TAILÂNDIA: A DEMOCRACIA VENCEU
Desenganem-se aqueles que pensavam que os “vermelhos” venceriam a batalha iniciada nas ruas de Bangkok, na sequência da tentativa de golpe de Estado ocorrida na passada semana na capital da Tailândia.
Mais do que uma pretensa luta entre “ricos e pobres”, o golpe foi financiado por um conglomerado capitaneado pelo corrupto ex-primeiro ministro, o multimilionário Thaksin Shinawatra, na sequência da já anterior afirmação por parte daquele ex-dirigente de um poder pessoal sem fim mas que encontrava contudo ramificações nas elites empresariais provinciais, a par de uma aliança estratégica com o maoísta PC tailandês.
Com a ocupação da capital tailandesa visava-se fundamentalmente a queda do regime democrático e da secular monarquia, esmagadoramente apoiada pelo povo do Sião, favorecendo a conhecida estratégia expansionista da grande superpotência da região.
A verdade é que o golpe de Bangkok falhou e tal deveu-se à inteligência da reacção contida dos dirigentes tailandeses que apanhou desprevenidos os opositores que esperavam um banho de sangue para, dessa forma, justificarem a pretensa falta de democracia no País.
As baixas foram quase insignificantes e o regime sobreviveu, a exemplo dos séculos em que o Sião jamais aceitou ser colonizado. Desesperados e sem honra, os “camisas vermelhos” bateram em retirada mas, em desespero, semearam um rasto de destruição que levou a que Bangkok perdesse numa só noite os maiores centros comerciais da Ásia, equivalendo estes à superfície total do Colombo, das Amoreiras, do Vasco da Gama, do Allegro Tejo e do Continente, entre outros.
A par desta atitude mais típica de terroristas urbanos, arderam dezenas de edifícios públicos e privados e perderam-se mais de 8000 postos de trabalho... Segue-se agora a tarefa da reconstrução e da reabilitação da costumeira imagem pacífica do país. A monarquia, essa, mais do que nunca, continua a trilhar o seu caminho e a assegurar o bem-estar social do povo do Sião.
A democracia triunfou!
Pedro Quartin Graça in Diário Digital
(Fonte: Blogue da Real Associação de Lisboa)
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