quinta-feira, 21 de abril de 2011

BENTO XVI E AS CELEBRAÇÕES DA SEMANA SANTA: - PARA REFLEXÃO DA SEMANA FIDELÍSSIMA QUE OSTENTA AS 5 CHAGAS DE CRISTO NA BANDEIRA

 

Porque fomos diversas vezes distinguidos na nossa História com o título de Nação Fidelíssima, porque desde 1748, "Sua Magestade Fidelíssima" é um título que os Monarcas em Portugal podem ostentar, porque somos um povo de pulsar Católico tradicional, porque ainda há um ano fomos honrados com a visita de Sua Santidade (que saudade!), fica acima o vídeo da exposição do significado do Tríduo Pascal, feita hoje em Roma, na Audiência Geral, por Bento XVI.
 
Que no meio das vicissitudes do presente, não tomemos o efémero por permanente, nem uma crise terrena por mais do que qualquer dor de algo que é findo com a morte. Só com o recuperar da visão do homem como ser completo na sua transcendência, com Alma que anseia pelo seu Divino Criador, o Deus Uno e Trino, consubstancial em Pai, Filho e Espírito Santo, poderemos ter a noção de quão relativas são todas as crises, quando comparadas com a promessa da Eternidade, que nos é aberta na Páscoa do Senhor. Se do lado trespassado de Cristo jorrou sangue e água, à sua morte na Cruz foi associada a redenção baptismal das nossas falhas. Como se dizia no I vol. de Jesus de Nazaré, se no Baptismo das Águas do Jordão Cristo foi buscar os pecados nelas deixados pelos pecadores, no Dom maior de Si Mesmo, na Salvífica Cruz, a Nova Aliança é feita, pela Redenção que o seu Sacrifício nos Alcança.
 
Tirar os olhos do Presente é ver no Amanhã o Transcendente, e compreender que o Sacrifício é também Redentor. Em Spe Salvi, Bento XVI recorda-nos da insuportabilidade que seria a eternidade terrena, e remete-nos para essa esperança que nenhum Messianismo Político pode substituir. Lidemos com as coisas deste Mundo, sem ser mundanos! Sem esquecer que na Bandeira, enquanto Povo, temos as Cinco Sagradas Chagas de Cristo representadas, que nem a jacobina República conseguiu remover.
 
Reencontrar Portugal não é possível sem o sentido mais profundo de que somos Terra de Santa Maria! O revisionismo histórico de Esquerda não pode apagar, sob os auspícios do ateísmo vigente em tantas sociedades secretas de poder que nos arruinaram, a génese da nacionalidade: «Dom Afonso Henriques, fundador do Reino e Primeiro Rei de Portugal, coloca seu país sob a protecção de Nossa Senhora, por meio de uma promessa solene, feita com o consentimento de seus vassalos e assinada na Catedral de Lamego, no dia 28 de Abril de 1142. Assim, esta data é considerada como a do Baptismo de Portugal, que foi chamado, a partir daí, de "Terra de Santa Maria".»
 
A Festa Litúrgica Portuguesa das 5 Chagas de Cristo, a 7 de Fevereiro, foi-nos concedida pela Santa Sé, desde Bento XIV e assim a cantou Camões nos Lusíadas:
Vede-o no vosso escudo, que presente
Vos amostra a vitória já passada,
Na qual vos deu por armas e deixou
As que Ele para si na Cruz tomou.
(Lusíadas, 1, 7).
 

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