quinta-feira, 11 de novembro de 2010

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 Já vivemos num regime realmente progressista, importados com grandes causas de valor, e não me refiro a pseudo bandeiras como o aborto, casamentos entre pessoas do mesmo sexo, e outras menoridades, refiro-me, por exemplo, quando abolimos a pena de morte. Isso sucedeu nos reinados de D. Maria II e D. Luís I. 
A república que, após 1910, tudo perdeu do Império, que não o soube tratar e adaptá-lo, recebe com pompa e circunstância Hu Jintao, presidente da república popular da China, um regime colonialista e comunista, república que ainda integra a pena de morte, mas que agora apresenta-se com um formato híbrido (à mistura com uma forte veia capitalista) e como potencial comprador de dívida pública portuguesa.

Neste contexto, o presidente Aníbal Cavaco Silva recebe aquele regime com forte aparato, incluindo montadas da GNR (pobre do militar que caiu do cavalo e pior…teve de cumprimentar o ditador), jantar de gala, etc, tudo para “sensibilizar” a poderosa China a comprar-nos, um pouco à semelhança da entrega vergonhosa de Macau.

Esta nossa república não tem qualquer sabor, expressão ou, se assim posso qualificar, carácter de regime. Derrete-se ao primeiro que torce o nariz ou nos dá umas esmolas...

No século XIX, já Portugal estava longe do poderio de outros tempos, mas ainda assim, o Grande Rei D. Pedro V, foi um acérrimo defensor da abolição da escravatura. Aquando do seu reinado, ocorreu um episódio que definiu a convicção do monarca nessa matéria e que, simultaneamente, demonstrava a fragilidade de Portugal perante as grandes potências da altura. Assim, junto à costa de Moçambique é apresado um navio negreiro francês, tendo o seu comandante sido preso. O governo de França, não só exigiu a libertação do navio, bem como uma avultada indemnização ao governo português. Mas o Rei não abdicou de firmar a sua convicção liberal e marcou o sentido de posição de Portugal enquanto Nação e dos portugueses que se orgulharam deste seu representante.

Publicada porPPA (Incúria da Loja)

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