O QUE É SER UM JOVEM MONÁRQUICO?
Ora aqui está um assunto que, aos olhos de muito boa e pouco esclarecida gente, não tem ponta por onde se lhe pegue. Ser jovem e ser monárquico? Mas a Monarquia não é uma coisa de velhos?
Como se vê por estas linhas iniciais, mitos e fantasias não faltam em redor da Monarquia e do apoio que recebe por parte dos jovens. Já iremos ver isso melhor. Antes de mais, a que propósito venho eu escrever este texto? Bem, aqui está o motivo: há coisa de uns dias, vi na Internet uma parte do programa da Sic Radical “Curto Circuito”, transmitido nos princípios de Maio, onde falava o Presidente da Juventude Monárquica de Lisboa, Duarte Seabra Calado. E como o programa era jovem, feito por jovens e para jovens isso trouxe-me aqui, para escrever sobre os jovens monárquicos e dar a minha colherada no assunto. Os jovens monárquicos existem? Quem são? O que fazem? É o que vou dizer e vou escrever preferencialmente para outros jovens, monárquicos ou não, que leiam este texto.
Primeiro, sim… nós, jovens monárquicos, existimos e havemos de continuar a existir, cada vez mais e cada vez com mais apreço à nossa causa. Quem pensava que a Monarquia era coisa para velhotes semi-aristocratas tramou-se a partir daqui. Quem somos? Podemos ser qualquer um que passa na tua rua, que anda na tua escola ou faculdade ou então qualquer um que vês dançar na discoteca da tua preferência. Não… não usamos tabuletas na testa a dizer que somos monárquicos, nem temos uma maneira de vestir ou de falar mais queque, e também não somos todos ricos ou viscondes de qualquer coisa e não andamos sempre de casaco de fato e sapatos de vela. Não somos todos apanhadinhos por história, não passamos a vida a falar dos Descobrimentos e de como os nossos reis foram tipos fixes e nem de como o país está um lixo. Não acordamos e adormecemos a dar beijinhos ao retrato do Sr. D. Duarte, por muito respeito e admiração que possamos ter por ele. Não usamos às escondidas casacas bordadas, chapéus tricórnios ou perucas à Marquês de Pombal, não vivemos em casas cheias de brasões e móveis antigos e tampouco usamos todos bigodes à rei D. Carlos. Tudo isso é treta, amigo. Ideias feitas. Preconceitos. Basicamente, lixo mental. Nós, jovens monárquicos, somos rapazes e raparigas iguais a ti. Vivemos tal como tu podes estar a viver. Há jovens monárquicos que são ricos e vivem em casarões assim como há jovens monárquicos que não são nada endinheirados e que vivem em apartamentos parecidos com aquele onde, se calhar, estás agora a viver e a ler o que eu escrevi. E acredita que estes últimos são a maioria.
Sim… a única coisa que nos pode fazer diferentes de ti é o facto de estarmos ligados a uma causa política na qual acreditamos. Ser monárquico é antes de mais ser um português que ama sê-lo de verdade. E é querer fazer de Portugal um país melhor do que o que temos hoje em dia e não estar disposto a ficar por intenções e palavras quanto a essa vontade. Ser monárquico e ser jovem é garantir que vai haver no futuro tipos com cabeça e com vontade para dar aos teus filhos um país cada vez melhor, e melhor governado, e que não estão dispostos a alinhar nos joguinhos partidários e nas oligarquias a que a República já nos vem habituando. Queremos pelo menos garantir que os teus filhos e os portugueses vão poder sempre contar com a Monarquia como uma alternativa para o país, uma força credível, positiva, moderna, e dinâmica, como só nós, jovens, sabemos ser. Uma verdadeira força de mudança, e de mudança para melhor.
Acredita, amigo, isto é que é a verdade sobre os jovens monárquicos. Tudo o resto é apenas mito, folclore e ideias feitas. E isso não interessa nada.
Filipe Manuel Dias Neto
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