terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A MONARQUIA PORTUGUESA E AS NOVAS TECNOLOGIAS

Vivemos numa época onde a informação histórica é manipulada, desprezada e conduzida de acordo com a vontade dos grupos de interesse predominantes. Os manuais escolares estão polvilhados de mentiras e os conteúdos programáticos são obsoletos, ineficientes e ineficazes. Mas apesar desta estratégia autoritária de poder, o livre acesso às novas tecnologias, concretamente à internet, permite a existência de uma base de dados ilimitada sobre qualquer assunto, revelando ser uma verdadeira lufada de ar fresco e um caminho para uma maior liberdade de pensamento. Desta forma, qualquer jovem pode facilmente pesquisar e encontrar prontamente dados coerentes sobre a nossa História, informações úteis sobre as raízes nacionais e notícias fidedignas sobre as tradições lusitanas.

O facto de haver uma enorme quantidade de dados a analisar, pressupõe a possibilidade dum julgamento pessoal por parte do receptor. E aqui, mais uma vez, a Família e a educação parental aparecem como elementos agregadores e condicionadores do caminho do jovem. Esta nova realidade responsabiliza-nos para, de forma universal e gratuita, colocarmos à disposição da rede global uma informação genuína sobre o nosso passado e os caminhos emergentes do nosso futuro. O que tem sido feito não é pouco, desde o sítio do “Realistas” até ao “Somos Portugueses”, mas é preciso termos a consciência da importância de um argumentário monárquico sólido, aberto às diferenças e com respeito pelo povo nacional.

Quem neste momento fizer uma breve pesquisa sobre o actual estado da actuação monárquica portuguesa, chega à inevitável conclusão da fraca institucionalização, desorganização e amadorismo das estruturas. Completamente dependente das “boas vontades”, estamos reféns das agendas alheias e da disponibilidade pessoal de meia dúzia de indivíduos cujo trabalho é quase sempre irreconhecido e posto de lado. Em vez de recompensar esse esforço diário, prefere-se valorizar quem aplaude mais alto nas festas anuais e quem tem o berro mais estridente nos eventos sociais.

Seria injusto não referir que muito tem sido feito nos últimos anos, em comparação com o deserto de há algum tempo atrás. Mas muito mais há a fazer. É preciso, em primeiro lugar, voltar a chamar todos os que se foram desiludindo e cansando ao longo dos anos, mostrar que estamos diferentes, somos capazes de mudar, reconhecer os erros do passado. São incontáveis os valorosos monárquicos que vi, nos últimos vinte anos, a desistirem, a fraquejarem, a não se quererem aborrecer com os eternos problemas das nossas estruturas. Estamos ainda muito longe de conseguirmos algo de concreto, mas tão perto de darmos um primeiro passo forte e consistente.

Fonte: Blogue "O Monárquico"

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