MORREU UM GRANDE HOMEM, POR OTTO CZERNIN
SS.AA.II. Os Imperadores Carlos I e Zita com o filho |
Morreu um grande homem Morreu ontem, dia 3 de Julho de 2011, o Arquiduque Otto de Habsburgo, com 98 anos de idade. Com apenas 10 anos de idade assistiu à morte de seu pai, o último imperador do Império Austro-húngaro exilado na ilha da Madeira, após o fim da Primeira Guerra Mundial em Abril de 1922. Formou-se em Louvaina, viveu em toda a Europa, foi deputado independente durante mais de 20 anos pela CDU (União Democrática Cristã) da Baviera na pós-guerra e fundou o movimento europeu Pan-Europa. Conheceu ao longo da sua longa carreira política todos os grandes líderes do século XX tais como Churchil, Roosevelt, De Gaulle, Franco e Salazar. Desde o primeiro minuto que se recusou a apertar a mão a Hitler, o que lhe valeu várias tentativas de assassinato. Conhecia a história da Europa como ninguém, e tal como há 60 anos o preocupava o renascer da Alemanha nazi, hoje preocupava-o o crescimento político e militar da ex. URSS. O meu pai teve o privilégio de trabalhar com ele vários anos aquando do exílio de ambos durante a II Guerra Mundial em Washington, e eu tive o privilégio de o poder acompanhar durante a sua última visita a Portugal, em Janeiro de 2005 em Lisboa. Nesses 5 dias, tive lições de bondade, humildade, e sabedoria que dificilmente esquecerei, por muitas anos que viva. A sua memória ficará comigo durante muito tempo. Que Nosso Senhor acolha a sua boa alma, e que o seu exemplo frutifique através de todos aqueles que tiveram a honra e o prazer de o poder conhecer. O Arquiduque Otto de Habsburgo, tal como seu pai e sua mãe, deixa atrás de si, um rasto de luz e santidade.
Otto Czernin
Cascais, 4 de Julho de 2011
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