quinta-feira, 16 de junho de 2011

AFINAL QUAL É O REGIME POLÍTICO QUE MELHOR SE ADAPTA PARA PORTUGAL?

O regime político ideal é; evidentemente, o que melhor se ajusta ás realidadesdo País e que consegue abranger o maior número de pessoas que se sentemidentificadas com ele. Ora, se deitarmos um olhar à história recente dePortugal, não podemos deixar de concluir que o regime que nos foi imposto hácem anos nunca conseguiu adequar-se ás realidades nacionais nem obtertotalmente o apoio do povo Português, tão longe de se identificar com ele,apesar de tantos esforços ......recordem-se as cerimónias por ocasião da tomadade posse de Cavaco Silva; os faustos republicanos não conseguiram reunir quaseninguém.... a não ser os seus apoiantes políticos.

EM PORTUGAL, A REPÚBLICA SÓ CONSEGUIU IMPOR-SE POR MEIO DE UM GOLPE DE ESTADO EDE DOIS TRÁGICOS ASSASSINATOS.

Mas vamos mais longe. Sob o signo da liberdade, implantou-se entre nós, a 5 deOutubro de 1910, o regime republicano. qual foi a sua legitimidaderepresentativa? Recordemos que se tratou de um golpe militar, levado a cabopor um reduzido grupo de oficiais. TRÊS ANOS ANTES, A MONARQUIA, COM SENTIDODEMOCRÁTICO, REALIZOU ELEIÇÕES LIVRES NAS QUAIS AS FORÇAS POLÍTICASREPUBLICANAS NÃO ULTRAPASSARAM OS 7% DOS VOTOS.

A república só conseguiu fazer-se impor através de uma revolução e de doistrágicos assassinatos, que vitimaram El-Rei D. Carlos e seu filho, o PríncipeReal D. Luís Filipe.
 
Derrubava-se assim a instituição multissecular que os nossos maiores haviamconstituído e que modelara toda a existência de Portugal como Nação livre esoberana. Iniciava-se a 1º República, que em vez da apregoada liberdade, deuinício a UM PERÍODO DE 18 ANOS, DURANTE OS QUAIS PORTUGAL E O MUNDO, ATÓNITOS,VIRAM DESFILAR 44 GOVERNOS, 8 PRESIDENTES, E 1 DITADOR. Quanto não teráatrasado Portugal no seu processo de desenvolvimento, essa decorrente inconstância de políticas governativas? Podemos assegurar que algumas dasrealidades mais amargas da nossa história recente não teriam tido lugar com a permanência da MONARQUIA.
 
Sem ela, como instituição moderadora da vertigem demagógica da política dosgovernos, Portugal só encontrou uma saída num regime personalista de 48 anos,que aliás se demonstrou incapaz de evoluir e de se auto-reformar. Sem aMonarquia perdeu também a possibilidade de promover uma descolonizaçãoverdadeiramente exemplar, concedendo paulatinamente a autodeterminaçãoultramarina, sem cortar os laços construídos ao longo de mais de 500 anos derelacionamento fraterno. Com a Monarquia, Portugal poderia ter evitado vinte,ou Deus sabe quantos anos de sofrimento, com cerca de um Milhão de mortos entreos nossos irmãos da África, da Ásia e da Oceania.

EM, MONARQUIA, O REI É O DEPUTADO DE TODA A ENORME PERIFERIA DO MUNDO DOSPARTIDOS POLÍTICOS QUE, NAS REPÚBLICAS, FICA SEM REPRESENTAÇÃO NO PODER.
 
Acredita-se que não há regime mais largamente nacional, mais profundamentepopular do que a Monarquia hereditária.

Os regimes que procuram a sua representação popular ou nacional pelos caminhosda eleição presidencial, encerram-se quase sempre na miragem de um reduzidocírculo que chega a engar-se a si mesmo e julgar-se toda a nação.

Nas Monarquias, pelo contrário, o Rei é o deputado de todos os que não votam;dos que votam por coacções ou rotina; dos que embora tenham votado, nãoconseguiram representação; das crianças; dos ausentes; de toda essa enormeperiferia do mundo dos partidos políticos que, nas repúblicas, fica semrepresentação.

Assim, a Monarquia surge como produto de uma longa experiência, adquirida aolongo dos séculos em que se foram gerando as leis e instituições, ao contráriodo que sucede nos sistemas ideológicos de efémera actualidade, em que oespírito da facção triunfa.

A MONARQUIA É UMA OBRA QUE LEVA SÉCULOS A CONSTRUIR. A REPÚBLICA É UMA REVOLUÇÃOQUE SE FAZ (E QUE EVENTUALMENTE TUDO DESFAZ..) EM 24 HORAS.

É uma verdadeira loucura o facto de certos povos com longa tradição monárquicae seculares instituições, como o nosso, se empenharem em imitar a orfandade dospovos jovens que carecem de tais bens. "A MONARQUIA É COMO UM LONGO ECAUDALOSO RIO QUE ATRAVESSA OS SÉCULOS" Pode desaparecer- como o nossoGuadiana - mas há de vir sempre à tona para prosseguir a sua vitoriosacaminhada rumo ao mar.

Portugal tem a felicidade de possuir uma Família Real coesa e um PRÍNCIPE QUE ÉO LEGÍTIMO E INDISCUTÍVEL HERDEIRO DE TODOS OS REIS QUE, DESDE D. AFONSOHENRIQUES, SE SUCEDERAM NO TRONO PORTUGUÊS, AO LONGO DE OITO SÉCULOS. SUCESSÃOININTERRUPTA, QUE CORRESPONDE ÁS PÁGINAS MAIS GLORIOSAS DA NOSSA HISTÓRIA.

Amadeu Fernandes
Universidade de Coimbra

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