa dela? A quem é que ela favorece? Todos sabemos, honestamente, que nunca serviu o Povo. Todos sabemos, honestamente, que serve de capa a quem se quer servir do Povo em vez de o servir. O Povo sente isso porque é a vítima maior da República. Há que contar a verdade toda. É o Povo que está inocente em Portugal. O Povo muito mais que ninguém. Em tudo! Basta do egoísmo de não aceitar ideias diferentes das nossas. Todos somos diferentes, mas iguais nos direitos de liberdade e justiça. Somos todos do mesmo País, temos de ser todos a tê-lo, para que seja realmente nosso. O Movimento da Democracia Real é uma ideia, não é um partido. Uma ideia para todos os partidos democráticos. Não tem cargos para dar nem elites para defender. Só pretende fazer pensar quem forma soluções que sirvam a todos. Defende a Paz, a Igualdade, a Unidade e a Liberdade. É um movimento reaccionário à República, na medida em que achamos que o Povo português nada de bom lhe deve. Não pretendemos impor nada. A Monarquia só vale quando aceite, nunca por imposição. Só aceite seria de todos. Os Povos mais livres do Mundo são os que mais evoluíram e que ao mesmo tempo mais respeitam as tradições que livremente quiseram manter.
Porque não fazer como eles?
João Ferreira Rosa
(Fonte: Blogue "Família Real Portuguesa")
AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS. BLOQUEAMENTO, DIVISÃO, INSTABILIDADE OU SOLUÇÃO?
As próximas eleições presidenciais representam hoje um factor de bloqueio, que origina a manutenção de um Governo de gestão e impede soluções alternativas de governação.
O actual Presidente da Republica é assim o principal interessado na manutenção de um Governo, que manifestamente não tem qualquer condição de exercício da função exigível num momento de crise. A incapacidade governamental é cada vez mais evidente e perante essa inércia e incapacidade, os portugueses são confrontados com penalizações gravíssimas nos seus rendimentos e nas suas perspectivas de futuro.
As próximas eleições presidenciais irão ser um marco decisivo, onde o eleitorado português será chamado a tomar uma decisão fundamental e talvez definitiva, perante o dilema de um caminho de mudança ou da grave divisão da sociedade portuguesa e dos conflitos sociais e políticos.
Em nenhum momento após a revolução de Abril e a aprovação da Constituição de 76, estivemos perante uma eleição presidencial que expressasse tão claramente os inconvenientes democráticos da doutrina republicana.
A proximidade de uma eleição presidencial está a inviabilizar uma mudança atempada de uma governação aceitável e minimamente adaptada às circunstâncias.
Os resultados possíveis das próximas eleições presidenciais, terão sempre como consequência uma divisão acentuada da sociedade face às candidaturas que se irão apresentar.
As candidaturas de Fernando Nobre, de Pinto Coelho ou do candidato do PCP, têm apenas o significado politico de manobras de dispersão, motivadas respectivamente pela ingenuidade, pelo radicalismo e pela fixação ideológica estratificada, que não terão outra consequência que não seja a da cativação para a preservação do regime de algumas franjas eleitorais de descontentamento.
Manuel Alegre pelas suas condutas políticas do passado e pelo seu perfil moral e político, nunca poderá deixar de ocasionar uma fractura irremediável da sociedade.
Cavaco Silva para ser eleito terá de provocar uma radical mudança da postura tradicional do eleitorado português.
Os portugueses sempre votaram nas presidenciais em compensação com as maiorias parlamentares.
A tese politica uma maioria e um Presidente sempre foi rejeitada pelos portugueses.
Agora se Cavaco for eleito, como reagirão os portugueses? Passarão a aceitar a tese sempre rejeitada e poderemos visionar uma alternativa governamental ou manterão a sua postura tradicional e a eleição de Cavaco Silva será a forma de consolidar o governo socialista?
O espectro dos resultados desta eleição presidencial será sempre de uma acentuada divisão ou de uma condicionante grave, ao encontro de uma estabilidade governativa.
O actual regime está assim encurralado, daí a importância transcendente do actual momento e destas eleições presidenciais.
O descontentamento generalizado e a insegurança face ao futuro, pode originar uma outra mensagem do eleitorado.
A abstenção poderá atingir níveis superiores a 50% dos votos expressos.
Esta mensagem possível, só poderia vir a ser interpretada como uma rejeição face ao regime e uma exigência de mudança.
Para todos os portugueses que não se revêem no actual sistema e no actual regime, as próximas eleições presidenciais representam assim a oportunidade de iniciar o caminho de rotura e de mudança.
A probabilidade de acontecer uma circunstância desta natureza é elevada, por motivação da actual descrença popular e alheamento, muito mais do que por acção de inconformismo.
Com um resultado eleitoral desta natureza, em que um Presidente da Republica seja eleito através de uma eleição em que os votos expressos não representam a maioria do eleitorado, é a sua legitimidade que estará posta em causa.
É como se a eleição fosse realizada sem o quórum exigível.
É o regime que fica com a sua legitimidade ferida de morte e perante a afirmação inequívoca de uma exigência de mudança do povo português.
O que tem muita probabilidade de acontecer é assim uma revolução pacífica, promovida pela atitude possível do povo português e não pelo confronto da luta política.
Será a derrota do regime e não a vitória dos seus adversários.
Tal como na Lusitânea, dominada pelos Romanos.
Os Lusitanos não cumpriam simplesmente as regras que lhes eram impostas e sem contestarem na luta levaram o Imperador romano a reconhecer…”lá para a Ibéria há um povo que não se governa, nem se deixa governar.”
Mas esse povo sobreviveu, construiu um Reino e dez séculos depois ainda preserva uma identidade.
Talvez seja agora a oportunidade desse povo, escolher uma forma de organização governativa um pouco mais adaptada a essa sua identidade.
José J. Lima Monteiro Andrade
(Fonte: Blogue "Desafio de Mudança")
terça-feira, 29 de junho de 2010
NAS PRESIDENCIAIS, NÓS NÃO VAMOS VOTAR!
Caros Portugueses
Estão a aproximar-se mais umas eleições Presidenciais.
Os candidatos, mais ou menos, já os conhecemos a todos. Não vou fazer críticas pessoais dado que não é essa a minha intenção com este texto.
Pretendo sim, apelar á vossa consciência, ao vosso coração, aos vossos sentimentos mais nobres para que nas próximas Presidenciais em 2011, não vão votar.
Não queremos um Portugal hipotecado de eleições em eleições. Queremos mudar o que se está a passar no nosso Portugal, porque ninguém está satisfeito com as condições em que o País se encontra, a não ser os que têm os grandes tachos e fazem panelinhas com o Governo.
Podem dizer: “ mas votar é um direito que conquistámos”. Estão correctos, mas a abstenção também é um direito que nos assiste para demonstrarmos que o problema não está nos candidatos, mas sim no sistema/regime que temos.
É urgente que a abstenção ultrapasse os 51%. De certeza que se levantarão vozes a questionar tal resultado. Não serão só vozes de portugueses, mas sim do resto do Mundo. Vozes de pessoas que querem lutar por um mundo melhor, verdadeiramente livre, onde manteremos a nossa identidade, as nossas tradições, as crenças e a confiança no futuro.
Basta de oligarquias, jobs for the boys e afilhados.
Temos um dos Países mais ricos do Mundo, se bem que nos queiram convencer do contrário.
Vamos devolver Portugal ao Mundo e principalmente aos Portugueses.
Para que isso aconteça, nas Presidenciais, nós não vamos votar!!!!!!!!!
Ana Vinagre
(Fonte: Blogue do Movimento Mulheres Monárquicas)
PAIVA COUCEIRO PRESO E EXILADO, VÁRIAS VEZES, POR SALAZAR
Exilado pelo salazarismo a 16 de Setembro de 1935, por seis meses, por ter criticado publicamente a política colonial do regime.
Carta de Henrique de Paiva Couceiro a António de Oliveira Salazar, em 31 de Outubro de 1937
(Clique nas páginas para ampliar)
Carta de Henrique de Paiva Couceiro, preso, a António de Oliveira Salazar, em 18 de Novembro de 1937
Esquadra de policia de Alcantara
Novembro, 18 de 1937
Exm.º Snr. Presidente do Conselho de Ministros Dr. Oliveira Salazar
No dia 13 do corrente, pelas 13,30 da tarde, fui convidado a depôr na policia de Defesa Social e Politica, acerca da carta que dirigi a V. Ex.ª com data de 31 de Outubro p. passado.
Até essa data de 13 apenas a comunicara a 4 ou 5 amigos próximos fazendo assim um uso restritissimo do direito que me reservava no P.S. da mesma carta, ou antes representação.
Feita a deposição nestes termos, fui, todavia, detido n'um gabinete sob vigilancia d'um agente; e, pelas 11 da noite, levado para a esquadra de S. Marta com a escolta de 2 agentes.
Entregue ao chefe respectivo, dei entrada no cárcere com grades na janela e na porta; fechada esta, aí fiquei com sentinela à vista. Na terça-feira 16, transferiram-me para a esquadra de Alcântara fazendo o trajecto n'um aurtomóvel celular. Finalmente ontem, 17, recebi aviso de marcha para fóra do País sem indicação de fronteira.
Em resumo, trata-se como se trataria um bombista ou um vigarista, um homem cheio de serviços à sua Pátria, e que precisamente por patriotismo escreveu a V. Ex.ª uma representação, em que se não contem o minimo ataque à sua dignidade pessoal. E todos estes atropelos sobre garantias civicas e sobre os respeitos que me são devidos sem favor, foram praticados sobre a responsabilidade directa de V. Ex.ª como Chefe da Policia Nacional.
Não ofenda quem quer, Snr. Presidente. E eu não me encontro ofendido. Não resisto, como vê. Nem preciso. Porque, por muito que V. Ex.ª se esforce por me apresentar como criminoso comum, ninguém, - permita-me que lho diga sem ofensa, - o acredita. Os meus êrros são muitos, sem duvida. (Errare Humanum esd). Mas o Povo Português verdadeiro, seja qual for a sua côr, - tem confiança absoluta no meu desinteresse e no meu patriotismo. Conhecem-me como eu os conheco. Donde resulta que os procedimentos de V. Ex.ª contra mim são interpretados d'outro modo, pouco lisonjeiro, devo dizer-lhe. Assim, - repito - V. Ex.ª não me ofende. Sôbre o escudo rigido d'uma vida inteira com uma cara só, os seus manejos resvalam para retraír sobre a sua própria cabeça, com despretigio da sua auctoridade. A policia, a censura e as mistificações da imprensa turibulária, são apoios precários, - pode querer-me crer-mo. E, se não arranja coisa melhor, arrisca-se a descer do Capitólio qualquer dia.
Até à vista Snr. Presidente.
Henrique de Paiva Couceiro
Polícia de Vigilância e de Defesa do Estado (mais tarde P.I.D.E.) – “Certificado de viagem” com que Henrique Paiva Couceiro saíu de Portugal para o seu último exílio em Espanha. Ia fazer 77 anos! Mesmo assim foi tratado por Salazar como o pior dos criminosos…
(Fontes: Miguel Paiva Couceiro no Facebook, Sítio "Unica Semper Avis" e Blogue "Causa Monárquica")
REINO UNIDO: AUSTERIDADE ABRANGE A RAINHA ISABEL II
O ministro das Finanças britânico, George Osborne, apresentou no Parlamento um orçamento de austeridade que abrange mesmo a rainha Isabel II, que aceitou o congelamento da verba para as suas despesas oficiais.
"Com o acordo total da rainha, a lista civil vai manter-se congelada em 2011 em 7,9 milhões de libras (9,5 milhões de euros), sendo revista numa data posterior", indicou o ministro.
A declaração surge depois de informações na imprensa referirem que a rainha tinha pedido um aumento dos subsídios que lhe são atribuídos dado que estes não são atualizados desde 1990, ano em que o governo conservador de John Major foi particularmente generoso.
Segundo o 'site' do ministério, o congelamento significa que o valor sofreu uma diminuição de 76% em 20 anos, tendo em conta a inflação.
O ministro das Finanças disse ainda que a Casa Real aceitou submeter as suas despesas a uma auditoria, como todas as outras despesas públicas. Osborne afirmou que esta evolução vai conduzir a "uma maior transparência" e "confiança pública".
Esta lista civil foi criada em 1760 e 70% do total da mesma destina- se ao pagamento dos salários de 1200 funcionários reais, como jardineiros, secretárias, estribeiros e restauradores de móveis, por exemplo. Serve também para financiar festas e receções frequentadas anualmente por cerca de 50 mil convidados.
Publicada por Comendador Castro
(Fonte: Blogue da Real Associação do Baixo Alentejo)
FELIZ DIA DE SÃO PEDRO!
Pedro (século I a.C., Betsaida, Galiléia — cerca de 67 d.C., Roma) foi um dos doze apóstolos de Jesus Cristo, como está escrito no Novo Testamento e, mais especificamente, nos quatro Evangelhos. São Pedro foi o primeiro Bispo de Roma, sendo por isso o primeiro Papa da Igreja Católica. Segundo a Bíblia, seu nome original não era Pedro, mas Simão. Nos livros dos Atos dos Apóstolos e na Segunda Epístola de Pedro, aparece ainda uma variante do seu nome original, Simeão. Cristo mudou seu nome para כיפא, Kepha, que em aramaico significa "pedra", "rocha", nome este que foi traduzido para o grego como Πέτρος, Petros, através da palavra πέτρα, petra, que também significa "pedra" ou "rocha", e posteriormente passou para o latim como Petrus, também através da palavra petra, de mesmo significado.
A mudança de seu nome por Jesus Cristo, bem como seu significado, ganham importância de acordo com a Igreja Católica em Mt 16, 18, quando Jesus diz: "E eu te declaro: tu és Kepha e sobre esta kepha edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão nunca contra ela." Jesus comparava Simão à rocha. Pedro foi o fundador, junto com São Paulo, da Igreja de Roma (a Santa Sé), sendo-lhe concedido o título de Príncipe dos Apóstolos e primeiro Papa. Esse título é um tanto tardio, visto que tal designação só começaria a ser usada cerca de um século mais tarde, suplementando o de Patriarca (agora destinado a outro uso). Pedro foi o primeiro Bispo de Roma. Essa circunstância é importante, pois daí provém a primazia do Papa e da diocese de Roma sobre toda a Igreja Católica; posteriormente esse evento originaria os títulos "Apostólica" e "Romana".(...)
(Fonte: Wikipédia)
(Imagem: Maria Menezes no Facebook)
segunda-feira, 28 de junho de 2010
DOM CARLOS I, FOTÓGRAFO AMADOR
Rei Dom Carlos I e a sua máquina fotográfica
Museu-Biblioteca da Casa de Bragança. Exposição de Fotografia "Dom Carlos I, Fotógrafo amador". Irá realizar-se na Sala de Exposições Temporárias do Castelo de Vila Viçosa, uma exposição de fotografia, designada “Dom Carlos I, Fotógrafo amador”. Esta mostra estará patente de Junho a Setembro de 2010. O Arquivo Fotográfico do Paço Ducal de Vila Viçosa é constituído por um núcleo de cerca de cinquenta álbuns de família (cerca de 2000 fotos), muitos deles organizados pelo próprio Rei a bordo do Yacht Amélia. Deve mencionar-se ainda um conjunto de maços com fotografias de Dom Carlos I, perto de mil, em que muitas são idênticas, com o objectivo de serem oferecidas, pois estão coladas no cartão, identificadas, datadas e assinadas. Além disto, existem os álbuns e os maços das visitas reais, das fotografias oficiais e das cerimónias protocolares (cerca de 7000), oferecidas pelos melhores fotógrafos da época. De todo este vasto conjunto, decidimos expor a reprodução de sessenta espécies, principalmente da autoria de Dom Carlos I, e distribuí-las por quatro temas: as mais antigas (1887), as experiências (1888) e as ofertas, as fotografias para apoio à pintura e que servem de modelo ao quadro que surgirá mais tarde, as reportagens, cujos títulos ilustram o tema tratado, uma família de fotógrafos. A designação indica a influência que o Rei teve sobre os outros membros da família Real e que aqui se observam excelentes resultados. Dom Luís Filipe foi provavelmente o mais dotado de todos. A ampliação de muitas fotografias, insertas nas páginas dos álbuns, às vezes resistem bem e com nitidez, outras vezes isso não sucede e o resultado torna-se pior que o original, no entanto, vale como documento. Nas vitrinas estarão expostos alguns jornais e revistas da época, assinados pelo Rei, bem como dois álbuns, um de Dom Luís Filipe e outro de Dom Carlos I. Por último, gostaríamos de chamar a atenção para uma lanterna mágica, antecessora do nosso projector de diapositivos e um estereoscópio que permite ver em simultâneo duas imagens para se obter uma única. A mostra que aqui se apresenta, evitando os aspectos técnicos, pretende dar nota de um arquivo que é desconhecido da maioria dos investigadores, mas constitui uma nova perspectiva sobre a vida e os interesses da Família Real, nos últimos anos da Monarquia.
Publicada por Maria Menezes
(Fonte: Blogue "Família Real Portuguesa")
TENHO ESPERANÇA PORQUE ACREDITO
Ainda há uma esperança
A minha escolha está limitada
Votar em partidos sem ideologia, sem projecto?
Só nestes posso votar.
Bloquearam a democracia.
Não me revejo nos seus interesses mesquinhos
Não gosto, dos seus dirigentes, porque são pequenos
Corruptos, incultos e incompetentes
Neles não reconheço, valor humano ou moral.
Homens que têm medo da liberdade
Que através do seu poder, amordaçam a informação.
Que para defender os seus interesses mesquinhos, são capazes de tudo fazer.
Não são filhos de Portugal, não são filhos de um nobre povo.
Mentem descaradamente, adulteram a nossa História.
Não são pessoas dignas, não têm respeito por ninguém
Não amam Portugal.
A Republica é permissiva
Nasceu do assassínio e no assassínio perdurou.
Nunca foi sufragada pelo Povo
Foi mantida pela mentira, cedeu às modas das épocas, nunca teve um projecto nacional.
Foi luta, revoltas e instabilidade
Foi opressão da liberdade.
Foi o logro, de uma promessa de ilusão.
Foi queda de um Império, que era apenas uma Irmandade de povos.
Povos que foram abandonados em guerras fraticidas
Por traidores, que usurpavam as palavras nobres, como democracia e liberdade
Republica que se devia envergonhar, mas que tira da pobreza para se propagandear.
Propaganda que é uma afronta à dignidade de um povo.
Em que para se tentar justificar um regime, se faz esquecer o dia da independência de Portugal.
O povo está triste, já não há alegria, nem sonho, apenas a resignação.
Não há ambição.
Não há políticos que ambicionem nada para Portugal e apenas para seu benefício pessoal.
Não há referências de patriotismo, de amor e de dignidade.
A Republica é permissiva à dissolvência de uma Nação, País, território e povo…
Com nove séculos de uma tão gloriosa História.
Pedintes numa Europa que não se afirma, nem o pode fazer, por ausência de identidade
Prisioneiros de um projecto adiado
Nem sequer olhamos para as nossas potencialidades.
Dependentes de empréstimos financeiros para alimentar a ilusão de um nível de vida, que não podemos ter, mas que ninguém tem coragem de reconhecer.
Caminhamos para um abismo, para uma dependência, que ninguém sabe as consequências, mas que todos já prevêem.
Republica falida, sem capacidade de regeneração.
O futuro não será voltar ao passado… mas só poderemos ter um futuro risonho e melhor, se do passado voltarmos a ter orgulho.
Se voltarmos a ter auto estima, motivação e alma.
Tanto que podemos ainda dar ao mundo, se acreditarmos que temos esse desígnio como povo.
Se voltarmos a ter projectos… olhar novamente para o nosso território, o nosso mar, a nossa cultura, os nossos irmãos espalhados por todo o mundo.
Se voltarmos a ter liberdade, exigência, arrojo e dignidade.
E se a isso nos motivarem.
Nunca conseguiremos ressuscitar, se não tivermos a referência unificadora do nosso orgulho, que estimule a nossa auto estima.
Portugal precisa de voltar a ser… um povo com Alma.
O Reino de Portugal.
José J. Lima Monteiro Andrade
(Fonte: Blogue "Desafio de Mudança")
domingo, 27 de junho de 2010
OUTRA GRANDE ENTREVISTA A S.A.R. O SENHOR DOM DUARTE
Revista "Contrabando" Nº 3 de Junho de 2010 - Revista Rayana Multilingue
(Fonte: Blogue "Família Real Portuguesa")
ESPELHO?
Cientes da importância dos caminhos-de-ferro para o desenvolvimento do País, os antigos Reis promoveram fortemente as ligações ferroviárias. As linhas cresceram e propagaram-se a todo o Portugal. Havia, pode-se concluir, uma visão estratégica (encabeçada pela própria Coroa) que pretendia desenvolver a nação. Fizeram-se pontes e túneis (com as dificuldades inerentes à época) pois nada podia impedir a chegada do progresso.
Vou narrar o que me lembra do solene dia da inauguração que, enfim, chegou. Minha mãe não quis ir ao banquete do Carregado. Mas foi comigo para um cerro fronteiro à estação de Alhandra ver a passagem do comboio (….). Finalmente, avistámos ao longe um fumozinho branco, na frente de uma fita escura que lembrava uma serpente a avançar devagarinho. Era o comboio? (…) Vinha festivamente embandeirado o vagão em que viajava D.Pedro V. O comboio parou por um momento na estação, de onde se ergueram girândolas estrondosas de foguetes (…).
Livro de memórias da Marquesa de Rio Maior
Volvidos estes anos, a história é diferente. Com a desculpa de não serem rentáveis, fecham-se linhas ao invés de as modernizar (como Espanha fez). Chega-se mesmo à caricata situação de Viseu (capital de distrito, muito em voga nestes dias por acolher o Congresso da Causa Real) não possuir ligação ferroviária.
Enquanto isso o imenso património ferroviário vai-se acumulando, deixado ao abandono, numa situação que incomoda (para não dizer revolta) qualquer Português que se preze.
Será o estado do património é o espelho do estado do País?
E agora?
Agora Portugal precisa de um REI.
(Fonte: Portugal Futuro)
CURIOSIDADE HISTÓRICA: CREDO REALISTA
Creio no poder do senhor Dom Miguel, Pai criador do sistema realista do exercito do Marquês de Chaves, um só seu filho nosso libertador o qual foi concebido pelos apostólicos, nasceu em Trás-os-Montes, padeceu debaixo do poder dos mações, foi crucificado pelos constitucionais, sepultado com nome de rebelde, desceu à Espanha, de onde há-de ressurgir glorioso e subir ao trono e sentar-se à direita de seu legitimo REI o Senhor DOM MIGUEL, onde irá julgar os maçons de vivos e mortos, Creio na espírito da Junta Apostólica na destruição geral do maçonismo constância da senhora dona Carlota Joaquina na remição dos enganados, na eterna precisão da nossa Santa Inquisição e no extermínio total dos constitucionais, para a vida eterna Ámen.
MOVENDO-SE OS PÉS E OS BRAÇOS NÃO CALEIS VOSSA EXPRESSÃO.
VIVA MIGUEL, VIVA A PATRIA, TRIUNFE A RELIGIÃO.
E.V.
In “Arq. Distrital de Portalegre” Processo do século XIX. Documento achado na porta da Igreja de S. Lourenço de Portalegre.
Documento cedido pelo nosso caro amigo, Dr. Paulo Falcão Tavares
(Fonte: Real Associação de Portalegre)
(Fonte: Real Associação de Portalegre)
A RAIZ DE PORTUGAL
Portugal é um território onde foi plantada uma forte raiz.
Ventos gelados e as mais diversas intempéries,
Têm definhado o brotar da mais bela planta do mundo,
Uma forte raiz a quem se nega, o surgimento da arvore florida.
Muitos de nós nunca viram essa maravilhosa flor,
Nunca sentiram o seu perfume, nunca puderam apreciar a sua beleza.
Muitos outros já não a recordam, já dela não falam a seus filhos.
Quem pode ter paixão pelo que se esquece ou pelo que nunca sentiu?
Esta é a terrível arma do esquecimento, que impede a nossa paixão.
Uma violação da natureza, um pecado capital.
Traição dos insensíveis á beleza, ao sentimento, renegados sem coração.
Que renegam a si próprios a essência humana e obrigam outros a essa condição.
Traição ao humanismo, ao heroísmo dos antepassados e ao futuro dos seus filhos.
Vis traidores que apenas olham para seu umbigo asqueroso.
Ignorantes e pequenos, tão senhores do seu egoísmo, esqueceram-se de pensar.
A raiz é secular, é profunda e forte, foi plantada num solo sagrado.
Tão forte que bastará uma pequena clareira de sol aberto, para que o seu vigor volte de novo.
Esse dia de Primavera chegará breve, bastará seu anúncio pelos que têm essa lembrança.
O povo está saturado do vento frio, das tormentas e anseia pelo sol e ar puro.
Nesse dia todos jubilarão de alegria a ver a árvore a crescer e a ramificar.
O espanto daqueles que nunca a tinham visto, será transformado em sentimento,
Os que dela estavam esquecidos, reconhecerão a verdade dos convictos apaixonados.
Fugirão para longe para sempre desterrados os apátridas sem valor, nem sentimento.
A flor mais bela do Mundo, estará livre para se mostrar.
A Alma do povo ressuscitada, motivará de novo o orgulho, a honra e a glória.
Portugal voltará a afirmar-se no Mundo com todo o seu esplendor.
Porque os portugueses voltaram a ver, a sentir e a exprimir, a sua condição e a sua paixão.
José J. Lima Monteiro Andrade
(Fonte: Blogue "Desafio de Mudança")
sábado, 26 de junho de 2010
S.A.R. O SENHOR DOM AFONSO FEZ ENTREGA DE PRÉMIOS NO TURF CLUB
Hoje (sábado, 26/06/2010) no Clube de Polo La Varzea disputou-se a Taça Turf Club. SAR O Senhor Príncipe da Beira D. Afonso entregou o Trofeu à equipa vencedora em representação de seu Pai que se encontra fora. SAR O Senhor Dom Duarte é o Presidente Honorário do Turf Club.
(Fonte: José Tomaz de Mello Breyner no Facebook)
125º ANIVERSÁRIO DA VIOLONCELISTA PORTUGUESA GUILHERMINA SUGGIA, UMA GRANDE ARTISTA MUNDIAL APOIADA PELA CASA REAL PORTUGUESA
Guilhermina Augusta Xavier de Medim Suggia nasceu em 27 de Junho de 1885, na freguesia de S. Nicolau, no Porto e morreu na noite de 30 de Julho de 1950, na sua casa da Rua da Alegria, 665, também no Porto.
Suggia revela uma tendência prematura para a música e tem como primeiro professor de violoncelo o pai, Augusto Suggia, que reconhece na filha o seu imenso talento musical.
Guilhermina Suggia toma a corajosa decisão de ser violoncelista profissional, sendo a primeira mulher a fazer carreira a solo e a atingir tão grande êxito nessa profissão.
Existem outras mulheres, anteriores a Suggia ou da sua geração que, não podendo comparar-se-lhe em génio musical e consagração, seria injusto esquecer. Lisa Cristiani (1827-1853), parisiense, foi uma das primeiras violoncelistas de que se tem conhecimento; apesar de se reconhecer talento a Cristiani, diz-se que tinha um som pequeno. Gabrielle Plateau (1855-1875), belga, de quem se sabe muito pouco, é considerada possuidora de uma técnica brilhante, mas também sem um som poderoso. De Beatrice Eveline (nasceu em 1877, desconhece-se a data da sua morte), inglesa, sabe-se que fez tournées na Europa como solista. É, no entanto, May Mukle (1880-1963) que é considerada a pioneira das mulheres violoncelistas em Inglaterra e a primeira a conquistar o estatuto de concertista. Beatrice Harrison (1892-1965), filha de ingleses, nasce no Noroeste da Índia. Fez o seu début com 15 anos, foi a primeira mulher violoncelista a tocar no Carnegie Hall e a primeira a ser convidada como solista pelas Orquestras Sinfónicas de Boston e de Chicago.
Na geração imediatamente a seguir a Guilhermina Suggia há a destacar Thelma Reiss (Plymouth, Inglaterra,1906) e Raya Garbousova (Tiflis, Rússia, 1909). Ambas tiveram lições com Suggia. Violoncelistas como Antonia Butler (Londres, 1909) ou Florence Hooton (Scarborough, 1912) têm de ser consideradas, fundamentalmente, como professoras. Zara Nelsova (Winnipeg, Canadá, 1918) marca o início de uma geração de mulheres violoncelistas que já não estudam directamente com Suggia, mas que continuam a reconhecê-la como referência ímpar. Nelsova toca em 1950, no primeiro concerto que se realiza em memória de Guilhermina Suggia, com a Orquestra Sinfónica de Londres, dirigida por Sir Malcolm Sargent, na Royal Academy of Music. Uma outra mulher com um som belíssimo, ligada ainda ao nome de Suggia, é a brilhante e efémera Jacqueline Du Pré (Oxford, 1945-1987) que ganha, com 10 anos, o Prémio Suggia, o qual lhe permite estudar com William Pleeth na Guildhall School of Music.
Guilhermina Suggia era uma mulher muito culta, uma mulher de muitas experiências, uma conquistadora nata, tinha uma lógica própria e relacionava-se com o mundo a partir dessa lógica. Falar do seu temperamento implica falar de música, porque a vida de Suggia é acompanhada sempre de música e do violoncelo. Apesar do seu talento para o violoncelo, estudava muitíssimo, motivada por um ideal de perfeição estilística e musical. Para Suggia, o violoncelo é o mais extraordinário de todos os instrumentos, considerando-o ela o único que tem a possibilidade de suster um baixo por um longo período e a possibilidade de cantar uma melodia praticamente em qualquer registo. Porém, para que se revele a substância musical do violoncelo, é preciso que a técnica não seja estudada apenas como destreza, mas que tenda sempre para a música. “A técnica é necessária como veículo de expressão e quanto mais perfeita a técnica, mais livre fica a mente para interpretar as ideias que animaram o compositor”. [Guilhermina Suggia, “The Violoncello” in Music and Letters, nº 2, vol. I, Londres, Abril de 1920, 106].
Suggia dedica uma atenção muito subtil aos pormenores. Em Londres, quando mora num segundo andar, tem uma vizinha que se queixa que, num dos apartamentos do andar de cima, Suggia, para além de dar aulas de violoncelo, toca continuamente. Acrescenta ainda, com humor amargo, que Suggia se mudou para lá no Outono de 1922 e que até então, 1924, não deixou de tocar. Suggia fixa-se em Londres a partir de 1914 e só regressa definitivamente a Portugal nos anos 30.
A formação de Suggia, depois do que aprendeu com o pai e que foi de muita qualidade e da experiência adquirida no Quarteto Moreira de Sá, é aperfeiçoada na escola alemã de violoncelo, que nos finais do século XIX e princípios do XX é a mais conceituada. Suggia parte para Leipzig em 1901 com uma bolsa de estudo concedida pela Rainha D. Amélia para estudar no Conservatório de Leipzig – conhecido pela exigência de ensino e pela exigência na selecção de alunos – com o professor Julius Klengel (1859-1933).
Sobre a sua discípula, informa Klengel num certificado, datado de 19 de Junho de 1902, que “sem dúvida não tem havido uma violoncelista com o mérito da artista de que me ocupo, que também não tem nada a recear no confronto com os seus colegas do sexo masculino. Mlle. Suggia, possuindo alta inteligência musical e um completo conhecimento da técnica, tem o direito de ser considerada, no mundo artístico, como uma celebridade”.
Klengel profetiza que Guilhermina “cheia de talento, conhecedora de todos os segredos do violoncelo, começa a subir e há-de ir tão alto que ninguém a atingirá”.
A profecia de Klengel realizou-se logo a seguir ao período de Leipzig, com Suggia a tocar com o maior sucesso nas mais prestigiadas salas de concerto europeias. Suggia, que sempre elogiou o professor Klengel e os seus extraordinários ensinamentos, destaca também a influência de Pablo Casals (1876-1973).
Em 1906 Suggia está em Paris, toca nessa altura para Casals e ainda durante esse ano começa a partilhar com ele a mesma casa, a Villa Molitor. O primeiro encontro com Pablo Casals foi no Verão de 1898, em Espinho. Casals tinha sido contratado pelo Casino de Espinho para tocar durante o estio, nas noites do Casino. Eram sete músicos, mas uma vez por semana Pablo Casals tocava a solo e dele se dizia que “transformava um café numa sala de concertos e esta num templo”. O pai de Guilhermina, atraído pela fama do violoncelista, pede-lhe para ouvir a filha (com 13 anos) e Casals, entusiasmado com o som dela, aceita dar-lhe lições. Guilhermina passa o Verão a viajar em lentos comboios, entre o Porto e Espinho, carregada com o violoncelo, enquanto Casals ali trabalha. Encontram-se outra vez em Leipzig, durante as visitas do catalão ao professor Julius Klengel.
Com Suggia e Casals a viver juntos em Paris na Villa Molitor, está reunido o casal mais famoso e talentoso de violoncelistas. A casa situava-se na zona de Auteuil e estava alugada a Casals desde Janeiro de 1905. A Villa Molitor faz parte de um bairro de 25 casas. Casals alugou o nº 20 por ter um pequeno jardim e ficar no fim da rua. A casa tem três pequenos andares: a cozinha no rés-do-chão, a sala de jantar e a sala de visitas no 1º andar, dois quartos e a casa de banho no andar de cima. No fim da Primavera ou princípio do Verão, quando acabava a temporada de concertos e os músicos regressavam das suas tournées, encontravam-se todos na Villa Molitor e daí resultavam extraordinários serões musicais. Lembrou Casals mais tarde que tocavam juntos “pelo puro amor de tocar, sem pensar em programas de concerto ou horários, em empresários, bilheteiras, audiências, críticos de música. Apenas nós e a música”. Desse círculo de amigos faziam parte, entre outros, os pintores Degas e Eugène Carrière, o filósofo Henri Bergson, o escritor Romain Rolland, os músicos Ysaÿe, Thibaud, Cortot, Bauer e compositores como d’Indy, Enesco, Ravel, Schönberg, Saint-Saëns.
Durante o período de coabitação parisiense, encontram-se na revista Le Monde Musical muitas referências entusiásticas às interpretações de ambos.
O ano de 1913 é devastador para a relação Suggia-Casals. O violoncelista pretende sepultar no mais profundo esquecimento aquele pedaço de vida a que ele se referiu como o “episódio mais cruelmente infeliz da minha vida”. Suggia, quando mais tarde se referir a Casals, será na qualidade de violoncelista e nunca no plano amoroso.
O quadro que Augustus John pintou de Guilhermina Suggia em 1923 traz para a matéria a têmpera de Suggia quando toca em público. Durante as sessões no atelier do pintor, Suggia tocava Bach. Essa imagem que o artista tão irresistivelmente captou é um legado para a posteridade sobre a atitude interpretativa de Suggia. No palco incarna a figura da prima-dona que domina a música. Quando entra é uma aparição imponente e desde esse momento começa a magnetização do público ao unir a técnica e a compreensão absoluta da obra. É comum ler-se nas críticas que os aplausos são estrondosos, ressoando nas salas com assistências enfeitiçadas. Suggia, mais do que aplaudida, é aclamada.
Suggia provoca, em geral, sentimentos extremos porque ela própria é de uma impenetrabilidade de aço ou de uma generosidade sem par. Pode ser efusiva, rir alto, ser extravagante, mas também recolher-se até à nostalgia, ser silenciosa e austera.
No Porto, dizem que é uma inglesa excêntrica, que gosta de usar palavras estrangeiras na conversação, afastando-se ostensivamente quando alguém espirra. Tem um sentido de humor britânico que exercita nos circuitos sociais. Ao contrário das senhoras portuenses, Guilhermina Suggia joga ténis, pratica remo e natação. Muitas vezes é ela que conduz o seu Renault preto. Se vai para a casa de Leça da Palmeira, dispensa o motorista. Em Leça da Palmeira alugou uma casa para estudar. Leva um dos cães consigo, Mona ou Sandy e o violoncelo.
Durante a Guerra, Suggia permanece mais por Portugal, e no Porto solicitam a sua participação em concertos de angariação de fundos humanitários. No final dos anos 40, o encontro de Suggia com Maria Adelaide de Freitas Gonçalves, directora do Conservatório de Música do Porto, tem consequências para a vida musical da cidade: a formação da Orquestra Sinfónica do Conservatório, integrando alunos finalistas dessa escola, a que a directora chamava carinhosamente o “viveiro”. Suggia apoiou o naipe de violoncelos e foi solista no concerto de apresentação da Orquestra, na noite de 21 de Junho de 1948, no Teatro Rivoli. Tocou o Concerto de Saint-Saëns e Kol Nidrei de Max Bruch. Dos seus alunos – Pilar Torres, Madalena Moreira de Sá e Costa, Isabel Millet, Maria Beires, Maria Alice Ferreira, Celso de Carvalho, Filipe Loriente, Carlos de Figueiredo, Amaryllis Fleming, Audrey Rainier, Jean Marcel – tinha uma intuição muito lúcida quanto ao papel que desempenhariam na música enquanto violoncelistas. É preciso suportar os bastidores e saber que “para tocar queimamos os nossos nervos”, dizia aos seus discípulos, que nunca aceitou em grande número.
Em 1949, Suggia com sinais visíveis de doença, tem a corajosa iniciativa de criar o Trio do Porto, constituído por ela, pelo violinista Henri Mouton e pelo violetista François Broos. É neste período dos anos 40 que Suggia reforça os laços musicais com compositores e intérpretes portugueses, tocando no Porto, em Lisboa, Aveiro, Viana do Castelo, Braga, Viseu... muitas vezes a convite do Círculo de Cultura Musical dessas cidades. Em 31 de Maio de 1950 toca pela última vez em público, num recital no Teatro Aveirense, para os sócios do Círculo de Cultura Musical de Aveiro, acompanhada ao piano por Maria Adelaide de Freitas Gonçalves. Foi o seu último êxito. Regressa ao Porto conduzida pelo motorista, com o carro cheio de flores. A viagem à América, tão desejada e já programada, não se realizará.
Visando distinguir o melhor aluno do Curso Superior de Violoncelo do Conservatório de Música do Porto é instituído por vontade testamentária da violoncelista o Prémio Guilhermina Suggia, atribuído pela primeira vez em 1953.
Igualmente em cumprimento de disposição testamentária é instituído a partir de 1951 o Prémio Guilhermina Suggia a atribuir pela Royal Academy of Music de Londres com o principal objectivo de incentivar os violoncelistas com perfil de intérpretes a solo a dedicarem-se a um período especial de pós-graduação.
Guilhermina Suggia tinha vários violoncelos. Entre eles destacam-se os famosos Stradivarius (Cremona, 1717) e Montagnana (Cremona, supostamente em 1700; na etiqueta o terceiro algarismo não está completamente legível, embora se assemelhe a um zero). Suggia fez poucas gravações. Para além das gravações existentes em 78 rotações, está actualmente disponível no mercado o CD Guilhermina Suggia plays Haydn, Bruch, Lalo, na etiqueta Dutton (CDBP9748), U.K., 2004.
Reportório
Suggia tocava todos os importantes concertos da época para violoncelo e orquestra – os concertos de Haydn, Elgar, Saint-Saëns, Schumann, Eugène d’Albert, Dvořak.
Uma vez que Suggia fez infelizmente poucas gravações, uma das possibilidades para poder imaginar o som dela é a leitura de variadas críticas, por exemplo à mesma peça, interpretada em anos diferentes. A selecção que apresento é muito restrita e tem de ser percebida como um exercício que deixa de fora muitíssimas outras críticas que, no entanto, participam da mesma atmosfera apreciativa. O critério utilizado nesta brevíssima selecção foi o de procurar referências que pudessem sugerir a natureza do som de Suggia e a particularidade da interpretação em diferentes momentos da sua carreira.
Concerto de Dvořak
Liverpool Post, 17 de Novembro de 1926:
“Mme. Suggia, que tocou no Concerto da Filarmónica na noite passada, tem sempre a certeza de uma audiência entusiástica. Seja qual for o significado do termo, ela aparece como uma das artistas mais temperamentais do mundo dos concertos. A noite passada apresentou-se absolutamente no melhor da sua forma, tocando o Concerto de Dvořak com beleza extraordinária de estilo. O seu triunfo junto da audiência foi completo”.
Manchester City News, 19 de Novembro de 1926:
“A beleza de execução de Mme. Guilhermina Suggia poderia transformar em algo atraente a mais árida das melodias: quando a sua arte é utilizada em peça tão bela como o Concerto para Violoncelo de Dvořak, o efeito é supremamente inebriante. Nada mais perfeito no género foi ouvido, quanto a nós, em nenhum concerto Hallé, nos últimos anos, do que a interpretação que Mme. Suggia deu do andamento de abertura e do “adagio” deste concerto para violoncelo no programa de 5ª feira”.
The Times, 25 de Março de 1931:
“Grande é Suggia e o seu violoncelo. Suggia, artista incomparável, inimitável mulher-espectáculo. Suggia tomou o violoncelo nos seus braços num poderoso gesto. Ele tornou-se parte dela. Uma viragem da sua cabeça na direcção do maestro e lá vamos nós. O violoncelo responde a todas as suas carícias. Ele acompanha-a à medida que ela oscila de um lado para outro. Ela inclina-se ligeiramente para trás e recupera forças como a prima donna na ópera e exterioriza as mais graves notas com uma profundidade de sentimento harmoniosa, a qual vem directamente do tom de toda a orquestra. (...) Agora ela está a ter e a dar inspiração ao maestro. Olha para ele através do seu instrumento, com admiração e alegria. (...) Nós vemos os executantes de cello na orquestra inclinados para a frente com as cabeças curvadas e expressões tensas, perdidos na admiração desta grande mestre do seu ofício. Acabando num acesso de glória ela retira-se do palco. A audiência reclamou-a outra vez e outra vez”.
Musical Opinion, Maio de 1931:
“Diz-se que a interpretação de Suggia do Concerto de Dvořak foi uma visão de rara beleza. Jamais ouvimos o fascinante segundo tema do primeiro andamento tocado com tal sentimento, de acordo com as suas qualidades românticas e ao mesmo tempo com tal recato. Nunca se sabe antecipadamente que particular momento de uma peça receberá o toque inesperado da temperamental Suggia”.
Concerto de Schumann
Sunday Times, 8 de Fevereiro de 1920:
“É quase impossível encontrar algo de novo a dizer sobre a arte de Madame Suggia, mas todas as suas aparições são um fresco deleite. A sua leitura do Concerto para Violoncelo de Schumann foi absolutamente subjugadora, não tanto pela perfeição do fraseado e beleza do tom, como pela impressão que se sentiu de que Mme. Suggia estava absolutamente vivendo na música”.
The Daily Mail, 27 de Outubro de 1922:
“Suggia é soberbamente temperamental, sendo sempre ela que dirige o seu temperamento, sem nunca ser dirigida por ele. No Concerto de Schumann anima com o fogo da sua personalidade o que de outro modo ficaria morto; com a esplêndida largueza de arco e a vivacidade do seu som, Suggia dá alento e brilho à peça”.
Concerto de Haydn
Musical Opinion, Outubro de 1930:
“O mais marcante momento do programa foi a interpretação soberba de Madame Suggia do Concerto em Ré M para Violoncelo e Orquestra de Haydn. Não tinha ouvido tocar assim violoncelo desde que ouvi a última vez Casals; perfeição é a única palavra para isto, dizer mais alguma coisa seria supérfluo”.
The Times, Janeiro de 1935:
“O Concerto em Ré para Violoncelo e Orquestra de Haydn raramente soou tão belo como nesta ocasião, tocado como foi pelo magnífico virtuosismo e, ao mesmo tempo, pela mais íntima simbiose por Madame Suggia, a ligação entre solo e orquestra foi perfeita”.
Concerto de Saint-Saëns
Musical Opinion, 9 de Março de 1917:
“A actuação de Mlle. Suggia revelou toda a grandeza. Ela executou Saint-Saëns não da maneira alemã, mas sim da francesa, mostrando todas as suas boas qualidades, toda a sua amabilidade, a sua cortesia, a sua agudeza de espírito e o requinte de execução no qual estas graças vivem sem sobrecarregar a música com sentimentos tensos. As Variações de Böllmann possuem mais exuberância de expressão e de estilo e nestas Mme. Suggia colocou em realce uma energia apropriada, dando mesmo o toque do estilo satânico ao qual conduz a originalidade da música”.
Daily Telegraph, 23 de Outubro de 1930:
“Mme. Suggia executou a sua parte do Concerto como se toda a literatura da música para violoncelo nunca tivesse sustentado nada tão divino. Ela parecia, igualmente, inspirar a orquestra (Orquestra Sinfónica da BBC, dirigida por Sir Adrian Boult) com o mesmo sentimento”.
Musical Opinion, Março de 1936:
“Não houve efeitos, nem distorsões rítmicas, nem ênfases exagerados de qualquer espécie: houve uma absoluta precisão técnica, uma constante perfeição da entoação e toda a peça foi envolvida com luminosidade e frescura”.
Concerto de Lalo
Seara Nova, 5 de Junho de 1943:
“S. Carlos – 4º Concerto da Orquestra Sinfónica Nacional
Suggia é uma grande e extraordinária artista: isto vale dizer tudo. A sua interpretação do Concerto de Lalo foi de uma qualidade de estilo única, de uma eloquência generosa, no 1º andamento, de uma qualidade de som encantadora no 2º e de uma graça e vivacidade insuperáveis no último. Sempre perfeita, sempre elegante, sempre de uma sedução sem par, Suggia deu-nos ainda o Kol Nidrei de Max Bruch, o Allegro Apassionato de Saint-Saëns, a Peça em Forma de Habanera de Ravel e a Dança do Fogo do Amor Brujo de Falla. Extra programa e correspondendo ao entusiasmo do público, executou a ilustre violoncelista o Zapateado de Sarasate e uma Suite para Violoncelo Solo de Bach, onde subiu às culminâncias da grande arte”.
Concerto de Elgar
República, 16 de Fevereiro de 1946:
“(...) a colossal artista emocionou e encantou a assistência, que lhe fez justamente uma verdadeira apoteose. Tocou o Concerto em Mi menor de Elgar com a sua arcada que arrebata, com o brio e a expressão que só ela possui e ouvido em religioso silêncio, teve aplausos intermináveis, tendo de repetir o último andamento...”.
Suites para Violoncelo Solo de Bach
Arts Gazette, 29 de Novembro de 1919:
“Para mim ela foi sempre uma violoncelista incomparável, mas o que nos deu em Boccherini, em Huré e especialmente em Bach, foi a execução duma grande artista. A sensualidade do seu tom passou a uma sobriedade de paixão serena. O modo como toca é não só de uma beleza sem falhas, como tem o auto-domínio sem o qual nenhuma arte pode viver. A precisão dos contornos e ritmos em Bach, o charme delicado em Boccherini, o sonho em Hauré – nada mais perfeito poderia imaginar-se”.
Sunday Times, 12 de Novembro de 1924:
“Ela alcança provavelmente o seu melhor nas Suites de Bach, onde nenhum conjunto de sons orquestrais ou de piano vêm escurecer a insuperável beleza do seu tom. Tem-se dito acerca dela que consegue fazer vibrar a sua audiência através da mera execução de uma vulgar escala, o que dificilmente constitui um exagero”.
Glasgow Evening Standard, 22 de Outubro de 1926:
“Tudo o que possa ser dito acerca de Mme. Suggia já foi provavelmente dito muitas vezes. É assim quase suficiente afirmar que Mme. Suggia estava na sua melhor forma. Admirava-se a um tempo, o fraseamento, o tom delicado e calmo e a articulação quase humana do instrumento. Foi, contudo, talvez no seu Bach a solo que a sua musicalidade atingiu o mais alto nível. Em suma, Mme. Suggia obrigou-nos uma vez mais a tomar consciência de tudo o que o seu nome significa no mundo da música”.
Oxford Mail, 5 de Dezembro de 1930:
“Uma actuação magistral. A violoncelista deu-nos uma interpretação particularmente notável das duas danças e da giga [da Suite nº 4 em mi bemol maior]”.
Bibliografia:
CLÁUDIO, Mário, Guilhermina, INCM, Lisboa, 1986.
POMBO, Fátima, Guilhermina Suggia ou o Violoncelo Luxuriante, edição português / inglês, Fundação Eng.º António de Almeida, Porto, 1993.
POMBO, Fátima, A Sonata de Sempre, Edições Afrontamento, Porto, 1996.
(Fonte: Instituto Camões)
A CONVERSÃO DO NÃO.
Tem-se considerado que polémica é sinónimo de qualidade, de mérito. Pelo contrário: porque é fácil. A polémica pode ser gerada por uma simples baralhação de conceitos ou ideias. Por outro lado, pode ser gerada pela forma pouco inteligente, pouco educada e até ofensiva com que se exprime um pensamento ou convicção. Assim foi o escritor. Foi escritor e foi polémico. Não foi mais nada. Foi nada. Foi um retrocesso. Negativo. Uma corrente de ar abafado. Um exemplo como um Nobel pode evidenciar um ser extremamente desinteressante. Não compreendo porque Portugal sentiu a obrigação, o peso e o dever de lhe prestar homenagem. Não compreendo. Foi um sinal notável da nossa falta de auto-estima. Estivemos preocupados com o conceito dos outros. Não com a nossa dignidade. Que péssimo embaixador. Que vergonha. Quantos não deram a vida pela Pátria no anonimato. São os que A servem que devem ser homenageados. Não os que A negam. De tudo o que se pode admirar num homem, só vi senão tinta, cinzenta...tudo o resto é triste. Hoje, cara a cara com Deus, o escritor desejaria poder começar a escrever...
Mário Neves, Vice-Presidente da Real Associação da Beira Litoral
(Fonte: Blogue "Fidelíssimo")
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sexta-feira, 25 de junho de 2010
UM REI, UM EXEMPLO
Um dos maiores ‘pecados’ que uma pessoa pode cometer é viver conscientemente no erro! Pior ainda é permanecer nesse mesmo erro.
Há muitos anos que sou monárquico e foi com gosto que aprendi a ouvir o Senhor Dom Duarte (e mais tarde, com o Casamento Real, a Senhora Dona Isabel) com muita atenção. Os seus discursos contrastavam, pela sua coerência, sensatez e sentido de oportunidade, com os habituais discursos republicanos que, normalmente, eram muito fraquinhos (isto para ser educado). Na verdade este contraste é cada vez mais evidente e só não o vê quem não quer. Vê-se claramente que o Chefe da Casa Real sabe qual o caminho que Portugal deve seguir para que se fortaleça e recupere o vigor e prestígio de outrora! É claro como água que Sua Alteza Real se preocupa verdadeiramente com o futuro de Portugal, enquanto Nação independente e soberana. Se as pessoas deixarem de lado o preconceito, que ainda existe relativamente à Monarquia e à Família Real, verão com facilidade que temos um Rei à altura, pronto a servir o País.
Desde há uns tempos para cá, no entanto, tenho ouvido vozes críticas à Família Real, nomeadamente a S.A.R., Dom Duarte (enquanto Chefe da Casa Real Portuguesa).
Convém esclarecer, antes de prosseguir, que a critica é um elemento saudável em qualquer democracia. É bom e positivo que a critica (construtiva, entenda-se) exista pois ela promove o desenvolvimento e, consequentemente, o crescimento. Existem, contudo, limites para o ridículo.
A crítica desgovernada à Família Real, por tudo e por nada, parece, contudo, não pesar na consciência daqueles que a proferem. De facto, frequentemente esses ‘críticos’ permanecem no mesmo erro ‘ad eternum’ sem que estejam minimamente preocupados se a sua critica faz sentido e/ou é oportuna ou não. Perante qualquer chamada de atenção, por mais educada e bem intencionada que seja, reagem violentamente quais cães enraivecidos. Chegam inclusivamente a tentar inverter a situação. Tentam desesperadamente transformar a sua mentira em verdade universal. Querem ter razão a todo o custo. É isto que vejo ultimamente nas críticas à Família Real. As vozes criticas que se levantam (que tendem a ser mais ou menos as mesmas e num número infimamente ridículo) não se importam com o que criticam e/ou se a critica que fazem tem alguma razão de ser. O importante, para essas ‘pessoas’ é criticar. Tudo o resto não interessa. Pobres pequenos de espírito! Apetece ter pena mas deles nem pena se pode ter! Se, num gesto de boa vontade, se lhes tenta dar a mão para os ajudar a sair do buraco que eles próprios cavaram, puxam-nos para esse buraco para que também nós nos afundemos. Essas ‘pessoas’, ao contrário dos monárquicos verdadeiros não procuram elevação (moral, intelectual, ética). Antes pelo contrário: ambicionam somente destruir!
Estas situações fazem-me admirar cada vez mais a paciência e a hombridade da Família Real e principalmente (por ser o mais visado) de Dom Duarte. Outros haveria que, caso estivessem na situação do Duque de Bragança, logo ameaçariam com processos. Logo as vozes maledicentes (sempre prontas a deturpar palavras alheias) dirão que, se Sua Alteza Real não actua, é porque teme alguma coisa. Sabem que mais? Quem é grande (em termos de moral, dignidade, ética, honra e intelecto) de facto não se deixa atingir por golpes tão mesquinhos, tão pequeninos. Este facto mostra claramente a grandeza (nos termos já referidos) da Família Real. E não se confunda grandeza com arrogância. Os ‘pequenos’ (os tais dos golpes mesquinhos) é que dão ares de arrogantes. Aqueles que realmente são grandes, são de uma simplicidade absolutamente desconcertante e é isto que acontece com a Família Real. Este é o comportamento de um Rei. Este é o comportamento de uma Família Real. E é este exemplo que se deve seguir. Um exemplo de elevação sem arrogância.
Não se pretende aqui fazer uma tese a defender a Família Real. Ela não precisa e caso disso necessitasse, certamente teria pessoas muito mais habilitadas dispostas a o fazer.
Simplesmente não é possível que os verdadeiros monárquicos permaneçam calados enquanto a Casa Real é criticada por tudo e por nada. Estou certo que as críticas serão bem vindas e até apreciadas pela Família Real desde que sejam sérias, coerentes e intelectualmente honestas.
Por isso, quem quiser voltar a criticar desonestamente, por ventura com o intuito de iludir as mentes mais desprevenidas, fique a saber que há monárquicos esclarecidos e honestos dispostos a repor a verdade. Esses esforços para denegrir a imagem da Família Real serão, portanto, vãos.
Viva Dom Duarte!
Viva a Família Real Portuguesa!
Viva Portugal!
(Fonte: Portugal Futuro)