Reyno de Portugal

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

TELEGRAMA DE DILMA ROUSSEF A S.A.R. O SENHOR DOM DUARTE DE BRAGANÇA


Duque Dom Duarte de Bragança
Casa Real Portuguesa  

BRASÍLIA (DF)

Alteza
Agradeço-lhe a gentileza das congratulações enviadas por minha eleição a Presidência da República federativa do Brasil.

Estou confiante na continuidade das relações harmoniosas entre nossos países para a felicidade de ambos os povos e como contribuição para a paz mundial.

Atenciosamente

Dilma Roussef
Presidenta Eleita da República Federativa do Brasil

Carregue na imagem para ler


Fonte : Instituto da Democracia Portuguesa

BALANÇO DE 2010 POR DAVID GARCIA

Caros Amigos,

Chegou a hora de dizer adeus ao ano 2010 e abrir os braços ao novo ano que está prestes a chegar. Nesta curta mensagem, quero em primeiro lugar agradecer a Sua Alteza Real o Senhor Dom Duarte de Bragança toda a confiança depositada no meu valor como pessoa e militante monárquico, apesar de várias contrariedades. Sempre disse que não sou pessoa de desistir e nunca desisti. Simplesmente, decidi por um termo num projecto desgastante e que, me tomava imenso tempo. Mas infelizmente, continuo a afirma-lo, claramente, com todas as letras, nem todos mereceram o meu esforço e dedicação. O antigo Projecto Democracia Real foi vítima das más línguas que minam, infelizmente, a política e eu, cansei de servir de bode expiatório para algumas pessoas. Quem usou a má língua contra mim e o meu trabalho, entenderá certamente que provocou o fim de um trabalho que não abrangia apenas a Blogosfera, mas também produzia Boletins e eu estava claramente empenhado na criação de um movimento organizado, mesmo que apenas e só por voluntários, nada oficial, mas apoiando claramente a Causa Real e as Reais Associações. Com as más línguas, o PDR fechou e ao fim de poucos dias, abri este Blogue pessoal, mas aproveitei, obviamente, a página do PDR no Facebook, e alterei-lhe o nome para o nome do meu Blogue novo e a continuação do sucesso do meu trabalho é evidente. As pessoas não se esqueceram do meu trabalho e continuam a aprecia-lo. Às vezes lamento o facto de os meus correlegionários monárquicos não colocarem nos seus respectivos blogues um link para o meu blogue como eu faço para o blogue deles. Por vezes sinto que estou a atravessar um deserto sozinho.

Trabalho sozinho neste Blogue. Mas o isolamento político nunca é bom. Estar “orgulhosamente só” não é minha politica. Nunca o foi.

Quero agradecer todos os amigos do meu Blogue no Facebook e no Twitter, pelas vossas visitas regulares e amizade. Quero agradecer a todos os meus amigos, que já são muitos no Facebook por gostarem do meu trabalho.

Quero agradecer, muito em particular, às Reais Associações da Beira Litoral e do Médio Tejo, por publicarem os meus textos nos vossos espaços. E também quero agradecer à minha querida madrinha da Real de Lisboa e amiga, Maria de Menezes, autora do Blogue “Família Real Portuguesa” também pelo seu interesse.

Este ano foi também o ano da formação do Movimento de Unidade Monárquica, comandado por Ricardo Gomes da Silva, Rui Monteiro e Artur de Oliveira. Com esse movimento participei em algumas arruadas, nomeadamente, em Aveiro, Lisboa e Sintra. Foi, sem dúvida, uma experiência muito interessante. Espero que em 2011 as desavenças acabem e que possamos, quem sabe, voltar a trabalhar em conjunto em prol de algo maior do que nós próprios: o futuro de Portugal.

A nível pessoal, foi o ano, em que finalmente, comecei um Mestrado em Ciência Política, no ISCTE, e daqui, quero desde já saudar todos os meus Colegas do Mestrado, alguns que têm vindo a acompanhar o meu trabalho.

Aos vários movimentos de voluntários monárquicos que existem, como a Acção Monárquica, o Movimento de Unidade Monárquica, a Lusa Monarquia, entre outros….

À Causa Real e Reais Associações…

Ao Partido Popular Monárquico….

Ao Instituto da Democracia Portuguesa….

Desejo a todos um Feliz Ano 2011 com muito sucesso nas vossas acções!

Finalmente, e acima de tudo, à Família Real Portuguesa, muito em especial, volto a sublinhar, a Sua Alteza Real o Senhor Dom Duarte, Chefe da Casa Real Portuguesa, um sincero agradecimento e votos sinceros e honestos, de um Feliz Ano 2011, de preferência com a Aclamação tão desejada.

Admito que algumas pessoas possam ter alguma coisa contra mim. Mas eu perdoei a todos, apesar de não esquecer e aprender sobretudo com tudo de mau que aconteceu. A partir de 2011, inicia-se um novo ciclo, com o Centenário do Falecimento de Sua Majestade a Rainha Dona Maria Pia, esposa de Sua Majestade o Rei de Portugal, Dom Luís I, e também, será o Centenário da I Constituição Republicana. Em relação à Rainha Dona Maria Pia, é evidente, que a luta passará por fazer tudo o que é possível para a trazer de volta a Portugal. Em relação à Constituição Republicana, conseguir provar que a Republica não passou de boas intenções ideológicas. Mas, de boas intenções, está o inferno cheio.

Desejo a Todos os leitores do meu Blogue, um Feliz Ano de 2011, com Paz, Amor, e Saúde.

Viva Portugal!

David Garcia no blogue "Um Passado, Um Presente, Um Futuro"

O TEMPO QUE NÃO PODÍAMOS PERDER

 
É suposto que a política ajude a sociedade a desenvolver-se e melhorar. Ou, pelo menos, que não atrapalhe. Pois em Portugal não só temos uma classe política que é muito pior do que a sociedade que deveria representar, como há um sistema que impede a resolução dos seus problemas, e até os agrava, como está à vista com estas eleições presidenciais e o estúpido prazo de seis meses sem possibilidade de dissolução do Parlamento que elas impõem, num momento em que precisávamos de clarificação política como de pão para a boca.

Mesmo quem não é monárquico como eu, como, por exemplo, António Barreto ou Pedro Lomba, já aventaram a possibilidade de termos eleições indirectas para a presidência, tal como acontece em repúblicas europeias como a Alemanha ou Itália. Creio que nunca houve tanto descrédito neste regime republicano de chefia de Estado como agora, como o demonstram os debates. Uns dizem que vão fazer, mesmo sabendo que os seus poderes não dão para isso, outros, como Cavaco, dizem que não têm poderes, mas que mesmo assim devemos tornar a votar nele em nome da melhoria do País, quando ele não soube ou não pôde evitar o descalabro em que nos encontramos. Nenhum deles tem, como é evidente, capacidade de assumir a representação de “todos os portugueses” e tudo o que fazem (mesmo o “independente” Fernando Nobre, suspeito de “soarismo”) é analisado do ponto de vista da sua origem partidária. E, o que é mais espantoso, a maioria dos eleitores irá votar sem saber bem para quê, porque no fundo percebe que nenhum dos candidatos com hipóteses de ganhar vai resolver coisa nenhuma.

Quer isto dizer que algo vai mudar em Portugal? Claro que não, Cavaco vai ser reeleito, fará o mínimo do que se espera dele, nós continuaremos a considerar que este sistema de dupla legitimidade eleitoral (a do presidente e a do Parlamento), uma originalidade que quase mais ninguém tem no mundo, “funciona” e até que não é mau, tudo ficará na mesma, com os jornais entretidos com as relações entre Belém e São Bento. Seja por falta de qualidade intelectual seja por inércia, a nossa incapacidade em modificar aquilo que comprovadamente não dá certo tem muito a ver com o tristíssimo estado da centenária república portuguesa.

Duarte Calvão
no blogue Corta Fitas

PARA TODOS OS PORTUGUESES, UM FELIZ ANO NOVO! VIVA O REI! VIVA PORTUGAL!


quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

UM BALANÇO DOS ÚLTIMOS QUINZE ANOS DE SUAS ALTEZAS REAIS


"Foram quinze anos muito interessantes, que mudaram completamente as nossas vidas, sobretudo devido à presença dos nossos filhos. Estes são uma benção de Deus, mas ao mesmo tempo um grande desafio. Tivemos muitos momentos marcantes ao longo destes anos, como a visita ao Papa João Paulo II acompanhados dos nossos filhos, a nossa Peregrinação à Terra Santa... Claro que a nossa viagem a Cabo Verde e a Moçambique, logo a seguir ao casamento, foram inesquecíveis."  
- S.A.R. o Duque de Bragança ("in" CARAS N.º 770, de 15/05/2010).

FELIZ ANO NOVO! VIVA O REI! VIVA PORTUGAL!

Fotografia do Álbum de Maria Menezes no Facebook

Hoje, hoje é o tempo.

Hoje é o ano.

Hoje é a noite do dia.

Hoje é a noite do dia em que resgatámos da terra e agora atiramos ao vento as palavras d' El Rei D. Carlos sopradas ao mar: "Ir para diante"!

Sim, Senhor, cumpriremos o nosso dever cumprindo o vosso comando: - e iremos para diante!

Olhai Majestade o Vosso e nosso estandarte que de novo flutua no ar, assinalando com as suas cores sem mancha de sangue o advento do tempo novo!

Olhai Majestade, e convosco todos os Reis vossos antepassados e nossos antigos soberanos, e convosco todos os vossos descendentes e nossos futuros Reis, olhai todos Senhores, o Vosso povo aqui presente!

Olhai Senhores o Vosso povo de novo desperto, proclamando o tempo que vem.

Olhai de perto Senhores para os Vossos jovens - para estes jovens que desafiam o passado porque se sabem senhores do futuro.

Hoje começa o futuro.

Hoje, hoje é o tempo.

O tempo em que, outra vez, começamos a restaurar o ideal real feito real ideal.

Hoje é o ano.

Hoje é a noite do dia - do dia que se apresentou em madrugada de nevoeiro e agora se revela como noite iluminada de vésperas.

Hoje, hoje é a hora da hora!

É a hora!

Vamos para diante!

É a hora!

A Vossa hora - a nossa hora!

A hora de um princípio sem fim.

É a hora!

Vamos para diante!


E que viva o Rei!

E que viva Portugal!

(Fonte: "Luso" no Geneall.net) 
 (Discurso de Paulo Teixeira Pinto no 5 de Outubro de 2009 na festa Azul e Branca)

MERECIDA HOMENAGEM AO MAESTRO MANUEL IVO CRUZ


Lembramos que a missa de 7º dia do Maestro, Compositor e Pedagogo Manuel Ivo Cruz realizar-se-á HOJE, sexta-feira dia 31 de Dezembro, pelas 18 horas, na Igreja da Lapa no Porto.

O PLEBISCITO CONSTITUCIONAL DE 1933

“Embora o povo não esteja, na sua grande maioria, apto para votar em perfeita consciência o texto completo da Constituição, o seu voto tem um significado político que não é lícito desprezar: é um voto de confiança nos dirigentes.”
Afirmava o Ministro das Finanças, Oliveira Salazar, na Sessão de 5 de Maio de 1932 do Conselho Político Nacional, sobre a decisão de submeter a plebiscito a Constituição de 1933
O Decreto n.º 22 229 de 21 de Fevereiro de 1933, torna obrigatória a participação dos eleitores chefes de família inscritos no recenseamento político de 1932, tendo como consequência que, sendo o sufrágio obrigatório, as abstenções contavam como votos a favor. Embora se suspeite de fraude e coacção generalizada, foram contabilizados 719 364 votos a favor, 5 995 contra e 487 364 abstenções (veja-se sobre a matéria, Jorge Miranda, Manual de Direito Constitucional, volume I. Coimbra : Coimbra Editora, 1981.
Ao propor que a Constituição fosse plebiscitada Salazar reconhecia a necessidade de dar ao mundo a noção, mesmo que aparente, de que o Estado Novo tinha a legitimidade indispensável.
O artifício legal de tornar o voto obrigatório e considerar-se através dele a abstenção como uma atitude de aprovação, passaria despercebido aos olhos dos analistas da época e também do povo português.
Pode assim dizer-se que o voto obrigatório foi o principal instrumento teórico, pensado por Salazar como forma de garantir a consolidação do seu regime, o Estado Novo.
Os resultados, talvez até o tenham surpreendido, dado que a abstenção, mesmo que somada aos votos contra, não suscitariam a questão da ilegitimidade, uma vez que não ultrapassaram os 50%. A confirmação foi assim total e o próprio artifício político do voto obrigatório tinha sido dispensado, perante o resultado alcançado.
Salazar confirmava-se assim, como o líder incontestado da nova Republica.
A questão da legitimidade do regime só se veio de novo a colocar, como grande preocupação de Salazar, com as eleições presidenciais de 1958.
Agora a abstenção, não poderia ser favorável à luz de nenhum critério, a nenhum dos candidatos.
Humberto Delgado, ao assumir-se como candidato credível de oposição, colocava este grande problema de novo a Salazar. Haveria que gerir com muita minúcia a dupla questão…
- A eleição em si, em que Américo Tomaz teria de ser eleito, mesmo à custa dos votos de quem não tinha ido votar.
- A adulteração eleitoral, teria de obedecer a um critério que levasse a uma vitória inquestionável do candidato do regime, mas que simultaneamente eliminasse o perigo da abstenção ultrapassar os 50%.
Os resultados eleitorais demonstram o elevado profissionalismo, como foi cumprida a exigência de Salazar.
758.998 votos em Américo Tomaz; 232.528 votos em Humberto Delgado, foi o registo oficial dessas eleições. Não foi nunca publicado o registo das abstenções, que atingiram os 48,8%.
A vitória do candidato oficial com cerca de 75% dos votos, tinha sido esmagadora…mas o número de votos de abstencionistas que lhe foram adicionados não escondia, que se tal não tivesse sido feito, a abstenção teria ultrapassado os 50% e Salazar teria de enfrentar interna e sobretudo externamente, a questão da ilegitimação dessa eleição.
Por este risco, não quis nunca mais Salazar passar.
A 29de Agosto de 1959 e por decreto, era alterado o regime de eleição do Presidente da Republica…passaria a ser eleito por um Colégio Eleitoral restrito de 602 membros.
Salazar não mais voltaria a temer a Abstenção…essa terrível arma de expressão politica das democracias respeitadoras da liberdade individual…porque pura e simplesmente deixou de haver sufrágio universal, que apesar de muito restrito e selectivo, mesmo com um controlo quase total sobre a propaganda, lhe tinha provocado um enorme susto.

José J. Lima Monteiro Andrade 
(Fonte: Blogue "Desafio de Mudança")

VIVA A LIBERDADE!!!


Inauguração da Estátua de José Estevão em Aveiro
Arquivo de Morais Sarmento, Aveiro
(Fonte: Blogue "Esquerda Monárquica")

FIDELIDADE, SEMPRE!


Nada interessa, quando desta vida alguém parte, referir as suas opções políticas. Vale, sim, a sua conduta, as suas atitudes. Acima de tudo, a sua fidelidade e a sua coerência.

O Maestro Manuel Ivo Cruz foi ontem a sepultar, conforme a Imprensa amplamente noticiou. E na biografia, necessáriamente traçada ad hoc, deste Homem da Música e do Pensamento, vá lá saber-se porquê, escapou sempre a sua inalterável convicção monárquica, jamais escondida.

Encontrei-o a última vez em Guimarães, no passado 5 de Outubro, entre os milhares de portugueses presentes, dizendo sim a Portugal e não à República.

Facto sonegado, todos notarão...

Mas as imagens não perdoam. Quer nas cerimónias fúnebres, quer a caminho do cemitério da Lapa, onde foi dada sepultura aos seu restos mortais, a bandeira nacional acompanhou-o sempre.

Manuel Ivo Cruz partiu para a Eternidade no ano maldito do centenário, prenúncio de um Portugal - do seu Portugal - no limiar de algo que, se não for melhor, será péssimo.

A minha homenagem, Maestro! Viva Portugal!

Publicado por João Afonso Machado, in corta-fitas





Já agora, a quem interessar, a missa de 7º dia do Maestro, Compositor e Pedagogo Manuel Ivo Cruz realizar-se-á na próxima sexta-feira, dia 31 de Dezembro, pelas 18 horas, na Igreja da Lapa.

HOJE, ÀS 20H30, NA TVI24, MENDO CASTRO HENRIQUES NO PROGRAMA "LIVRARIA IDEAL"


HOJE  TVI 24 20H30 o  Programa Livraria Ideal, último do ano, será dedicado à obra literária de Mendo Henriques, com incidência nos livros publicados este ano.
 

Título: Vencer ou Morrer
Autor: Mendo Castro Henriques
Sinopse:
1807. Peça a peça, como num jogo de dominó, as nações da Europa caem aos pés de Napoleão. Portugal encontra-se em situação difícil: parece encurralado entre as ambições imperiais da França e a velha aliança com Inglaterra. Mas à medida que se adensam as nuvens da invasão francesa, nos corredores do poder, em Lisboa e em Londres, põem-se em marcha os planos de uma solução nunca antes tentada: a retirada da Corte para o Brasil e a recepção pacífica dos invasores.
O que os franceses não sabem é que esta aparente passividade mais não é do que um engodo. Assegurado o apoio politico e militar dos ingleses, a nação levanta-se em armas num movimento de exaltação patriótica jamais visto. Deixando para trás tudo o que têm, os populares juntam-se aos exércitos e correr a escorraçar o inimigo.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

NOVO PORTUGAL

Portugal está actualmente na pior situação em que alguma vez se encontrou. Se é verdade que a Pátria Portuguesa já esteve em perigo muitas vezes e que, enquanto Nação, já ultrapassámos crises, guerras e atentados à nossa soberania e independência, também o é que nunca nos vimos privados de um projecto nacional de futuro, a não ser durante a I República e agora, durante a 3ª parte desta trilogia de desgraças portuguesas.

Assim, Portugal iniciou o século XXI com um mau presente e a um futuro absolutamente incerto, acima de tudo por não ter algo que una todos os portugueses num projecto comum, o que, de facto, não existe há 36 anos. É neste contexto que, há poucos dias, por ocasião das comemorações de mais um aniversário da Restauração da Independência, S.A.R., Dom Duarte Pio de Bragança, Chefe da Casa Real de Portugal, lançou a discussão sobre aquilo que, se aliado a um forte empenho por parte dos governos da Lusofonia, pode, indubitavelmente, constituir a concretização do V Império de Vieira: uma Confederação de Estados Lusófonos do tipo da Commonwealth Britânica. Com efeito, ao contrário da UE, que não tem quaisquer bases históricas, culturais ou étnicas com que possa justificar a sua existência, a relação quase familiar que existe entre os povos de Portugal, do Brasil, de Angola, da Guiné-Bissau, de São Tomé e Príncipe, de Cabo Verde, de Timor, de Macau e, até certo ponto, da Galiza, constituem aquilo que poderia chamar-se de “Nação Lusófona”.

Com o passar do tempo, tem-se tornado cada vez mais óbvio que o modelo de integração europeia se baseia em falácias e não oferece a Portugal a perspectiva de um futuro melhor.

Salvou-nos a UE da crise? Impediu a nossa recessão? Criou verdadeiro desenvolvimento?

Longe disso, a União não fez mais que fazer de Portugal um país totalmente dependente de Bruxelas, incapaz de viver sem a esmola comunitária e a pena, para nós degradante, do eixo Berlim-Paris.

É por isso que a proposta do Duque de Bragança e que muitos outros portugueses, nomeadamente eu, já tinham defendido, é hoje mais legítima e razoável que nunca.

Só uma forte aproximação aos nossos verdadeiros irmãos transatlânticos pode iniciar algo que, sem ser fácil de atingir, é o único caminho viável que se apresenta a Portugal.

Lamentavelmente, porém, nenhum dos partidos políticos presentemente representados na AR vê a progressivamente mais óbvia indispensabilidade desta viragem radical: de uma Bruxelas que nos humilha para um mundo ultramarino que não apenas nos chama, mas também que nos acolhe.

Rafael Borges, 23-12-2010

AS PRESIDENCIAIS - UM DESÍGNIO ESTÉRIL

Lamento discordar daqueles que se entusiasmam por estes dias com os confrontos televisivos entre os candidatos a Belém: do que necessita imperiosamente a democracia por estes dias é de acção, pois que debate público temo-lo profusamente mais ou menos interessante nas rádios e televisões, nos jornais e na Internet. Quase todos os dias nos é oferecido um vasto menu de políticos, politólogos e jornalistas a debater propostas e ideias para Portugal. Não há notícia de relevância à qual não sejam chamados à colação especialistas do pró e do contra. É uma barrigada constante de debate, muitas das vezes protagonizada por políticos agrilhoados nas agendas dos seus paridos, coisa que resulta numa restrição argumentativa e de ideias simplesmente confrangedora. É nesse modelo discursivo que se inserem os candidatos à presidência, ostensivamente demagógicos, debitando provocações estéreis, promessas ilegítimas sobre matéria em que constitucionalmente são impotentes… e o auto-elogio, meu Deus, que atinge uma patética desfaçatez.

Dito isto, gostava de deixar expresso que considero que o vencedor antecipado, Cavaco Silva, simboliza o lado idílico (que não me convence) daquilo que uma república tem para nos oferecer: a ascensão duma pessoa de origem social modesta e geograficamente periférica ao topo da hierarquia do Estado. Em última análise esta promoção personifica a consumação do mais alto desígnio duma democracia, bandeira antes tão querida duma Esquerda que hoje é dominada por uma casta aburguesada e pretensiosa que adivinha no presidente Cavaco as suas envergonhadas origens rústicas, um Portugal real que injustamente desprezam por complexos sociais. Depois, parece-me injustificado o rancor ao presidente corporizado por uma certa direita que desse modo projecta as suas frustrações para a pessoa do presidente, quando o problema está na natureza do cargo, que é basicamente inútil. Bem que eu gostaria de perceber em que se consubstancia esse famigerado “magistério de influência”: imaginem os problemas de consciência e hesitações com que o José Sócrates se foi debatendo de cada vez que saía dos seus encontros em Belém ao longo do seu desastroso mandato…

É por estas e por outras que, confesso, me custa muito ter de aturar o circo que por estes dias se levanta, as polémicas estéreis e promessas vãs, os recursos e energias inúteis que este País à beira da falência se prepara para desbaratar. O Presidente da república é cargo de fraco valor simbólico, um árbitro recrutado a uma das equipas a quem houve a sensatez de retirar o apito e os cartões para não chatear muito. De resto espera-se que esta farsa insana pela nossa saúdinha se decida à primeira volta, pois que se houver segunda eu emigro.

Aqui chegados, nós portugueses temos aquilo que merecemos: somos um povo descrente, uma Nação em acelerada dissolução sem ideal ou utopia, e o espectáculo proporcionado pelos candidatos a Belém é profundamente estéril e depressivo. Prodígio que será confirmado nas urnas em Janeiro, e para o qual eu contribuirei com um a expressão de um voto Nulo com um “Viva a Monarquia, Viva Portugal”.

João Távora

Fonte: Real Associação de Lisboa

HENRIQUE DE PAIVA COUCEIRO: UMA VIDA DE HONRA E GLÓRIA

Faz 149 anos que nasceu uma das figuras maiores da nossa História Contemporânea, o comandante Paiva Couceiro, que entregou a alma ao criador a 11 de Fevereiro de 1944.

Resumir a vida deste militar e governador ultramarino é quase impossível, dada a dimensão da sua vida e o brilho e luminosidade da sua obra modelar. Um exemplo de heroísmo, tenacidade e virtudes cívicas.

Henrique Mitchell de Paiva Cabral Couceiro nasceu em S. Mamede, freguesia da cidade de Lisboa, a 30 de Dezembro de 1861, filho do general José Joaquim de Paiva Cabral Couceiro e de D. Helena Isabel Teresa Armstrong Mitchell.

Casou a 21 de Novembro de 1896, em Lisboa, com D. Júlia Maria do Carmo de Noronha (1873+1941), filha primogénita e herdeira do dr. D. Miguel Aleixo António do Carmo de Noronha (1850+1932), 3.º Conde de Paraty, e de sua mulher D. Isabel de Sousa Mourão e Vasconcelos (1849+1936).

Como militar assentou praça no Regimento de Cavalaria Lanceiros d’El-Rei (1879) e cobriu-se de glória, pela acção notável em Humpata, Angola (1889), na campanha militar de Angola (1889-1891), na campanha de Melilla, no Marrocos espanhol (1893) e nos combates de Marracuene e Magul, Moçambique (1895), em coragem enaltecida.

Foi formado com o Curso de Artilharia da Escola do Exército (1881-1884); alferes (1881); segundo-tenente de Artilharia (1884); primeiro-tenente (1889); comandante de Cavalaria da Humpata, Angola (1889-1891); cavaleiro da Ordem de Torre e Espada (1890); oficial da Ordem de Torre e Espada (1891); Medalha de Prata para distinção ao mérito, filantropia e generosidade (1892); condecorado com a Cruz de 1.ª Classe do Mérito Militar de Espanha (1893); ajudante do comando do Grupo de Baterias de Artilharia a Cavalo (1894); ajudante-de-campo do Comissário Régio de Moçambique (1894-1895); cavaleiro da Real Ordem Militar de S. Bento de Avis (1895); capitão de Artilharia (1895); ajudante-de-campo honorário do Rei Dom Carlos (1895); proclamado «benemérito da Pátria» (1896); comendador da Ordem de Torre e Espada (1896); conselheiro do Conselho de Sua Majestade; condecorado com a Medalha Militar de Ouro do Valor Militar (1896); condecorado com a Medalha Militar de Prata de Comportamento Exemplar; condecorado com a Medalha de Prata da Rainha D. Amélia (1896); deputado da Nação (1906-1907); vogal da Comissão Parlamentar do Ultramar (1906); vogal da Comissão Parlamentar de Administração Pública (1906-1907); vogal da Comissão Parlamentar da Guerra (1906-1907); Governador-Geral de Angola (1907-1909); demitido do Exército (1911); comandante das Incursões Monárquicas de 1911 e 1912; Presidente da Junta Governativa do Reino, na Monarquia do Norte (1919); escritor.

Monárquico convicto, foi anti-republicano de gema e anti-salazarista, sendo perseguido pelo Estado Novo, em atropelo das garantias das liberdades cívicas, tratado como um reles vigarista, esquecida a sua imensa folha de serviços prestados à Pátria.

Ousou afrontar o tirânico Salazar, que, de forma iníqua e arbitrária, o mandou expulsar do País em 1935 e prendê-lo e deportá-lo novamente em 1937, por discordar da política ultramarina do Presidente do Conselho e do Estado Novo.

Numa altura em que Paiva Couceiro tinha já 76 anos de idade foi posto na fronteira sem quaisquer documentos, a sofrer as agruras do exílio! Incomodava sempre porque era um homem de brio, dignidade, de raro carácter, um idealista romântico, audaz e tenaz, em cujas veias latejava um elevado conceito de Honra.

Um homem sincero e notável, acima de tudo um Homem de acção e um Homem da Nação. Não curvava a cabeça alva e digna perante o tirano “Botas”, como paladino da Pátria, eivado de predicados indispensáveis.

Deixou uma impressão indelével nas páginas da nossa História, uma luz que cintilava uma coragem sublimada.

(fonte: Blogue Escavar em ruínas - http://escavar-em-ruinas.blogs.sapo.pt/)


PAIVA COUCEIRO E A CONTRA-REVOLUÇÃO MONÁRQUICA (1910-1919)

A contra-revolução monárquica sucedeu quase de imediato à proclamação da República, em 5 de Outubro de 1910 e teve como objectivo primordial organizar um movimento politico-militar capaz de derrubar as instituições do novo regime e restaurar a situação vigente até àquela data. A história da I República é pontuada, desde os seus alvores, por um esforço contra-revolucionário levado a cabo por sectores descontentes com as medidas decretadas pelos governos republicanos e que, incluindo o clero e forças politicas conservadoras e radicais, tinham nos monárquicos de diversas tendências (dos integralistas aos monárquico-constitucionais...) os seus mentores mais salientes e inconformados. O chefe carismático da contra-revolução monárquica foi sem dúvida Henrique de Paiva Couceiro, um dos poucos realistas que resistiu em armas à revolução republicana e que, refugiado político na Galiza, comandou duas frustradas incursões no norte do País, em 1911 e 1912. No início de 1919, conseguiu subverter as instituições da parte do território continental que ia do Minho à linha do Vouga, restaurando a monarquia durante 25 dias. Em nome do Rei e estrategicamente, restaurou a Carta Constitucional de 1826. Contudo, o seu objectivo maior era o regresso à Monarquia Integral, medieval, católica e corporativa. Foi fugaz a experiência da Monarquia do Norte, durante a qual uma Junta Governativa presidida por Couceiro revogou toda a legislação republicana promulgada desde 5 de Outubro de 1910, restaurou a bandeira e o hino monárquicos e legislou intensa e infrutiferamente. A sublevação monárquica de 1919 haveria de abortar, ao não lograr obter apoios fundamentais que poderiam garantir a sua sobrevivência. O malogro da breve experiência monárquica era inevitável. Porém a ideia e a expectativa da restauração realista mantiveram-se até à emergência do Estado Novo, acabando o “monárquico de coração”, Oliveira Salazar, por ser o carrasco de quantos ainda sonhavam no regresso ao 4 de Outubro de 1910...

ARTUR FERREIRA COIMBRA
BRAGA, 2000

(fonte: Blogue A Monarquia do Norte)

SUGESTÃO DE LEITURA

O MUM (MOVIMENTO DE UNIDADE MONÁRQUICA) JÁ TEM UM BLOGUE

Ricardo Gomes da Silva, Artur de Oliveira e Rui Monteiro
http://movmum.wordpress.com/

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

PARA QUE UM PRESIDENTE? QUEREMOS É UM REI, O NOSSO REI!


VENCIDOS DA VIDA


Na Visão de 21 de Dezembro, o drMário Soares escreveu um artigo em que se manifestou irritado com oscomentadores que apontam o descalabro da situação portuguesa actual.

É certo que qualquer pessoamedianamente inteligente e sensata preconizava este estado há pelo menos vinteanos, mas todos preferiam ignorar. Concordo que hoje, não se podendo maisesconder os factos, proliferam como cogumelos nos media os profetas dadesgraça.

Mas a irritação de Mário Soaresdá-lhe azo a trazer à memória o rei Dom Carlos, a que chama de “mal casado comuma francesa” e acusando-o de desprezar o povo, ao qual se terá um dia referidocomo a “piolheira”. 

Quanta maldade!...

A Monarquia, enfraquecida pelainapta classe política parlamentar e por uma crise internacional  verdadeiramente agressiva para Portugal,cedeu facilmente a um pequeno grupo de republicanos que, no meio do desânimo,prometiam riqueza e prosperidade, acusando o rei e o regime de todos os males,usando para isso da calúnia e benificiando do terrorismo da carbonária.

Mário Soares voltou a mostrar asgarras do jacobinismo republicano, denunciando que, afinal, o queverdadeiramente o irrita não são os comentadores mas sim verificar que cem anosapós a República falhou.

ABMeneses
Real Associação de Viseu

RESPOSTA DO NOSSO ASSOCIADO RUI MONTEIRO

A nossa Sociedade no meio de tantos avanços costuma de alguma forma relegar para segundo plano as pessoas mais idosas que em tempos idos eram consideradas as mais sábias ficando no topo da hierarquia social desde as metrópoles mas principalmente no meio rural. Ver um artigo como este do meu camarada Mário Soares faz-me pensar se é justo ou não o lugar de esquecimento em que a Sociedade actual coloca os mais “sábios”, como todos sabemos a verdade que Mário Soares fala no seu artigo só a vê quem a quer, ou melhor, quer ele que vejamos só a parte dele que lhe interessa da questão.  Mário Soares ao referir-se aos “Vencidos da Vida” coloca D.Carlos numa posição distante dos mesmos, talvez pelo peso da sua idade ? ou talvez porque a memória de Mário Soares já falha ?

D.Carlos foi muito influenciado pelos “vencidos da vida” que refere pois tinham-se tornado um círculo influente junto do príncipe herdeiro antes da morte de D.Luís I, assim como depois de D.Carlos tomar o trono. Nesse contexto, Eça de Queiroz escreveu na Revista de Portugal logo que o príncipe subiu ao trono: O Rei surge como a única força que no País ainda vive e opera. Mas tal nesse tempo como hoje aqueles que são contra o sistema normalmente são marginalizados pela Brigada do Reumático.

D.Carlos I podia ser “mal casado com uma francesa” mas não enganou o povo como o Presidente Teixeira Gomes que se não resvalasse para a pedofilia andava lá perigosamente perto como por exemplo se pode ler AQUI . Aliás os republicanos de hoje são em certa medida iguais aos de 1910, quando é para atacar sem argumentos atacam pela baixeza da retórica.

Segundo o camarada Mário Soares “o movimento republicano teve sempre, assim, um cunho acentuadamente patriótico”, isso não se põe em causa mas é curioso como a questão colonial que fazia parte do discurso republicano foi completamente esquecida das Comemorações do Centenário. Não nos podemos esquecer das raízes da questão do mapa ?cor-de-rosa, o incidente de Serpa Pinto que provocou o que veio a seguir tinha em grande parte já sido alimentado pelos desejos de Cecil Rhodes que queria construir um caminho de ferro que fosse do Cairo até à Cidade do Cabo para transportar ? diamantes. Ora como D.Carlos, ou melhor o Governo Progressista de Luciano de Castro, poderia alguma vez negar o Ultimato à Inglaterra e entrar em Guerra com a maior potência militar do séc.XIX ? Não é este um acto patriótico de salvar a Pátria da desgraça ? Coisa que os republicanos não fizeram quando em 1916 a República participou na I Grande Guerra onde morreram 75 000 militares do CEP em nome da recuperação do prestígio perdido por Portugal se tornar uma República ?

Acredito que o Povo Português pode ter um futuro e que ao contrário do que alguns da “Brigada do Reumático” dizem Portugal ainda tem futuro, por acreditar que Portugal tem futuro D.Duarte de Bragança deslocou-se ao Brasil e está a mediar um possível acordo entre Brasil e Portugal respeitante à aquisição de títulos de dívida por parte dos Brasileiros. Como Monárquico Democrata sinto imenso orgulho por ver que o Herdeiro do Trono de Portugal mais uma vez está a SERVIR o seu país e não se está a SERVIR dele como se pode ver aqui e  pelo telegrama de Dilma Roussef a D.Duarte. Sim Portugal tem Futuro, nós monárquicos que acreditamos numa Monarquia Constitucional nunca colocamos e nunca vamos colocar a nossa Independência em Causa.

Militante do Partido Socialista por Aveiro
Rui Monteiro


Os 'vencidos da vida' de hoje

Quarta feira, 22 de Dez de 2010
Irritam-me os portugueses que se comprazem em dizer mal de Portugal. Tudo é negro no nosso país e tudo vai ser pior. Esta moda, snob, vem desde os "vencidos da vida", uma tertúlia chique, criada em finais do século XIX, por reputados intelectuais, escritores e aristocratas, como Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins, Carlos Mayer, Guerra Junqueiro, António Cândido, marquês de Soveral, conde de Ficalho, Lobo d'Ávila e outros mais, que marcaram a sociedade portuguesa da época, com o seu aristocrático pessimismo e a necessidade que sentiam de idolatrar a França e a cultura francesa.

O rei D. Carlos era também um apaixonado da França, que visitava regularmente. Era, aliás, mal casado com uma francesa, a rainha D. Amélia de Orleães, e quando ia a Paris, "respirar civilização", comprazia-se, à partida, a dizer aos seus acompanhantes: lá vamos voltar para "a nossa piolheira". Foi esse desprezo por Portugal e pelo Povo Português - sobretudo após a cedência ao ultimato inglês - que conduziu ao 31 de Janeiro, a primeira Revolução Republicana (frustrada) que teve lugar no Porto, e depois ao regicídio e ao 5 de Outubro.

O movimento republicano teve sempre, assim, um cunho acentuadamente patriótico, desde a celebração do tricentenário de Camões, em 1890, que levou, em 1916, a República a participar na I Grande Guerra, essencialmente para defesa das nossas colónias, ameaçadas pelos apetites de expansão de Inglaterra e da Alemanha, com origem no mapa ?cor-de-rosa e na Conferência de Berlim.Vem isto a propósito da irritação - e da tristeza - que me provocam as diatribes de muitos comentadores encartados e economicistas que só veem os números - e não as pessoas, que são o que conta - quando nos procuram convencer que "Portugal está falido, vai deixar de ser um país independente" e outras diatribes sem sentido. Até porque não nos dizem nunca o principal, isto é: como vamos sair da crise que nos afeta, vinda da União Europeia...

A verdade é que a maioria dos portugueses, das nossas elites, não conhece o que se passa em Portugal e os progressos incomparáveis que fizemos desde o 25 de Abril. Desprezam os progressos materiais - que são incontestáveis - e o salto imenso que demos, quanto ao prestígio de Portugal no mundo, ao sucesso internacional da Revolução dos Cravos e a influência que teve em todos os continentes, bem como o patamar em que hoje os portugueses estão, em todos os domínios: Ciência, Artes, Tecnologia, Investigação, Cultura, Informática e até no Desporto...

Pertenço ao Júri do Prémio Pessoa e todos os anos, na reclusão do Hotel de Seteais, em Sintra, tenho o gosto de estudar e trocar impressões com os meus colegas, sobre os inúmeros candidatos que nos dão a escolher, em todos os domínios do conhecimento. É impressionante e reconfortante. Este ano, atribuímos o prémio a uma prof.ª, médica, investigadora chefe de um Centro que funciona na Faculdade de Medicina de Lisboa, com dezenas de investigadores doutorados, em Portugal e no estrangeiro, que estudam os mecanismos básicos nas células humanas. Trata-se de um Centro de excelência, de grande prestígio internacional, obviamente nos meios científicos da especialidade.A prof.ª que dirige o Centro e à qual foi atribuído o prémio chama-se Maria Carmo Fonseca. É uma cientista altamente reputada e reconhecida nos meios científicos. Discreta, portuguesa dos sete costados, com uns olhos glaucos, que revelam a sua extraordinária inteligência. É um exemplo - um simples exemplo - do Portugal livre em que vivemos, em que se fazem descobertas e estudos, admirados por todo o mundo, que os derrotistas, que todos os dias entram pelas nossas casas, pelas televisões, não conhecem, porque nada sabem das pessoas - o capital mais precioso - e só se ocupam dos dinheiros e das taxas dos juros, que todos os dias sobem ou descem, na economia virtual em que persistimos em viver... <

S.A.R., DOM DUARTE VISITA AS CAVES DA RAPOSEIRA

Aproveitando a sua presença no tradicional Jantar dos Conjurados, promovido pela Real Associação de Trás-os-Montes e Alto Douro, que este ano decorreu na cidade de Lamego, Dom Duarte de Bragança aproveitou a oportunidade para visitar as Caves da Raposeira, as mais antigas de Portugal. A Raposeira, a produzir espumantes desde 1898, sob a batuta do Prof. Orlando Lourenço, continua a manter uma posição sólida no mercado nacional, não passando despercebida esta imagem ao Duque de Bragança que nesta sua visita destacou a “Raposeira como uma marca nacional pelo reconhecimento da qualidade dos seus espumantes”.

No Jantar dos Conjurados, aberto a todas as pessoas que pugnam ou têm simpatia pelo Ideal Monárquico e também a todos aqueles que simplesmente querem associar-se à evocação de uma data marcante da História portuguesa que assinala o 370º aniversário da Restauração da Independência de Portugal, não faltou o tradicional “brinde à Pátria” com espumante Raposeira.

MAGNÍFICO VÍDEO: MONARQUIA VS REPÚBLICA EM PORTUGAL


(Para obter legendas em Português clique em CC)
(Fonte: Canal de CronicasPeregrinacao no YouTube)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A HORA DA ACLAMAÇÃO

DIA DE NATAL PELO PADRE GONÇALO PORTOCARRERO DE ALMADA


DIA DE NATAL*
Diálogo entre o Pai Natal e oMenino Jesus

Foi numa esquina qualquer que se encontraramo Pai Natal e o Menino Jesus. Enquanto aquele se preparava para trepar umprédio, com o seu saco às costas, este último, recém-nascido, descia à terra eoferecia-se inerme, num pobre estandarte, que cobria uma mísera janela.
- Quem és tu, Menino – disse o velho – e quefazes por aqui?! É a primeira vez que te vejo!
- Sou Jesus de Nazaré e ando há vinte séculosà procura de uma casa que me receba e, como há dois mil anos em Belém, não háquem me dê pousada.
- Pois não é de estranhar! Não vês que vensquase nu?! Porque não trazes roupas quentes, como as que eu tenho, para meproteger do frio do inverno?
- O calor com que me aqueço é o fogo do meuamor e o afecto dos que me amam.
- Eu trago muitos presentes, para osdistribuir pelas casas das redondezas. E tu, que andas por aqui a fazer?
- Eu sou rico, mas fiz-me pobre, para ospobres enriquecer com a minha pobreza. Eu próprio sou o presente de quem meacolher. Não vim ensinar os homens a ter, mas a ser, porque quanto maisdespojada é a vida humana, maior é aos olhos do Criador.
- E de onde vens e como vieste até aqui? Euvenho da Lapónia, lá para as bandas do pólo norte.
- Eu venho do céu, de onde é o meu Paieterno, e vim ao mundo pelo sim de uma virgem, que me concebeu do EspíritoSanto.
- Que coisa estranha! Nunca ouvi falar deninguém que tenha nascido de uma virgem e assim tenha vindo ao mundo! E nãotens nenhum animal que te transporte para tão longa viagem, como eu tenho estasrenas?
- Um burrinho foi a minha companhia em Belém,e foi também o meu trono real, na entrada triunfal em Jerusalém.
- Um burro?! Não é grande coisa, para tronode um rei…
- O meu reino não é deste mundo e a suaentrada é tão estreita que os meus cortesãos, para lá entrarem, se têm quefazer pequeninos, porque destes é o meu reino.
- E que coisas ofereces? Que tesouros tenspara dar? Que prometes?
- Trago a felicidade, mas escondida na cruzde cada dia; trago o céu, mas oculto no pó da terra; trago a alegria e a paz,mas no reverso das labutas do próprio dever; trago a eternidade, mas no tempogasto ao serviço dos outros; trago o amor, mas como flor e fruto da entregasacrificada.
- Pois eu trago as coisas que me pediram:jogos e brinquedos para os miúdos e, para os graúdos, saúde, prazer, riqueza epoder. Mas, por mais que lhes dê, nunca estão satisfeitos!
- A quem me dou, quer-me sempre mais nacaridade que tem aos outros, porque é nos outros que eu quero que me amem amim.
- Mais um enigma! De facto, somos muitodiferentes, mas pelo menos numa coisa nos parecemos: ambos estamos sós, nestanoite de consoada!
- Eu nunca estou só, porque onde estou, estásempre o meu Pai e onde eu e o Pai estamos, está também o Amor que nós somos eestão aqueles que me amam.
- Bom, a conversa está demorada e ainda tenhomuitas casas para assaltar, pela lareira, como manda a praxe.
- Eu estou à porta e bato e só entrarei nacasa de quem liberrimamente me abrir a porta do seu coração e aí cearei e fareia minha morada.
- Pois sim, mas eu vou andando que já estouvelho e cansado …
- Eu acabo de nascer e quem, mesmo sendovelho, renascer comigo, será como uma fonte de água viva a jorrar para a vidaeterna.
O velho Pai Natal, resmungando, subiu aotelhado do luxuoso prédio, atirou-se pela chaminé abaixo e desapareceu.
Foi então que a janela onde estava o estandartese abriu e uma pobre velhinha de rosto enrugado, como um antigo pergaminho,beijou o reverso da imagem do Deus Menino, que estremeceu de emoção. A seguir,encostou a vidraça, apagou a luz e, muito de mansinho, adormeceu. Depois, oMenino Jesus, sem a acordar, pegou nela ao colo e, fazendo do seu pendão umtapete mágico, levou-a consigo para o Céu.   
P. Gonçalo Portocarrero deAlmada
* Os primeiros cristãos chamavam diesnatalis, ou seja, natal, ao dia da sua morte, porque entendiam que esse erao dia do seu nascimento para a verdadeira vida.

NÃO ESQUEÇAMOS ESTAS PALAVRAS


PRÓXIMAS ACTIVIDADES DA REAL ASSOCIAÇÃO DE VISEU: EM DESTAQUE A PALESTRA DO NOSSO ASSOCIADO RUI MONTEIRO


domingo, 26 de dezembro de 2010

S.A.R. O SENHOR DOM DUARTE: "PORTUGAL NÃO PODE CAIR NO DESÂNIMO"

 (Fonte: Causa Monárquica)

HÁ QUE CONTAR A HISTÓRIA DA DEVOLUÇÃO DOS BENS À FAMÍLIA REAL

No ano do centenário da República, Isabel Silveira Godinho afirmou que a República “vilipendiou e disse muito mal da Família Real, como lhe competia, mas portou-se muito bem ao devolver todos os bens de carácter pessoal”. “A República portou-se muito bem ao devolver os livros, as jóias pessoais, as pratas, os móveis, os tapetes, os fatos, à sua custa, e é uma história que este palácio vai ter de contar um dia”, disse a responsável. Após a proclamação da República, o Paço da Ajuda, residência da Rainha Pia que, depois de enviuvar, “passou apenas a ocupar o piso térreo”, foi selado.
“Uma comissão que integrava um representante da soberana fez um exaustivo inventário, desde pentes e móveis às pratas e jóias”, disse.
Trata-se de uma listagem curiosa em que a cada sala corresponde uma letra do alfabeto “e quando se esgotou o alfabeto, repetiram-se as letras, sendo cada uma acompanhada de sinais diacríticos, A’; A’’ e por aí fora”, explicou.
Dentro de cada sala “cada objecto foi numerado e referenciado” e ainda hoje serve “como um thesaurus”, rematou.
No próximo ano cumpre-se o centenário da morte da Rainha Maria Pia (1847-1911), e o PNA prepara várias iniciativas com base em várias linhas de investigação.
A responsável afirmou que “o palácio deve muito ao empenho da Rainha que era uma mulher fora da sua época”.
As críticas republicanas aos gastos da Mulher de Dom Luís e Mãe de Dom Carlos, permitem que hoje o Palácio possua “riquíssimas colecções não só na qualidade e género como na quantidade”.
A responsável projecta “fazer um dia” uma exposição em que se mostra as quantidades existentes de objectos de quotidiano que há no PNA.
“A riqueza de uma casa afere-se também pela quantidade e é extraordinária. Não há dezenas de marcadores vermeil, há mais de uma centena, por exemplo”, disse.
Referindo-se à Rainha, Isabel Silveira Godinho que dirige o PNA há 30 anos, afirmou que esta “sabia o que comprava, e a ela se deve muito da riqueza das actuais colecções”.
A responsável afirmou que o assassinato do filho e do neto (Dom Carlos e Dom Luís Filipe) abalou muito Maria Pia.
Referindo-se à citada demência da Rainha que o dramaturgo António Patrício na peça “O Fim” ilustra com a régia personagem a regar as flores do tapete do quarto, a directora do PNA argumentou: “julgo que não, mas é claro todos temos uns dias mais negros que outros”.
“É natural que tivesse um desgosto grande. Ninguém pode ficar impávida e serena perante uma desgraça colossal como aquela foi [o assassinato do filho e do neto em Fevereiro de 1908]”, disse.
“E a barbaridade como aquilo aconteceu – continuou - ninguém fica na mesma. A Rainha sofreu, tanto que ela que era uma personagem que sempre gostou de estar em público e de aparecer, e tinha uma pose real, nem precisava de usar jóias, nasceu de facto para ser Rainha, desistiu de estar em cena”.
(ES) - 18-12-2010
Fonte: Jornal HARDMUSICA