Reyno de Portugal

sábado, 30 de abril de 2011

PARABÉNS PARA TODAS AS MÃES!

 
No Dia da Mãe recordamos as declarações de S.A.R. a Duquesa de Bragança, proferidas em Maio de 2008: 
 
"É com muita satisfação que os vejo crescer de forma saudável e feliz. Como todas as crianças, têm os seus problemas, mas de uma forma geral são crianças muito sãs e alegres. O bem-estar deles compensa qualquer sacrifício."

 

S.A.R. DONA ISABEL DE BRAGANÇA EM ENTREVISTA PARA A REVISTA CARAS NO DIA DA MÃE EM 2008 

 

A Duquesa de Bragança criou com os três filhos laços de amor, carinho e cumplicidade indestrutíveis.

Hoje, Afonso, de 12 anos, Francisca, de 11, e Dinis, de oito, já acompanham a mãe para quase todo o lado e, apesar de serem descendentes da Família Real Portuguesa, pouco têm que os distinga das crianças comuns, se exceptuarmos a formação específica que recebem para se prepararem para as responsabilidades que terão ao longo da vida, ou o facto de serem um dos alvos preferenciais dos fotógrafos quando estão em sítios públicos.

E claro que os três têm consciência do peso de serem filhos do pretendente ao trono português, D. Duarte de Bragança, e tanto Afonso como Francisca já assistiram, por exemplo, ao tradicional Jantar dos Conjurados, ocasião que marca o início da sua participação mais activa nas funções ao serviço da Causa Real.

"A maior parte dos membros das famílias reais são muito tímidos, no fundo, porque são observados desde que nascem. Os nossos filhos vão ter de aprender a lidar com isso, faz parte da vida deles", declarava D. Isabel à CARAS em Novembro de 2006, quando completou 40 anos.

Quanto à timidez, Afonso e Dinis parecem não ser excepcionalmente afectados por ela. Já Francisca dispensaria ter todos os olhos postos em si, tal como a mãe já referiu em anteriores entrevistas: "A Francisca, tal como eu, é muito tímida. O Afonso e o Dinis são bastante sociáveis. O Afonso, que é sempre muito preocupado com os irmãos, é o apaziguador da família. É uma criança muito alegre. Não é tímido. Quando vê que há alguém que não conhece os outros meninos, vai apresentá-los, porque gosta que se ambientem."

Nestas imagens recolhidas na vila de Monsaraz, no Alentejo, a propósito do Dia da Mãe (4 de Maio) , D. Isabel mostrou que gosta de proporcionar aos filhos momentos de descontracção, por isso, nestes dias, mais do que descobrirem factos novos sobre a História de Portugal, Afonso, Francisca e Dinis puderam desfrutar de momentos de cumplicidade com a mãe. "É com muita satisfação que os vejo crescer de uma forma saudável e feliz ."

"Como todas as crianças, têm os seus problemas, mas de uma forma geral são crianças muito sãs e alegres. Os mais velhos estão a começar a entrar na adolescência e a colocar-nos novas questões, próprias da idade, mas nada que não se consiga resolver através do diálogo", dizia a duquesa em Dezembro de 2007.

Uma mãe dos tempos modernos que sabe dosear educação, ternura e divertimento. A duquesa tem como objectivo transmitir aos filhos valores morais e espirituais e incutir-lhes o amor pelo seu país, assim como proporcionar-lhes a formação necessária para estarem à altura de responder adequadamente quando o protocolo exige maior formalidade. Até porque, como costuma frisar, em casa nunca esquecem o forte legado histórico da família:

"Temos obrigação de lhes ensinar que eles têm deveres particulares para com Portugal."

Objectivos que começou a traçar assim que foi mãe pela primeira vez, a 25 de Março de 1996, quando toda a sua vida passou a ser organizada em função da maternidade. Afinal, ser mãe,mesmo para uma duquesa, implica trocar horários e rever prioridades. Com o nascimento de Afonso, príncipe da Beira, revelou-se uma mãe extremosa e o seu dia-a-dia alterou-se de tal forma que, embora não tenha abdicado da profissão de consultora financeira, decidiu passar a trabalhar em casa para estar perto do filho.

"Não há ninguém que possa ocupar o lugar de uma mãe", justificava-nos, em Setembro de 1996, numa entrevista em que revelava estar grávida de Maria Francisca Isabel Micaela Gabriela Rafaela Paula de Herédia de Bragança, de seu nome completo, que nasceria a 3 de Março de 1997. Nesta altura, já mais experiente, D. Isabel abrandou o ritmo e fez alguns ajustes na forma como geria o seu dia-a-dia. E, embora o seu novo papel a levasse a prescindir de algumas coisas, como acompanhar o marido em viagens ao estrangeiro, confessava à CARAS, em Maio de 1999:

"Há coisas que custam sempre um bocadinho, mas o bem-estar deles compensa qualquer sacrifício."

Um mês depois, D. Isabel confirmava estar à espera do terceiro filho: "Por um lado, o Afonso e a Francisca estão cada vez mais independentes, em breve ela irá também para a escola, por isso, já posso pensar em dedicar-me a um bebé. Depois, tudo acaba por ser uma questão de hábito e penso que poderei conciliar as coisas com alguma facilidade." A 25 de Novembro nascia Dinis, que poderá não ser o último filho de D. Isabel e D. Duarte, como nos confidenciava a duquesa em Novembro último: "Gostávamos muito que a nossa família tivesse quatro filhos. Nunca se sabe..." »

 
A Real Associação da Beira Litoral deseja muitas felicidades para S.A.R. Dona Isabel de Bragança e para todas as mães portuguesas.

A MONARQUIA BRITÂNICA EXCITA A IGNORÂNCIA DA MENTALIDADE REPUBLICANA


Palácio de Buckingham, onde nunca tomei chá (nem whisky)

A ignorância se converte em vício quando exposta publicamente travestida de opinião qualificada. Parece-me que hoje em dia é mais penoso dizer não sei a desincumbir-se da tarefa de comentar temas sobre os quais repousa o mais absoluto e desonesto desconhecimento. A propósito do casamento do Príncipe com a duquesa de Cambridge foi monumental a quantidade de tolices e de manifestação desabrida de estupidez que li e ouvi ao longo das últimas semanas sobre a função política e sobre a legitimidade da Monarquia Britânica.
É compreensível que o vulgo, entendido como um ignorante no assunto, tenha a impressão de que a Monarquia Britânica seja apenas um adereço excêntrico de um país de Primeiro Mundo, classificação hoje antiquada. Mas não me parece adequado que profissionais contratados para desenvolver um trabalho específico sejam despreparados e destilem comentários alicerçados numa vulgata republicana. Assim, tendo a república por parâmetro, o telespectador tem reforçada a sua impressão de que aquilo é mesmo uma excentricidade sustentada pelos britânicos e que de vez em quando promove um casamento grandioso.
Uma incontinência verbal reiterada foi sobre a possibilidade de o casamento do Príncipe William renovar ou revigorar a Monarquia. God Lord! Que eu saiba, a Rainha Elizabeth II continua viva e saudável. E não me parece que o casamento do neto injetará um desnecessário espírito de renovação. E quando Sua Majestade se for, também não me parece que o Príncipe Charles, o sucessor direto ao trono, primará por um reinado diverso. Afinal, o que significa, sob o ponto de vista dos comentaristas brasileiros, uma renovação? Se é o espírito diabólico republicano que os move é perfeitamente natural que eu compreenda tal manifestação como o desejo de ver a Monarquia Britânica agindo contra ela própria, ou seja, sendo o agente de sua própria destruição.
(Parênteses: vejo com preocupação a proposta de mudança radical da ordem Constitucional levada a plebiscito pelo governo de coalisão do Partido Conservador com o Partido Liberal-Democrata (http://www.economist.com/node/18617926?story_id=18617926). Transformar a Câmara dos Lordes num Senado com membros eleitos pelo voto popular não me parece uma ideia politicamente decorosa sob um sistema que vem funcionando. Fecho o parênteses).
Há uma visão duplamente equivocada nas opiniões que li e ouvi a respeito da Monarquia Britânica, sob as perspectivas histórica e política. Há uma certeza inabalável de que a Monarquia é antiguidade, coisa do passado, e a República, um sistema moderno e eficiente. Tal visão é oriunda de um exercício de ficção baseado num recorte histórico que estabelece o mesmo parâmetro de julgamento para toda e qualquer Monarquia. Se somos ensinados que as Monarquias européias eram Absolutistas e, quase todas, foram muito bem substituídas pelas Repúblicas a informação que registramos é que todas as monarquias ao longo da história eram execráveis e passíveis de abolição e substituição. Deixamos de aprender, portanto, que as Monarquias absolutistas na Europa Ocidental tiveram seu período histórico específico, do século XVII a meados do Século XIX, portanto, tal sistema não foi uma constante ao longo da história. Também não aprendemos na escola que o caso da Inglaterra é emblemático porque a Revolução Gloriosa de 1688, que depôs o Rei James II, foi justamente uma ação para restaurar o sistema e ratificar o equilíbrio político com o Parlamento e que resultou na Monarquia Parlamentar e Constitucional que vigora até hoje.
Espanta-me, assim, que um jornal como O Estado de S. Paulo publique uma reportagem que comece dessa forma constrangedora:
Não deixa de ser intrigante que uma Grã-Bretanha moderna, multicultural e democrática mantenha uma instituição elitista como a monarquia. Ainda assim – e apesar dos escândalos envolvendo a realeza – os britânicos parecem estar satisfeitos com a coroa. Diferentes pesquisas indicam que a popularidade da monarquia tem variado entre 70% e 80% nos últimos anos.
Para a repórter, uma Grã-Bretanha moderna, multicultural e democrática só poderia escolher, preparem-se!, estão preparados?, sim, senhoras e senhores, só poderia escolher a república! Instituição elitista? Pergunto: a expressão é adequada ou faltou à jornalista um vocabulário mais rico? Depois, vem o melhor: a insatisfação da repórter pela Monarquia esbarra na preferência da maioria da população britânica. Que piada de mau gosto, não? E que estúpidos esses ingleses que discordam da opinião gabaritada da repórter brasileira.
E o jornal foi além ao publicar um panfleto antimonárquico, Para que serve a monarquia?, do suspeito de sempre, Gilles Lapouge, que afirma, sem citar a fonte, que muitos britânicos consideram a monarquia obsoleta, contrariando a pesquisa citada na reportagem que o jornal publicou. Ignorância ou desonestidade? Ao escrever que a Monarquia Britânica “não serve para absolutamente nada” e “que o rei tem três funções apenas” (outorgar honrarias, nomear o primeiro-ministro que o Parlamento lhe diz para nomear e dissolver, nas mesmas condições, o Parlamento) Lapouge manifesta ratifica ambas as qualificações.
O equívoco de análise histórica, aliás, não se restringe à Inglaterra. Aproveito a presença do intelectual francês para notar que é comum a Revolução Francesa ser saudada como um marco da Liberdade em vez de ser encarada como o fim de uma Monarquia despótica e o início de uma República autoritária e sangrenta. Para os interessados no assunto recomendo, a título de introdução ao assunto, os seguintes livros sobre a Revolução Inglesa: 

The Glorious Revolution, de John Miller;
1688: The First Modern Revolution, de Steve Pincus;
The Glorious Revolution: 1688 – Britain’s Fight for Liberty, de Edward Wallace.
(Não encontrei traduções publicadas no Brasil)
Sobre a Revolução Francesa, recomendo:
(Há uma tradução não recomendável publicada anos atrás pela UnB sob o título Reflexões sobre a Revolução em França)
Citizens, de Simon Schama;
(A edição publicada pela Companhia das Letras, sob o título Cidadãos, é muito boa)
Fatal Purity: Robespierre and the French Revolution, de Ruth Scurr;
(Há uma tradução da Record, sob o título de Pureza Fatal, mas que não li para avaliar. A capa é bem bonita)
Ancien Regime and the French Revolution, de Alexis de Tocqueville.
(Há duas traduções publicadas no Brasil com o o título O Antigo Regime e a Revolução: uma pela UnB, lançada em 1989, e outra pela Martins Fontes, publicada em 2009. Desconheço ambas, mas tendo a recomendar a da Martins Fontes porque desenvolve um ótimo trabalho editorial).

Parece-me que a maioria dos comentaristas brasileiros desconhece que a Monarquia, personificada na Rainha, funciona como um dos contrapesos do poder político na Grã-Bretanha e exerce a função de conselheira do Primeiro-Ministro e de grande árbitra das questões políticas, estando livre da alternância de poder dos membros do Ministério e do Parlamento, que passam, enquanto a Monarquia fica. Livre da obrigação de ir a votos e com a responsabilidade de preservar as conquistas e garantir o respeito aos modos de vida e a liberdade do povo, a Monarquia, por ser permanente, não pode se arriscar em aventuras políticas e decisões desnecessárias por causa de eventuais clamores contingenciais.
Qualquer um está livre para preferir a república à Monarquia, britânica ou qualquer outra, ou de criticá-la. Mas, por favor, que apresente argumentos claros, não falseie a história nem recorra ao polilogismo na vã tentativa de vencer o debate sem ter razão.

PRÍNCIPE PORTUGUÊS EXPULSO DE ANGOLA

"Príncipe português expulso de Angola". A notícia começou por levar o carimbo de 'Demorado' mas viria a ser proibida. "Dom Duarte de Bragança, Príncipe da Beira, Herdeiro do do Trono Português, foi expulso de Angola, onde se tinha deslocado a fim de apoiar alguns candidatos oposicionistas às próximas eleições. A expulsão do Príncipe, daquela província, onde durante dois anos (1969/70) prestara serviço militar, é considerado pelos monárquicos portugueses como um grave desrespeito para com a causa". -  Jornal "Expresso", 25-04-2011
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Expresso lança "O que a censura curtou" - No prefácio do livro escrito por José Pedro Castanheira, Francisco Pinto Balsemão lembra como o 25 de Abril salvou o Expresso.

O Expresso lança na edição do próximo sábado, 25 de Abril, o livro "O que a Censura Cortou". Com este livro, com o qual o Expresso assinala a passagem dos 35 anos do 25 de Abril , o leitor pode descobrir as reportagens, as entrevistas, as fotografias, as notícias, as opiniões e até as palavras cruzadas e os cartoons que, até à Revolução dos Cravos, o crivo do "lápis azul" não deixou serem publicados. Este livro, com um preço de 9,90 euros, é assinado pelo jornalista José Pedro Castanheira, com prefácio do presidente do Grupo Impresa e fundador do Expresso. Francisco Pinto Balsemão conta nesse texto como o 25 de Abril salvou o Expresso.

S.A.R., DOM DUARTE ACOMPANHA A IMAGEM PEREGRINA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA A SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

A Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima chega sábado a São Tomé e Príncipe, anunciou a companhia aérea daquele país, que em colaboração com a diocese local é responsável pela viagem.
A visita, que decorrerá entre os dias 30 de Abril e 04 de Junho, será a primeira da Imagem Peregrina a um país africano de língua portuguesa após a independência.
Integram a comitiva que acompanha a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, o anterior Bispo de São Tomé e Príncipe, D. Abílio Ribas, Dom Duarte de Bragança, Herdeiro do Trono Português, e o empresário António Oliveira, ex-selecionador nacional de futebol, entre outras personalidades.
Num extenso programa religioso, a Imagem visitará várias igrejas e capelas de São Tomé e Príncipe, pela primeira vez em 50 anos, um evento histórico que terá como ponto alto a pernoita na Capela situada no Ilhéu das Rolas.
notícias.sapo - 29-04-2011Lusa/Fim

SUA SANTIDADE O PAPA JOÃO PAULO II COM A FAMÍLIA REAL PORTUGUESA


GONÇALO RIBEIRO TELLES HOMENAGEADO PELO MPT


No próximo dia 19 de Maio, pelas 18.30h, será inaugurada uma placa na sala da Sede Nacional do MPT que passará a ter o nome de Gonçalo Ribeiro Telles, fundador e actual Presidente Honorário do Partido da Terra. Segue-se uma conferência do mesmo sobre "Portugal e o Futuro".
ESTÃO TODOS CONVIDADOS. Dado o tamanho limitado da sala requer-se a confirmação antecipada da presença pelo tel. 217971109 ou via página do Facebook. O evento terá lugar na Rua da Beneficência, 111 - 1º, (Bairro do Rego) em Lisboa.

publicado por Pedro Quartin Graça em "Estado Sentido"

CONCERTO PRÉ-NUPCIAL COM BAILADO DA PRINCESA VICTÓRIA DA SUÉCIA

A NÃO PERDER, HOJE, EM ESPINHO


FOTOS OFICIAIS DO CASAMENTO REAL BRITÂNICO. PARABÉNS AOS DUQUES DE CAMBRIDGE!


(Clique nas imagens para ampliar)

Fonte: The Official Royal Wedding Photographs by Hugo Burnand

XVII CONGRESSO DA CAUSA REAL: INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES

Sábado, 14 de Maio no Palácio da Bolsa, no Porto

A Real Associação da Beira Litoral definirá, na próxima semana, os congressistas que a irão representar no XVII Congresso da Causa Real. Os associados que entretanto desejarem participar como observadores devem contactar a associação pelos meios habituais.

OS SOLÍPEDES DO MICROFONE


Como seria normal, sentei-me diante do televisor e fui seguindo os comentários das televisões portuguesas. O zapping oferece-nos a oportunidade de avaliar o nível geral dos profissionais da comunicação e como esperava, o superlativo dislate confirmou-se. Informações erradas são uma vulgaridade nestas ilustres personagens e para quem dedica a sua vida a ler notícias e a visionar os actores políticos do planeta, tal facto é imperdoável. Passando sobre parvoíces como a confusão de dinamarqueses com holandeses, notou-se sobretudo, uma irresistível mania pela conspiração e o anúncio de um "provável" ou "possível" desastre. Neste país que há décadas vive na queda mais absoluta da sua longa história, os repórteres de serviço não fugiram à regra. O nível geral fica-se pela compra de acções subavaliadas, golpes bancários, vigarices adjudicativas e comissõezitas à conta do pagode. Enfim, a república.

Enquanto as imagens da sua própria estação mostravam multidões a perder de vista por avenidas, parques, praças e ruas, os  pivots da nossa informação, os tagarelas de luxo, convenciam-se acerca de um imaginado "periclitar" da Monarquia britânica. As entrevistas que de tempo a tempo iam fazendo aos entusiasmados participantes de rua, não foram capazes de os demover da sua augusta estupidez. Sempre de "república" na boca, iam justificando o irresistível contágio a que há muito se entregaram com vergonha de si próprios (1). Mas que intérpretes de gente! Habituados à solenidade das meias brancas de encavacados e outros bem conhecidos solípedes convivas de orçamento, medem o seu microcosmos à lupa, pretendendo extrapolá-lo para outras galáxias. "Se" o casamento não der certo, "se" a Monarquia ainda serve as conveniências da Grã-Bretanha, "se" a Monarquia serve a democracia - como se Portugal pudesse minimamente comparar-se à democracia britânica... - e mais outras tantas interrogações semi-imbecis, polvilharam o histerismo galinhista do todo televisivo português. Faltas de respeito, interrupções da fala de convidados que se dignaram a ajudar o canal a ser mais credível, eis tudo aquilo que se pode dizer. Cem anos "disto" e aqui temos uma anedota de Estado, uma espécie de tropa fandanga de passo desconjuntado e à espera de pré, uma gente que não lembra ao diabo. É "isto", a república portuguesa em iminente queda.

Muita frustração, muita inveja, burrice de estalo, uma excelsa e ignorante arrogância "militante e ajuramentada", resume o todo das pretensas reportagens nacionais.

Quando a noiva entrou na Abadia de Westminster, premi o botão e decidi-me pela BBC. Que pena não o ter feito logo no primeiro minuto! O maior espectáculo do mundo bem merecia.

A Monarquia é de facto outra coisa e aqui está a explicação.

(1) À tarde e já rendidos à evidência, os comentários (SIC) moderaram e são bastante aceitáveis. Há que sermos justos.

 

Publicado por Nuno Castelo-Branco em  Estado Sentido

sexta-feira, 29 de abril de 2011

"PAU QUE NASCE TORTO, MORRE TORTO"

Como diz o nosso amado povo: “pau que nasce torto, morre torto”. Ora, esta república com 100 anos encaixa-se precisamente nesse dizer. Manchada de sangue, imposta de uma forma antidemocrática, pela força das armas, sobre um regime então livre, liberal e democrático, só envergonha Portugal e os portugueses. Quatro falências económicas com recurso externo. Que legitimidade tem ela ainda hoje? Quando foram os portugueses ouvidos sobre se queriam este regime imposto por um partido em 1910?

A nossa Monarquia foi e seria algo diferente. Trazia (por via referendária), e em primeira instância, uma nova alegria…um novo começo. Um novo fulgor para as nossas gentes! Basta-nos saber que em Monarquia fomos outros, fomos grandes e médios…nunca pequenos. Nunca falimos. E quando tivemos dificuldades, porque as tivemos em Monarquia, soubemos as ultrapassar com o nosso próprio esforço e desembaraço. E porquê? Porque a mentalidade era outra! Uma mentalidade que nenhum de nós conheceu. Por isso se dê, ao menos, o benefício da dúvida, pois nem sempre fomos assim…república. Éramos objectivamente mais unidos, mais unidos em volta das figuras do Rei ou Rainha!

PPA

A MINHA PÁTRIA É A LÍNGUA PORTUGUESA(*)

Ouve-se frequentemente anunciarem como sinónimo de inovação e progresso o ensino da Língua Inglesa às crianças portuguesas, logo desde tenra idade.
A última vez que verifiquei, a Língua Portuguesa ainda era a língua oficial de Portugal e a terceira língua ocidental mais falada no Mundo. Perante isto, qual a razão de tanta preocupação (excessiva mesmo) no ensino do Inglês às crianças de Portugal? Não seria melhor ensinar (bem) o Português? Não seria melhor solidificar a língua-mãe naquelas mentes ainda em formação? É que é um tanto desagradável chegar a casa e encontrar na caixa de correio preciosidades como a que se segue:
 
 
Se hoje em dia já se cometem erros destes, prefiro nem imaginar como será daqui a uns anos, quando as ‘crianças do inglês’ se tornarem jovens adultos. O que diria Fernando Pessoa se acaso visse tamanho atentado à sua tão bem amada Pátria?
 
(*) Fernando Pessoa
 

PORTUGAL NA BALANÇA DA EUROPA HOJE

1 - Portugal está, como há décadas não estava, no centro de um complexo tabuleiro político internacional, no qual as potências se mostram incapazes de lidar adequadamente com uma gigantesca reestruturação sistémica que se traduzirá, daqui a uns anos, num sistema internacional com uma configuração muito diferente da que tivemos desde o pós-Guerra Fria, no que à hierarquia das potências diz respeito. Por enquanto, o sistema vai-se tentando preservar, enquanto não sofre uma ruptura que nos levará provavelmente a um novo sistema.

2 - Mesmo que o não queira, Portugal é neste momento uma peça essencial no espoletar ou despoletar dessa ruptura, no que à UE diz respeito. Surgindo no horizonte a interrogação sobre a nossa viabilidade financeira enquanto estado soberano, dado o sobreendividamento do estado, famílias e empresas (sendo de salientar o estado, visto que o seu enorme e disforme peso na economia e na sociedade tem vindo a mitigar a margem de manobra para nos reinventarmos e superarmos os desafios que se nos apresentam), somos, neste momento, a pedra de toque para um de dois caminhos: um maior aprofundamento do processo de integração europeia ou a fragmentação do mesmo.  

3 - A Alemanha, que é cada vez mais o motor da economia europeia, com os devidos reflexos no campo político, não deseja, de certeza, a fragmentação, mas só continuará a aceitar financiar as economias europeias em recessão a troco de um governo económico de traços ainda pouco conhecidos. O mesmo é dizer que, como é sua tradição, o projecto europeu encontra em cada crise o propulsor de um salto em frente no processo de aprofundamento da integração. No caso, ganha força o ditado "manda quem pode, obedece quem deve". 

4 - A viabilidade futura de Portugal depende de uma verdadeira reforma estrutural de todo o aparelho estatal, que diminua abruptamente o peso deste na economia, o que passa por acabar com milhares de organismos, institutos, fundações, câmaras municipais e juntas de freguesia e privatizar a maioria das empresas do sector empresarial estatal. Só isto permitirá libertar recursos e diminuir impostos, assim criando um ambiente de maior competitividade e de incentivo à iniciativa privada, o qual estamos condenados a gerar se queremos que Portugal se mantenha enquanto estado soberano durante as próximas décadas. É que a factura da desgovernação socialista ainda não é totalmente conhecida, e a partir de 2014 vai ser sobrecarregada com as Parcerias Público-Privadas. Se não conseguirmos gerar esse ambiente as empresas não produzirão, não gerarão riqueza, poupança e investimento suficiente para nos permitir liquidar sustentadamente as dívidas que temos.

5 - O FMI levar-nos-á a executar medidas neste sentido, por exemplo, flexibilizando a legislação laboral e dinamizando o mercado de arrendamento. Mas muito provavelmente - e infelizmente -, dada a envergadura do disforme aparelho estatal, não sendo possível aos técnicos do FMI aceder e processar toda a informação sobre este, de forma a realizar uma reforma equilibrada, não nos obrigarão às muito necessárias reformas estruturais do estado - até porque têm sido os socialistas os cicerones que vão prestando informações e serão os socialistas a negociar o pacote, pelo que tentarão proteger os seus interesses acima de tudo, e é do conhecimento público que o estado é uma coutada do PS. Precisávamos de estadistas e excelentes negociadores a conduzir este processo. Infelizmente não é o caso.

6 - Qualquer Governo resultante das eleições de Junho terá, obviamente, que seguir à risca o pacote negociado com o FMI. E se não tiver noção que terá que efectuar as reformas que acima referi e que a esmagadora maioria da opinião publicada informada proclama, mais vale nem sequer tomar posse. O FMI dar-nos-á um balão de oxigénio, uma margem temporal em que teremos que rapidamente proceder a um reajustamento interno de larga escala. A forma como utilizaremos essa margem temporal pode ser a diferença entre continuarmos a ser um estado soberano dentro ou fora da Zona Euro, e entre um aprofundamento da integração ou da fragmentação europeia. Findo esse balão, que terá também ele que ser pago por todo nós, se Portugal se encontrar na mesma senda despesista e recessiva, dificilmente se manterá soberano sem que seja forçado a sair da Zona Euro e/ou a reestruturar a dívida (que muitos apontam como algo que já deveria estar a ser feito).

7 - Se sairmos da Zona Euro, como alguns vão paulatinamente sugerindo, voltando a emitir uma moeda nacional, assistiremos a uma verdadeira catástrofe a todos os níveis. Ficaremos todos milhares de vezes mais pobres. A nova moeda nacional terá um valor reduzidíssimo em face do euro (e do dólar, libra e demais divisas), no qual as nossas dívidas continuarão a ser pagas, logo, multiplicando-se o valor das dívidas pela desvalorização que ocorrerá. As matérias-primas e produtos importados - e é bom lembrar que até para a alimentação dos portugueses precisamos de bastas importações - ficarão insuportavelmente mais caros. No fundo, ocorrerá um drástico ajustamento com uma força, rapidez e impacto sem paralelo, que colocaria o nosso poder de compra em linha com a economia real. Percebe-se que a maior parte dos políticos e comentadores portugueses não queira falar neste cenário. Para bem de todos nós, esperemos que não se concretize.

8 - A concretizar-se, tem efeitos ainda mais nefastos para além do assustador empobrecimento em que cairíamos, e que explicam porque também os políticos europeus evitam referir-se a uma saída de Portugal da Zona Euro. A partir desse dia, não teríamos capacidade para pagar a dívida externa, entrando em incumprimento/default, ficando sem acesso a todo e qualquer financiamento nos mercados internacionais, e dada a interdependência acentuada entre as economias portuguesa e espanhola, o impacto seria sentido na restante península. O mesmo é dizer que a Espanha, que, por agora, muitos já vão tendo receio que seja o próximo na lista dos bailouts, provavelmente seria forçada a pedir ajuda externa. Não havendo dinheiro suficiente para resgatar a economia espanhola, os efeitos na terra de nuestros hermanos seguiriam provavelmente a receita portuguesa: saída da Zona Euro com a consequente fragmentação do regime e, por conseguinte, de Espanha enquanto estado soberano. E isto seria provavelmente o fim da Zona Euro e da UE como a conhecemos - o que se lhe sucederia, é uma incógnita, mas porventura seria ou o consolidar do sistema da UE a diferentes velocidades ou uma via mais federalista. Isto se a UE não acabasse mesmo. Novamente, percebe-se porque a maioria dos políticos e comentadores prefere nem sequer pensar nisto. 

9 - Tendo sido completamente reorientada a política externa portuguesa com o advento da III República, poderá ter chegado a hora de a reorientarmos novamente. O vector europeísta da nossa política externa está cada vez mais esgotado. E esta, que sempre serviu para que procurássemos no exterior recursos para nos desenvolvermos internamente, precisa de se virar para onde estes existem e onde, ainda por cima, os seus detentores nos são histórica e culturalmente próximos. Sinais neste sentido têm aparecido nos últimos anos, com a valorização da cooperação com o Brasil e países da CPLP. Mas estas relações têm que ser reforçadas e têm que se concretizar e reflectir materialmente, indo muito para além da retórica, por mais difícil que seja a realocação de recursos internos no prosseguimento da nossa política externa. O Atlântico sempre foi o principal vector da política externa portuguesa, até 1974. Está na altura de recuperar esta orientação.

10 - Com toda a situação que vivemos, em Portugal e na Europa, mais uma vez fica provado que o estado tem que ser limitado na sua acção e no peso que tem na economia e na sociedade. Ao criar uma enorme rede de dependências em relação a si, retirando liberdade aos indivíduos e empresas, coloca em cheque todos esses dependentes se incorrer em políticas irresponsáveis. Se um indivíduo, família ou empresa tomar decisões erradas, será ele a enfrentar as consequências das mesmas. Se for o estado, e se este tiver uma presença brutal na vida de uma sociedade, como é o nosso caso, todos serão afectados em maior ou menor escala, por mais ou menos culpa que tenham da situação, logo, com mais ou menos justiça. Está à vista de todos que foi isto que aconteceu em Portugal. E é o que acontece inevitavelmente quando os governos são liderados por mentes feridas pelos males do marxismo ou keynesianismo, da incapacidade de reconhecimento dos limites da razão humana, do construtivismo social e de políticas cheias de boas intenções mas que, a mais das vezes, alcançam resultados imprevistos e nefastos. Ao contrário do que a maioria dos políticos e comentadores vocifera, em Portugal nunca houve liberalismo ou o propalado neo-liberalismo, que nenhum dos que utiliza tal epíteto em tom acusatório e moralista sabe o que é. Enveredámos por uma economia mista e deixámos que os socialistas se apropriassem de uma criação do liberalismo, o Estado de Bem-estar ou Welfare State, também conhecido por Estado Social, o qual embrulharam em retóricas demagógicas que, aliadas à retórica anti-fascista (que parece cada vez mais caída em desuso), serviram para que muitos prosseguissem os seus intentos sem serem fiscalizados ou questionados, quer em prol de preconceitos ideológicos ultrapassados, quer em prol de interesses mais ou menos obscuros. Se Portugal quer continuar a ser um estado soberano ao longo deste século, os portugueses têm que começar a preocupar-se a sério com a política, e isso significa não só votar mas também informar-se e fiscalizar permanentemente a acção do estado e do governo.  

(também publicado no blog da Causa Liberal)
publicado por Samuel de Paiva Pires no blogue "Estado Sentido"

NUNCA SE ESQUECE A "VELHA ALIANÇA"

Sabemos que os britânicos são eurocépticos e isso dever-se-á a múltiplos factores, um dos quais, a Commonwealth, não será insignificante. Aqui está algo que Portugal devia ter em conta e ainda ontem, ouvimos Ramos Horta dispor-se a concertar esforços com outros países da CPLP, procurando ajudar Portugal a escapar à humilhante usura a que o regime nos remeteu.

Na velha aliada, há quem não esteja desatento e o tema parece merecer o interesse dos leitores. Estamos acostumados a pensar que a invocação da “velha aliança”, consiste num estéril e unilateral exercício de retórica saudosista, mas afinal não é isso o que muitos britânicos pensam. Atendam à enorme quantidade de comentários e até, às originais sugestões apresentadas, tendentes a uma reaproximação luso-britância.

“Portugal is our oldest and truest friend in Europe, and has ranged itself alongside us in quarrel after quarrel. We were prepared, through the centuries, to support our allies against pressure from Madrid and Paris. If we will not now support them against pressure from Brussels and Frankfurt, who will?”

Pode ler dois textos completos aqui e aqui.

DEUS, SANTO ESTEVÃO, A VIDA E A "SANTA COROA" NA CONSTITUIÇÃO DA HUNGRIA

                    Parlamento da Hungria, Budapest


O governo da Hungria apresentou um projeto de reforma constitucional que semeou a confusão na oposição de esquerda, segundo o diário alemao “Die Welt” online. “Eles querem criar uma espécie de ditadura total”, estrebuchou Átila Mesterhazy, chefe da oposição socialista.

Mas, como o partido Fidesz recebeu do povo a maioria de dois terços no Parlamento, caminha para aprovar a nova Constituição já na Páscoa.

O preâmbulo começa com as palavras “Deus abençoe os húngaros”. Um exemplo a ser imitado por toda Constituiçao em um país católico.

O orgulho dos húngaros pelo seu país e pelo seu caráter cristão está claramente expresso no projeto de Carta Magna:

“Somos orgulhosos pelo fato de nosso rei Santo Estevão ter criado o Estado húngaro sobre base sólida 1000 anos atrás, e impostado nossa pátria como parte da Europa cristã”.

Santo Estevão
 A Constituição professa diversas vezes sua adesão à Cristandade e a uma “renovação espiritual”. Ela se refere também à “Santa Coroa”, com a qual desde o Rei Estevão cerca de 55 reis foram coroados, sendo considerada o símbolo da identidade húngara.

O projeto afirma mais adiante: “Os liames mais importantes para a nossa vida em comum são a família e a nação”.

A Constituição proposta protege no seu parágrafo M a instituição do casamento entre um homem e uma mulher “como base para a sobrevivência da Nação”.

Também a vida do nascituro é protegida desde a concepção.

A “Santa Coroa”

Os opositores de esquerda temem problemas legais para os homossexuais e uma mudança na até aqui cruelmente liberal lei do aborto, no essencial um legado sinistro do comunismo.

São previsíveis conflitos com a União Européia nesses pontos e ainda outros. De fato, a União Européia está empenhada em impor uma agenda laicista anti-família e anti-vida, anti-cristã na sua essência.

A Constituição prevê que as reformas devem passar com uma maioria de dois terços que as urnas outorgaram aos promotores do atual projeto. Em conseqüência, não está planejado nenhum referendo e a aprovação do projeto poderá ser recebida como um presente pascoal.

Fonte:
Publicado por David Garcia em PDR-Projecto Democracia Real

S.A.R. O SENHOR DOM DUARTE EM CONVERSA COM JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS

DOMINGO É O DIA DA BEATIFICAÇÃO DE JOÃO PAULO II

João Paulo II: «Um coração universal»

Padre Manuel Morujão, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, recorda exemplo de vida do Papa que será beatificado no próximo domingo

Lisboa, 29 abr 2011 (Ecclesia) – O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) recorda João Paulo II como uma figura “simples” mas que, pela sua “profunda interioridade”, conseguia tocar a todos com o seu testemunho de Deus.
Em declarações ao Programa da Igreja Católica, esta quinta-feira, na Antena 1, o padre Manuel Morujão destaca um Papa que, ao longo do seu pontificado (1978 – 2005), foi ouvido “por gente da direita e da esquerda, por democratas e ditadores, por ateus e representantes de diversas religiões”.
“Isto demonstra que foi um coração universal, tinha uma palavra para todos, respeitosa, que acolhia os valores das culturas que visitava, e por isso é alguém que merece ser colocado como modelo” sustenta o sacerdote.
O secretário da CEP aponta ainda para o “realismo de vida” que também “dá verdade à santidade” de Karol Wojtyła, nascido na Polónia em 1920, no seio de uma sociedade marcada pelas agruras da Primeira Guerra Mundial.
Ele próprio conviveria, na sua juventude, com a invasão das tropas alemãs e russas, durante a Segunda Guerra Mundial, e com os campos de concentração nazi construídos em território polaco.
(emissão 28-04-2011)
“Viveu as vicissitudes de qualquer cidadão, o que lhe dá um estatuto particular porque viveu grandes dificuldades. Não teve um berço de ouro nem viveu um mar de rosas” refere o sacerdote jesuíta, para quem estas experiências moldaram o modo como João Paulo II contribuiu para a paz em diversos países, sendo um “profeta que levantava a sua voz para defender os mais fracos”.
Tendo tido oportunidade de acompanhar, no Vaticano, os últimos dias de vida de João Paulo II, em 2005, quando o Papa já estava limitado pela doença de Parkinson, o padre Morujão diz que aquilo que mais o impressionou foi “um homem que aceitava a doença, não se eximia de mostrar que era velho e doente”, em que “a sua limitação assumida era uma força”.
Uma força que depois continuava a falar ao coração das outras pessoas que “abeiravam-se dele” e “sentiam que era uma pessoa de família que estava mal”.
O Papa João Paulo II vai ser beatificado no próximo domingo, dia 1 de maio, no Vaticano, uma cerimónia para a qual são esperadas várias centenas de milhares de pessoas.
A beatificação foi anunciada a 14 de janeiro, depois da publicação do decreto que comprovava um milagre atribuído à intercessão de Karol Wojtyla, relativo à cura da religiosa francesa Marie Simon-Pierre, que sofria da doença de Parkinson.
O Vaticano já escolheu o dia 22 de outubro para a celebração da memória litúrgica do futuro beato, data da missa de início do pontificado do Papa polaco, e vai permitir que, no primeiro ano após a beatificação, seja possível celebrar uma “missa de agradecimento a Deus” em locais e dias “significativos”, por decisão de cada bispo diocesano.

João Paulo II: Embaixador na Santa Sé lembra «grande amigo» dos portugueses

Manuel Fernandes Pereira recebeu grupo de bispos portugueses

Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano
Roma, 29 abr 2011 (Ecclesia) – O embaixador de Portugal junto da Santa Sé, Manuel Fernandes Pereira, afirmou hoje em Roma que o Papa João Paulo II foi um “grande amigo” dos portugueses.
Em declarações à Agência ECCLESIA e à Lusa, após ter recebido vários membros do episcopado católico de Portugal, o diplomata diz que as várias viagens do Papa Wojtyla ao país contribuíram para que “os portugueses vissem nele um grande amigo”.
Manuel Fernandes Pereira vai marcar presença na cerimónia de beatificação de João Paulo II, marcada para o próximo domingo, no Vaticano.
O embaixador luso junto da Santa Sé recorda “a ligação entre um Papa polaco e Portugal, cujos povos têm uma grande devoção” à Virgem Maria.
O “trágico atentado” de 13 de maio de 1981 viria, segundo Manuel Fernandes Pereira, a reforçar esses laços.
Este responsável valorizou, por outro lado, o facto de João Paulo II ter começado a falar português, em intervenções públicas, “desde cedo”.
“Via-se que fazia isso com satisfação”, acrescenta, destacando a valorização da língua portuguesa nas cerimónias oficiais do Vaticano, nas quais é habitualmente utilizada.
A cerimónia do próximo domingo vai contar com pelo menos 87 delegações oficiais, incluindo a representação portuguesa, com a presença do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado.
Para Manuel Fernandes Pereira, essa participação justifica-se com a dimensão “universal” da figura de João Paulo II.
Quanto ao encontro de hoje com bispos portugueses que se encontram em Roma, por estes dias, o embaixador português falou em “honra e satisfação” pela oportunidade de os ter podido receber.
O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), padre Manuel Morujão, sublinha à Agência ECCLESIA o “clima familiar” com que decorreu este momento, no qual marcaram presença uma dezena de pessoas, incluindo o presidente da Conferência, D. Jorge Ortiga, e o novo bispo nomeado de Coimbra, D. Virgílio Antunes, entre outros.
Além da beatificação de João Paulo II, os presentes tiveram oportunidade de recordar a visita de Bento XVI a Portugal, em maio de 2010.
O presidente da CEP agradeceu o convite e o acolhimento recebido, explicitando a missão de serviço da Igreja, particularmente dos bispos de serem também «servos dos servos».
Além dos bispos e do secretário da CEP, marcaram presença o reitor do Colégio Pontifício Português, o reitor do Instituto Português de Santo António em Roma e o Conselheiro Eclesiástico da embaixada portuguesa.
A missa da beatificação decorre na Praça de São Pedro, a partir das 10:00 (menos uma hora em Lisboa), com entrada livre ao local a partir das 05:30.
João Paulo II esteve no Santuário de Fátima em 1982, 1991 e, pela última vez, em 2000, altura em que beatificou os videntes Francisco e Jacinta Marto.
Nessas três visitas, sempre no mês de maio, passou ainda por Braga, Coimbra, Lisboa, Porto, Vila Viçosa, Açores e Madeira, somando-se uma escala técnica no aeroporto de Lisboa (2 de Março de 1983), a caminho da América Central.

Em declarações à Agência ECCLESIA o responsável que se encontra em Roma refere que se “nota muitos peregrinos para assistir à beatificação de João Paulo”, mas o “número é inferior” ao do funeral do antecessor de Bento XVI.

Segundo dados fornecidos pela Secretaria-Geral do Episcopado estarão presentes vários bispos portugueses: D. Jorge Ortiga, D. Manuel Felício, D. António Marto, D. José Policarpo, D. Jacinto Botelho, D. Albino Cleto, D. António Carrilho, D. Serafim Ferreira e o recém-nomeado bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes.

Fonte: Agência ECCLESIA


 
O Papa João Paulo II vai ser Beatificado no próximo domingo, mas as cerimónias prolongam-se por três dias e contam com uma ligação directa a Fátima, que Karol Wojtyla visitou três vezes.
 
A Beatificação terá várias etapas, dentro e fora do Vaticano, e culmina com o rito presidido por Bento XVI, a 1 de Maio. O actual Papa preside, por norma, às cerimónias de Canonização (proclamação de um novo santo) e esta será apenas a segunda Beatificação que celebra.
 
O corpo de João Paulo II vai ser trasladado a 29 de Abril para junto do túmulo de São Pedro (séc. I), considerado o primeiro Papa da Igreja Católica, nas grutas do Vaticano, passando para o altar da confissão, dentro da Basílica, onde vai ser exposto aos fiéis, depois da conclusão do rito de beatificação.
 
O programa completo das celebrações ligadas à beatificação inicia-se a 30 de abril com uma vigília ao ar livre, no Circo Máximo de Roma, momento em que haverá uma ligação em directo a cinco locais de culto dedicados à Virgem Maria, em todo o mundo, incluindo o Santuário de Fátima.
 
A missa da Beatificação decorre na praça de São Pedro, a partir das 10h00 (menos uma hora em Lisboa), podendo os fiéis entrar, livremente, a partir das 5h00.
 
O anúncio do nome de João Paulo II como novo Beato vai acontecer pouco depois do início da missa, numa cerimónia que inclui a apresentação do pedido formal de Beatificação pelo cardeal Agostino Vallini, vigário-geral do Papa para a diocese de Roma. Segue-se a leitura da biografia de João Paulo II e a fórmula recitada por Bento XVI, na qual se faz o anúncio da data da festa litúrgica, concluindo-se com o descerramento do retrato do novo Beato e colocação das relíquias junto ao altar.
 
O Vaticano escolheu o dia 22 de Outubro para a celebração da memória litúrgica do futuro Beato, data da missa de início do pontificado do Papa polaco, e vai permitir que, no primeiro ano após a Beatificação, seja possível celebrar uma "missa de agradecimento a Deus" em locais e dias "significativos", por decisão de cada bispo diocesano.
 
Na segunda-feira, 2 de Maio, na Praça de São Pedro, às 10:30, será celebrada uma Eucaristia em honra do novo Beato presidida pelo Cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano.
 
A sepultura dos restos mortais de João Paulo II no andar principal da Basílica vai ser feita de forma privada, no mesmo dia 2, na capela de São Sebastião, localizada na nave da basílica do Vaticano, junto da famosa 'Pietà' de Miguel Ângelo.
 
João Paulo II morreu a 2 de Abril de 2005 com 84 anos. Durante as cerimónias fúnebres, muitos fiéis na Praça São Pedro gritaram: "Santo subito!" (Santo já!).
 
Normalmente, o Vaticano respeita um período de cinco anos após a morte para iniciar o processo de Beatificação. No entanto o caso do Papa foi mais rápido devido à "reputação de Santo atribuída ao papa João Paulo II em vida, na morte e após a morte", segundo explicou a Santa Sé em comunicado.
 
A Beatificação foi anunciada a 14 de Janeiro, depois da publicação do decreto que comprovava um milagre atribuído à intercessão de João Paulo II, Karol Wojtyla (1920-2005). Trata-se da cura da religiosa francesa Marie Simon-Pierre, que sofria de Parkinson, tal como João Paulo II.
 
Uma vez beatificado, e para que o Papa polaco se torne Santo, será preciso que um segundo milagre lhe seja atribuído.
 
Económico com Lusa
Encontro da Família Real com S.S., O Papa João Paulo II, em Março de 2003, pela 2ª vez.
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João Paulo II: Ampola com sangue é a relíquia escolhida para a Beatificação
 
Relicário será exposto aos fiéis durante a celebração do próximo dia 1 de Maio. Cidade do Vaticano, 26 abr 2011 (Ecclesia) – Uma ampola com sangue de João Paulo II vai ser exposta como relíquia no rito de Beatificação do Papa polaco, marcado para o próximo dia 1 de Maio, anunciou hoje o Vaticano.
 
Em comunicado, refere-se que o Departamento para as Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice (DCLSP) preparou um “relicário” em que será apresentado o sangue, recolhido aquando dos últimos dias de vida de Karol Wojtyla (1920-2005), tendo em vista uma eventual transfusão.
 
A missa da beatificação decorre na praça de São Pedro, a partir das 10:00 (menos uma hora em Lisboa), podendo os fiéis entrar, livremente, a partir das 05:00.
 
O anúncio do nome de João Paulo II como novo beato vai acontecer pouco depois do início da missa, numa cerimónia que inclui a apresentação do pedido formal de beatificação pelo cardeal Agostino Vallini, vigário-geral do Papa para a diocese de Roma.
 
Segue-se a leitura da biografia de João Paulo II e a fórmula recitada por Bento XVI, na qual se faz o anúncio da data da festa litúrgica, concluindo-se com o descerramento do retrato do novo beato e colocação da relíquia junto ao altar.
 
Uma relíquia é um objeto preservado com o propósito de ser venerado religiosamente: uma peça associada a uma história religiosa, um objeto pessoal, partes do corpo de um santo ou de um beato.
 
As relíquias são usualmente guardadas em recetáculos próprios chamados relicários.
 
O sangue de João Paulo II recolhido para o centro de transfusões do hospital «Bambino Gesú», em Roma, acabou por ficar guardado em quatro recipientes.
 
Dois deles foram entregues ao secretário particular do Papa polaco, o actual Cardeal Stanislaw Dziwisz, e os outros dois ficaram no referido hospital, que cederá agora uma ampola ao DCLSP.
 
A Santa Sé refere que o sangue se encontra em estado líquido, explicando o facto com a presença de “uma substância anticoagulante presente nas provetas, no momento da extração”.
 
A Beatificação de João Paulo II, a1 de Maio, no Vaticano, será presidida pelo seu sucessor, Bento XVI, que vai apresentar o Papa polaco aos católicos como modelo de vida e intercessor junto de Deus, passados pouco mais de seis anos após a sua morte.
 
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Várias iniciativas assinalam em Fátima a Beatificação de João Paulo II
 
Fátima, Santarém, 27 Abril (Lusa) -- A Beatificação de João Paulo II vai ser assinalada no Santuário de Fátima, que o Papa visitou por três vezes, com várias iniciativas no fim-de-semana, estando o momento alto das celebrações reservado para dia 13 de Maio.
 
"Fátima não podia ficar alheia a este acontecimento da Beatificação de um Papa que lhe esteve tão intimamente unido", justificou o Bispo da Diocese de Leiria-Fátima, António Marto.
 
No sábado, a partir das 20:00, numa organização do Vicariato de Roma que terá transmissão para todo o mundo através do Centro Televisivo do Vaticano, o Santuário vai participar numa vigília de oração, cabendo aos peregrinos que se encontrarem em Fátima a recitação do último mistério do rosário.
 
De Margarida Cotrim (LUSA) © 2011 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
 

SANTA RAIVINHA ANTI-MONÁRQUICA

Calculo as cólicas, cãibras estomacais, ranger de dentes e erupções que hoje acometerão por esse mundo fora o grande partido da inveja anti-monárquica. Hoje, a Santa Liga da micro burguesia dos "direitos" e das "conquistas" do "somos todos iguais" estará indisposta. Mais abespinhada, a multidão de patetas endinheirados que se perguntarão "o que é que eles têm a mais ?" "Com que direito, só por serem príncipes, merecem tanta atenção ?" Há dois ou três anos, em Banguecoque, frequentando alguns meios "farang", sobretudo americanos, angustiados pela monarquia tailandesa deles não querer saber para nada, apercebi-me da real expressão do anti-monarquismo da maioria dos ditos republicanos. Trata-se, pura e simples, de inveja: inveja por terem dinheiro e não poderem comprar um lugar na Casa Real, inveja por saberem que a monarquia está acima dos negócios, dos lóbis e até da macaqueação snob - isto é, Sans Noblesse - que dá pelo nome de "alta sociedade".

SÃO TEOTÓNIO CELEBRA JUBILEU DA MORTE DO SEU PADROEIRO

São Teotónio está a celebrar o Jubileu da morte do seu padroeiro e um dos eventos inseridos nestas celebrações promovidos por esta Paróquia do Baixo Alentejo será uma conferência no próximo dia 14 de Maio, cujo tema será a importância do primeiro Santo Português na História da Igreja e de Portugal no seu tempo e o que representa este Homem transcendental para a actualidade, os conferencistas serão: o Ex.mo Rev Doutor António de Jesus Ramos Dig. Professor do Seminário Maior de Coimbra e Ex.mo Doutor Ulisses Rolim Dig. Grão Prior da Real Confraria de S. Teotónio de Évora, a conferência realiza-se no auditório da Caixa Agrícola desta vila e a entrada é livre... 
Fonte: FACEBOOK de Vitória Freire

São Teotónio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
São Teotónio (D. Telo) (Ganfei, Valença, 1082 - Coimbra, 18 de Fevereiro de 1162) foi um religioso português do século XII, tendo sido canonizado pela Igreja Católica
Formado em teologia e filosofia em Coimbra e Viseu, tornou-se prior da Sé desta última cidade em 1112. Foi em peregrinação a Jerusalém, e ao regressar quiseram-lhe oferecer o bispado de Viseu, o que recusou.

Tornou-se um dos aliados do jovem infante Afonso Henriques na sua luta contra a mãe, Teresa de Leão, dizendo a lenda que teria chegado a excomungá-la. Mais tarde, seria conselheiro do então já rei Afonso I de Portugal.

Entretanto, foi de novo em peregrinação à Terra Santa, onde quis ficar; regressou porém a Portugal (1132), desta feita a Coimbra, onde foi um dos co-fundadores, juntamente com outros onze religiosos, do Mosteiro de Santa Cruz (adoptando a regra dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho), do qual se tornou prior. Esta viria a ser uma das mais importantes casas monásticas durante a Primeira Dinastia.

Em 1152, renunciou ao priorado de Santa Cruz; em 1153 Alexandre IV quis fazê-lo bispo de Coimbra, o que uma vez mais recusou.

Morreu em 18 de Fevereiro de 1162, que é ainda hoje o dia em que é celebrado pela Igreja Católica. Foi sepultado numa capela da igreja monástica que ajudou a fundar, mesmo ao lado do local onde o primeiro rei de Portugal se fez sepultar.

Em 1163, um ano depois da sua morte, o Papa canonizou-o; São Teotónio tornava-se assim o primeiro santo português a subir ao altar, sendo recordado sobretudo por ter sido um reformador da vida religiosa nessa Nação nascente que então era Portugal; o seu culto foi espalhado pelos agostinianos um pouco por todo o Mundo. É o santo padroeiro da cidade de Viseu e da respectiva diocese; é ainda padroeiro da vila de Valença, sua terra natal. É também o Santo que dá nome a um colégio situado em Coimbra, chamado Colégio de São Teotónio. No concelho de Odemira, a mais extensa freguesia do país recebeu também o nome deste santo. Desta vila, São Teotónio é também o santo padroeiro, sendo as festividades religiosas realizadas anualmente no dia 18 de Fevereiro.