segunda-feira, 28 de março de 2011

COISAS NOCIVAS À CAUSA MONÁRQUICA

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No processo das evoluções humanas,muitos costumes foram descartados e substituídos por práticas e visõesmais justas, e no campo da religião isto se verificou diversas vezes.

Entretanto, sempre houve os altos ebaixos, e muitas distorções ocorreram. Enquanto os espanhóis ocupavam oImpério Azteca, imponto o Catolicismo e proibindo os sacrifícioshumanos (costume que não justifico), na Europa, sobretudo na própriaEspanha, luziam as fogueiras da “santa” inquisição, espalhando naspraças públicas o cheiro da carne queimada dos “hereges”, muitos dosquais eram católicos fidelíssimos (lembremos Savonarola e GiordanoBruno), que, por terem-se rebelado contra certos excessos da Igreja ousimplesmente por causa de intrigas desonestas, eram condenados à mortepelo fogo.

Será que isso é muito diferente dossacrifícios ritualísticos que os povos centro-americanos aindapraticavam? Não eram as fogueiras do “santo ofício” uma forma européia– e pseudo- cristã – de manter vivo o sacrifício ritual primitivo,justificando hipocritamente essa barbárie como uma “purificação daalma”?

Há que se fazer a devida distinçãoentre o sentido original da palavra Cristianismo (a mensagem doChristos, o Ungido, o Príncipe da Paz) e a forma deformada e farisaicacom que o catolicismo corrompido o caracterizou.

Em meio aos debates dos gruposMonarquistas pela Internet, está havendo, por parte de algunsparticipantes, uma postura reacionária que idealiza o mundo “cristão”,europeu e ocidental como se fosse a nata da humanidade. Há comentáriosque parecem ter sido escritos por pessoas que adormeceram no front dasCruzadas e despertaram no limiar do Século XXI, ainda com o ardordaqueles tempos medievos…

Tais comentários, além de insensatos,são prejudiciais à Causa Monárquica, primeiro porque propõem coisasanacrônicas, primitivas e felizmente irrealizáveis em nossos dias;segundo porque espantam os simpatizantes, embargando novas adesões edificultando (senão impossibilitando) a realização da grande meta que éa Restauração do Império do Brasil.

Os leigos, os neófitos que seinteressam pela Monarquia embarcam num de nossos grupos de discussão edeparam com convites ao fundamentalismo, ao fanatismo religioso, àexclusão humana, e logo a imagem da Monarquia toma, perante eles, aforma desenhada pelo preconceito antimonárquico, isto é, a da coisamais retrógrada e estapafúrdia em termos de política.

Ante a visão de um novato, a impressãoque mais grava é a negativa. Conquanto que haja muitos comentáriossensatos, a mensagem fanática prende mais a atenção, reforçada pelopreconceito já existente, e os possíveis novos Monarquistas debandam.

É preciso refletir sobre isto.

Publicado por Rui Monteiro no blogue "Causa Monárquica"

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