quinta-feira, 16 de junho de 2011

S.A.R., DOM DUARTE, UM COMBATENTE ENTRE COMBATENTES

A Comissão organizadora do Encontro Nacional de Combatentes, que decorreu a 10 de Junho de 2011 em Lisboa, exortou os jovens a continuarem estes encontros e a seguirem os “puros valores da portugalidade”. Seguir o exemplo de Camões e do Santo Condestável.
 
O Dia de Portugal frequentemente confundido com o dia do encontro dos ex-combatentes é um dia que propõe uma reflexão sobre o País, facto de que se impõe nos tempo actual. O Dia de Portugal, em Belém, contou com a ausência do PR e de qualquer representante oficial do Estado Maior mas contou com Dom Duarte Pio, ex-combatente da Guerra do Ultramar e combatente activo dos valores da Portugalidade, juntamente com os milhares de ex-combatentes e familiares que aproveitaram este dia para relembrar aqueles que cairam por Portugal.
 
O tenente general Vizela Cardoso dirigia-se às cerca de mil pessoas concentradas junto do Monumento aos Combatentes no Forte do Bom Sucesso, em Belém, tendo apelado aos os ex-combatentes para “seguirem o exemplo: numa mão Camões e na outra o Santo Condestável”.
 
O militar leu ainda uma mensagem do PR dirigida aos ex-combatentes, em que lembrou os 50 anos do início da guerra em África que envolveu um milhão de jovens de todas as regiões do país, e os 3500 militares que ficaram prisioneiros quando da ocupação do ex-Estado da Índia.
 
O Chefe de Estado afirmou a necessidade de passar às “gerações mais novas” a importância de valores como o do mérito, da lealdade, da honra, da família e da Pátria.
 
O encontro que se realiza há 18 anos, acolheu pela primeira vez uma cerimónia inter-religiosa em que participaram o xeque David Munir, da mesquita de Lisboa, e o padre frei Fernando Mota (ex-soldado comando).
 
No discurso de homenagem aos combatentes, Jaime Almeida, ex-militar da Força Aérea Portuguesa, afirmou que “não há povo nem soldado no mundo mais capaz do que o português”.
 
“Sabemos subir montanhas e alcançar cumes; definhamos quando nos criam condições para renascer das cinzas, qual Fénix”, atestou.
 
O antigo militar afirmou “que hoje alguns gostariam de fazer desaparecer das nossas preocupações mais profundas” o “respeito por conceitos como a Pátria, a bandeira e a Nação Portuguesa”.
 
“Essa ‘amnésia provocada’ é ainda mais preocupante quando notamos todos os que, tendo-se entregado heróica e determinadamente a Portugal, voltaram à sua Pátria, alguns deles portadores de deficiências, mas todos com a assumida sensação de ‘Dever Cumprido’ e que os poderes por vezes teimam em disfarçar ou ignorar”, afirmou.
 
O militar referiu também “o envolvimento heroico e determinante da PSP” [Polícia de Segurança Pública] na década de 1960 durante a guerra no ex-ultramar.
 
Na cerimónia foram aliás evocados os elementos da PSP “mortos ao serviço de Portugal”, tendo o superintendente Jorge cabrita afirmado no discurso que proferiu, que esta foi “muitas vezes a garantia de segurança das autoridades administrativas e das populações civis até chegar o contingente militar”.
 
Após os discursos a evocação prosseguiu com a deposição de cerca de vinte coroas de flores no Monumento aos Combatentes dos diferentes ramos das Forças armadas, associações de ex-militares e combatentes e também da Cruz Vermelha.
 
Dom Duarte Pio à saída do Mosteiro dos Jerónimos, na sequência da homilia de D. Ximenes Belo, no âmbito das comemorações do 10 de Junho, propôs uma reformulação no calendário dos feriados nacionais. Segundo Dom Duarte, a melhor forma de homenagear os portugueses que combateram pelos seus ideais seria a celebração dos feitos diversos do povo português exclusivamente no dia 10 de Junho, um feriado destituído de conotações políticas.
 
Participaram na cerimónia disparando uma salva protocolar a corveta Baptista Andrade da Armada e duas aeronaves da Força Aérea além da banda e um destacamento da GNR e militares dos três ramos das Forças Armadas.
Texto Lusa, Fotos: Semanário "O Diabo"
 

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