quinta-feira, 21 de abril de 2011

CARTA ABERTA DE UM JOVEM MONÁRQUICO


Caros colegas monárquicos e simpatizantes.

Como todos sabem, Portugal atravessa um período dificílimo para todos. As medidas despesistas, e a irresponsabilidade e incompetência de muitos, levaram-nos a todos a uma situação que chega a ser aflitiva e desesperante para milhares de portugueses, que se debatem com o desemprego crónico, a deficiente assistência social e muitos outros problemas que todos conhecem e escuso nomear. Portugal passa por um período tão difícil que chega a ser comparado à crise finissecular oitocentista, ou até à dominação espanhola de sessenta anos. A verdade é que estamos no mesmo patamar em que estávamos quando de 1910, se não pior, e assim, é difícil para mim não ver que a República falhou, e que não soube cumprir os objectivos a que se propôs e que a nortearam para o poder, a que chegou por via de dois assassinatos, e pela violência e imposição das armas de uma revolução armada, a 5 de Outubro.

Ao longo destes cem anos, mais de uma vez, se tentou unificar os monárquicos sob um movimento unido, capaz de responder aos republicanos e, a longo prazo, ser uma alternativa efectiva ao regime vigente. Contudo, por variadas razões, tal nunca foi concretizado de facto, quanto mais mantido a longo prazo numa união efectiva de esforços. Creio profundamente que é chegado o momento de todos unir. É impossível que um movimento político de cariz nacional, como a Causa Monárquica se quer, seja eficaz e constitua uma voz na vida nacional se cada célula age por si, sem se coordenar com outras por via de uma liderança e coordenação eficaz. Neste momento, vejo a Causa Monárquica, no seu todo, como uma grande orquestra. Mas em que cada um toca uma música diferente, ao seu ritmo, desirmanado dos demais. É por isso necessário  todos se  unam para que  toquemos a mesma melodia, ao mesmo ritmo e à mesma voz.

Sempre me ensinaram, e a vida mo comprovou, que a união faz a força. E creio que a Causa lucrará, se todos os monárquicos puserem de lado as suas diferenças e, por amor à causa e à luta pelo bem público, se unirem, numa aliança única e a longo prazo que coordene de forma eficaz todas as células que, até agora, actuam de modo mais ou menos individual. Não me refiro apenas às Reais Associações, embora muitas, quando não imóveis, estejam aparentemente desmotivadas, ou a agir por si só, tendo algumas excelentes resultados, sem contar com o esforço de outras. Refiro-me a todos os monárquicos leais às suas convicções, e que creiam firmemente que, todos juntos, somos capazes de constituir uma alternativa à República e de defendermos essa alternativa. Não apenas nas ruas, mas também nos órgãos de comunicação social, intervindo, formando opiniões e levando de facto a Monarquia a ter, cada vez mais, voz na vida nacional. Uma voz que se erga, orgulhosa de ser monárquica e portuguesa, para ser um vento de mudança, benfazejo e regenerador da nação.

Apelo assim a todos os monárquicos, e em especial às direcções dos movimentos e reais associações diversas, a que se unam para coordenar os esforços e vontades de todos.

Filipe Manuel Dias Neto

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