AS ELEIÇÕES VISTAS POR UM MONÁRQUICO
Começou oficialmente a época de caça aos pombos, os meios de informação são sistematicamente bombardeados de notícias sobre o Big Brother político português.
Já se avizinhavam as querelas entre Cavaco e o porta-voz do Governo Manuel Alegre. Durante as últimas semanas temos assistido a uma autêntica telenovela venezuelana entre Cavaco e o BPN e Manuel Alegre e o BPP, agora o tema central de discussão não é o Orçamento de Estado e nem os conflitos PSD/PS … aliás o PSD anda muito caladinho como se nada fosse com ele. A verdade é que esta lavagem de roupa suja constante não aproxima os portugueses para irem votar, pelo contrário. Ora quem beneficia com a abstenção? Não é muito difícil de ver quem …
O que me choca acima de tudo é ver que se pára um país num período tão crítico para os bolsos dos portugueses. Os republicanos falam na teoria quase perfeita de que o presidente é de todos os portugueses. Mas a política não é nenhuma ciência exacta, é sim um daltonismo agudo constante que vem ao de cima nestes casos com mais importância em tempo de eleições da reeleição do cargo. Vemos uma pessoa com heterónimos, duplas personalidades: ora é presidente e fala para “todos os portugueses”, ora é candidato e “fala só para alguns portugueses”. Ao olhar para a novela vemos que a voz dos actores não está sincronizada devido à tradução para português ver, os resultados aparecem depois nos meios de comunicação social.
O português comum não entende este conflito de interesses, como digo aumenta a abstenção e beneficia alguns. O português não vê e não sabe é o que lhe vai ao bolso, 5 milhões de euros gastos só em campanhas eleitorais para a presidência da república mais os 16 milhões de euros anuais que se gasta com a casa civil da república portuguesa. Quando se gastou 10 milhões de euros para comemorar a República é de esperar tudo.
O mais importante é ter alguém que guie este país, que dê esperança, que seja o embaixador dos mais pobres e dos mais fracos. Os políticos que temos em tempo de eleições até vão a Fátima acender velas, depois das eleições sobem ao Olimpo e deixam o discurso político para o Partenon relegando o Povo para o esquecimento.
Só é possível moralizar a política portuguesa com um Rei que seja símbolo de imparcialidade e de abrangência de valores, que defenda todos, que não seja só para algumas castas partidárias, que seja símbolo e exemplo a seguir. Chega de hipotéticos chefes de estado que têm tiques de governação, não queremos um chefe de estado imobilizado parcialmente como se tivesse tido um AVC !
Rui Monteiro
Fonte: Blogue "Causa Monárquica"
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