segunda-feira, 21 de junho de 2010

PANORÂMICA GERAL DO XVI CONGRESSO DA CAUSA REAL EM VISEU

Realizou-se em Viseu, no Teatro Viriato, o Congresso da Causa Real, que pela primeira vez aliou um período reservado aos seus associados, com a apresentação do Relatório e Contas e a eleição de novos membros para a Direcção, em substituição de elementos que saíram por razões pessoais e profissionais e que passou a integrar os Dr. Sérgio Rau Silva, Dr. Miguel Esperança Pina e João Távora, a apresentação de moções e declarações sobre a estratégia da Causa Real e um período aberto a todos os monárquicos, com a realização de palestras e a discussão dos temas apresentados, que foram muito participadas pelas cerca de 160 pessoas presentes.

Foram oradores o Prof. Doutor Nuno Gonçalves da Cunha, sobre as razões da sua recente adesão ao ideal monárquico, Prof. Doutor José Adelino Maltês, sobre a Democracia e Monarquia, Dr. Carlos Bobone e João Távora, sobre a Violência política no advento da proclamação da República e Dr. Rui Monteiro, sobre a Esquerda e a Monarquia.

No segundo dia interveio o Dr. José Valle de Figueiredo, que falou sobre a Monarquia e o Municipalismo. Na sessão de encerramento, usaram da palavra o Presidente da Causa Real, Dr. Paulo Teixeira Pinto e Sua Alteza Real o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança, que fez um apelo à intervenção dos monárquicos junto de todos os portugueses num trabalho no terreno para esclarecimento das virtualidades da Monarquia.

No fim do primeiro dia de trabalhos realizou-se uma marcha desde o Teatro Viriato até ao Rossio, com todos os participantes empunhando bandeiras nacionais azuis e brancas e distribuindo –as à população que assistiu à sua passagem, onde na Câmara Municipal o seu Presidente, Dr. Fernando Ruas, recebeu em sessão solene Sua Alteza Real o Duque de Bragança, acompanhado de vários Vereadores.

Mais tarde, SS.AA.RR., convidados pelo Dr. Fernando Ruas, assistiram as marchas populares na avenida Europa em Viseu.

No domingo, dia 20, Sua Alteza Real a Senhora Dona Isabel, Duquesa de Bragança, visitou a Confraria de Santo António, onde a convite da sua direcção foi admitida como confreira. A primeira confreira foi a Rainha Dona Amélia.

Após a missa dominical celebrada na magnífica Sé por Sua Excelência Reverendíssima O Bispo de Viseu D. Ilídio Pinto Leandro, que saudou efusivamente SS.AA.RR. e os participantes do Congresso, continuaram as conferências, no fim das quais actuou o Coro Mozart de Viseu, formado por crianças e jovens de tenra idade.
Seguiu-se um almoço na Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, presidido pelos Duques de Bragança, que reuniu duzentas pessoas.



Assembleia Geral
Dia 19 pela manhã

CONGRESSISTAS A CAMINHO DOS PAÇOS DO MUNICÍPIO PARA A RECEPÇÃO DE S.A.R., O SENHOR DOM DUARTE DE BRAGANÇA

SESSÃO DE BOAS-VINDAS A S.A.R., DOM DUARTE NO SALÃO NOBRE DOS PAÇOS DO MUNICÍPIO

CONFERÊNCIAS E DEBATES

"A imagem de marca de Portugal como produto da economia global"- Prof. Doutor Nuno Gonçalves da Cunha

"As vantagens da Monarquia para a Democracia do século XXI" - Prof. José Adelino Maltês

Foi um momento inesquecivel, o da intervenção do Prof. José Adelino Maltez, ontem, no Congresso da Causa Real em Viseu. Em tudo e por tudo: pelas memórias pessoais que invocou, pela sua análise histórica, pela sua liberdade de pensamento, pelo futuro no qual frisou acreditar sempre.Por quantos mitos foram sucessivamente caindo, enquanto falava e dizia claramente que a res publica é nossa, pertence à Monarquia em que Portugal nasceu, cresceu e decerto sobreviverá e recuperará dos seus males actuais.O seu primeiro contacto com a realidade monárquica: o casual conhecimento desse velhinho simpático, conversador, humilde - afinal o Senhor D. Duarte Nuno, residindo em Coimbra, nos seus pacatos passeios na cidade.J. Adelino Maltez defeniu-se como um tradicionalista - logo adverso ao reacionarismo; conservador - por oposição a revolucionário ou contra-revolucionário. Um homem livre e, só por isso, monárquico. Porque já nas apócrifas Cortes de Lamego se gritou: «nós somos livres e o nosso Rei é livre». Esse o brado que os portugueses deverão sempre trazer na sua alma.Em traços breves mas precisos sublinhou os grandes mestres do pensamento monárquico e da oposição à II República - Almeida Braga (entre os integralistas), João Camossa, Ribeiro Teles, Henrique Barrilaro Ruas com quem tanto aprendeu. Homens depois copiados, mas silenciados, adaptados, logo adulterados. "Onde houvesse um movimento oposicionista ao estado Novo, estava sempre lá um monárquico".Ao longo da sua intervenção, o enaltecimento dos momentos altos da afirmação da nossa identidade nacional: a Dinastia de Avis, o Príncipe Perfeito, 1640, a Constituição ou a Carta Constitucional, 1820 ou 1826, a Maria da Fonte, a Patuleia, o travão colocado ao "devorismo". E o repto: sobrevivamos a este regime, remodelemo-lo, "reelejamos o Rei".Ficaria bem clara, a finalizar, o conselho - estudem. Estudemos.Porque, evidentemente, só assim conheceremos o logro enorme com que a República insiste em vendar os olhos aos portugueses. Esse logro que não traz para as parangonas dos jornais o incómodo pensamento de José Adelino Maltez. 
" O terrorismo político e o advento da República" - João Távora e Carlos Bobone


"A dinâmica política e a Monarquia" - Rui Monteiro

ENCERRAMENTO DO CONGRESSO

Actuação do Coro Mozart, de Viseu


Pintura de um artista viseense, oferecida a Sua Alteza Real O Senhor D. Duarte


(Fontes: Blogues "Família Real Portuguesa" e Real Associação do Médio Tejo)

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