ECOMUSEU DO SALGADO DE AVEIRO - PRESERVAR PARA TRANSMITIR
A cerimónia de lançamento da obra “Ecomuseu do Salgado de Aveiro", da autoria de Énio Semêdo, teve lugar nos Paços do Concelho, ontem sexta-feira dia 5 de Fevereiro, pelas 18.00 horas, e foi seguida da inauguração da Exposição Monográfica sobre o Salgado de Aveiro, na Galeria dos Paços do Concelho.
A sessão contou com as presenças do Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Élio Maia, e da Vereadora do Pelouro da Cultura, Maria da Luz Nolasco.
A obra pretende ser um contributo para a promoção e preservação da actividade secular salícola da região de Aveiro.
A Real Associação da Beira Litoral congratula-se com este grande contributo para a cultura Aveirense proporcionado pelo seu sócio fundador e membro da direcção. Bem-haja Énio!
A exposição Monográfica sobre o Salgado de Aveiro estará patente ao público, das 14.00 às 19.00 horas, na Galeria dos Paços do Concelho, entre os dias 5 de Fevereiro e 7 de Março.
Esta exposição projecta de forma tridimensional os propósitos da obra, com o objectivo de traçar um desenvolvimento integrado e sustentável do património cultural e natural do salgado e da história e cultura salícolas, projectando-o na memória colectiva futura.
A mostra comporta artefactos, pinturas, fotografias, postais e recortes alusivos ao sal, do espólio da Autarquia Aveirense, de Énio Semêdo e do Clube dos Galitos.
Biografia
Énio Fernandes Curvo Semêdo nasceu a 8 de Junho de 1942, em Degracias – Soure.
Licenciado em Geografia, mestre em Antropologia, é professor aposentado do Ensino Secundário e esteve ligado à formação de formadores (Centro de Apoio Pedagógico – Porto; CIFOP da Universidade de Aveiro; D.G. do Ensino Secundário); professor do Instituto Superior das Ciências da Informação e Administração - ISCIA e coordenador do Centro de Apoio de Aveiro da Universidade Aberta.
Membro fundador de: Fundação para o Estudo e Desenvolvimento da Região de Aveiro – FEDRAVE, Centro Português de Geopolítica -CPG; Associação para a Defesa e Estudo do Património Natural e Cultural do Distrito de Aveiro – ADERAV; Liga dos Amigos do Hospital Infante D. Pedro; Liga dos Amigos do Museu de Aveiro; Círculo Arte e Música de Aveiro; Real Associação da Beira Litoral.
Membro de: Concelho Técnico Consultivo do Arquivo do Distrito de Aveiro; Comissão Consultiva da Feira das Velharias; Comissão Consultiva da Estratégia de Aveiro. Sócio da Associação Portuguesa de Geógrafos (APG) que lhe atribuiu, em 2002, o Prémio João Ferreira Deusdado e do Rotary Club de Aveiro.
Principais publicações
“Aplicação. A lição”, 1973:102-114, Coimbra;
“Contribuição para o uso de microcomputadores no Ensino Secundário”, Actas do IV Colóquio Ibérico de Geografia 1986:801-809, Fac. Letras da Universidade de Coimbra;
Livros Didácticos para o Ensino da Geografia dos 7º, 8º e 9º anos, 1989 a 2001, Porto Editora;
“Caracterização do Distrito 197”, 1987 Rotary Club Aveiro;
1º Prémio de Ensaios do Rotary Club de Aveiro;
“Aveiro – Do Vouga ao Buçaco”, 1989, Editorial Presença;
“Desenvolvimento de uma Aplicação Museológica sobre a Apropriação Social de Recursos em Ambiente Litoral Marítimo (Ria de Aveiro)”, 1989, Universidade do Minho;
“Para uma Geografia de Aveiro – História de Aveiro”, 2009:23-45, Câmara Municipal de Aveiro.
Autor de diversos artigos publicados em jornais diários e semanais.
Sinopse da Obra
Quem se debruça sobre a história da salicultura na região de Aveiro, logo se apercebe que está perante uma actividade secular – certamente anterior à nacionalidade – que apesar de ter como característica dominante a aleatoriedade dos resultados anuais da produção, foi o ouro branco, a mola impulsionadora do progresso de Aveiro até tempos relativamente recentes.
Actividade de cariz profundamente identitário, viu, nas últimas décadas, começar a pairar sobre si a sombra ameaçadora do declínio.
Mesmo ao desaparecimento. E não parece capaz de se auto-reanimar.
Foi no convencimento de que a forma mais eficaz de promover a sua preservação é através de uma intervenção exterior que optei pela proposta de institucionalização do Ecomuseu do Salgado de Aveiro.
Deve ser entendido como pólo congregador de sinergias múltiplas, dinâmico e dinamizador de uma actividade claramente deprimida e agente de preservação da cosmovisão marnoteira.
O Ecomuseu do Salgado de Aveiro será um agente de socialização, escorado num projecto de auto-desenvolvimento de uma comunidade, que tem em conta o passado porque visa o devir.
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