terça-feira, 16 de agosto de 2011

PARA ESPANTAR DE VEZ O FANTASMA SALAZARISTA...







Como eram as relações da sua família com Salazar?




- O nosso regresso do exílio foi votado pela Assembleia Nacional. Na
primeira votação, proposta pelos deputados monárquicos, o projecto
chumbou: Salazar mandou votar contra. Mais tarde, foi aceite. Mas
Salazar sempre se opôs à restauração da monarquia. Desconfiava das
ideias demasiado liberais do meu pai. Aliás, o meu pai ainda esboçou um
documento a pedir uma abertura política, mas teve de ceder a fortíssimas
pressões de monárquicos conservadores e recuou. Salazar tinha simpatia
pessoal pela minha tia Filipa, mas uma grande desconfiança em relação à
outra tia, Maria Adelaide, que achava muito «esquerdista»…



Acha que o Estado Novo receava a Família Real?




-Havia sobretudo uma grande preocupação de equilíbrio de forças entre
maçonaria, republicanos, monárquicos… Salazar queria dividir para
reinar. Mas dizia que a família real era uma reserva nacional.



Apesar disso, não seguiu o exemplo de Franco, que preparou o regresso da monarquia…



- Não, ele sempre se opôs.



D. Duarte de Bragança in Entrevista á revista Visão 2006 ‎

http://causamonarquica.com/2008/11/17/entrevista-a-dduarte-pela-revista-visao-2006/




“Nem D. Duarte Pio nem D. Duarte Nuno, seu Pai, usufruíram da
protecção do regime salazarista. Sofreram, pelo contrário, grandes
limitações na sua actuação e não foram sustentados por ele. De resto,
foi o regime salazarista, (não a 1ª República, que nesse particular se
conduziu correctamente), que subtraiu ditatorialmente grande parte dos
bens do domínio privado próprios do chefe da Família Bragança,
constituindo com eles uma fundação por um arbitrário acto administrativo
sob a forma de decreto, em 1933 – a Fundação da Casa de Bragança – da
qual injustamente tem estado excluído o próprio chefe da dita Família,
desapossado desse seu direito histórico.”




Augusto Ferreira do Amaral in A Legitimidade de D.Duarte – Carta de Augusto Ferreira do Amaral ao Jornal Público

http://causamonarquica.com/2010/12/21/a-legitimidade-de-dduarte-carta-de-augusto-ferreira-do-amaral-ao-publico/




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