A INACEITÁVEL PRESUNÇÃO DO SENHOR PRESIDENTE
Ontem (terça-feira, 26 de Outubro) o Senhor Doutor Professor Aníbal Cavaco Silva anunciou num discurso patético a sua candidatura a um segundo mandato a Presidente da Republica.
A sua presunção de que somos todos, uma cambada de parvos e ignorantes, é inconcebível.
Lá do alto do seu pedestal o homem que por ter algum conhecimento especializado, não entende que há a sabedoria de todo um povo, que ele desconhece ou despreza, porque nunca teve a formação indispensável para o exercício do cargo de Chefe de Estado.
Passados cinco anos da sua eleição está Portugal numa situação crítica de insustentabilidade e os portugueses sujeitos a um gravíssimo retrocesso do seu nível de vida e dos seus direitos cívicos e sociais.
Questionou, numa tentativa de desculpabilização perante a sua total ausência de sentido de Estado….
”Como estaríamos se não fosse a MINHA acção de influência de magistratura feita de forma discreta mas muito positiva?”
A política só pode ter como parâmetro de análise os resultados objectivos dos seus agentes e interpretes… esse resultado está à vista de todos.
Mas respondamos remetendo duas perguntas ao senhor Presidente …
“ Como estaríamos se o Sr. Presidente tivesse feito a análise correcta das ultimas eleições legislativas e não tivesse dado posse a um Governo minoritário, de incompetentes e corruptos e tivesse exercido os seus poderes para uma negociação que promovesse um governo maioritário?”
“ Como estaríamos se em lugar de tentar manter esse Governo (a tal solidariedade institucional), tivesse de acordo com os seus poderes constitucionais exigido o rigor da verdade governativa, como condição para a não dissolução da Assembleia da Republica?”.
A responsabilidade primeira desta situação que o próprio Presidente classifica como dramática é dele próprio…a não ser assim para que serve um Presidente da Republica?
É esta última questão que encerra o verdadeiro drama político nacional.
É a esta questão que os portugueses terão de responder.
Das duas uma ou continuamos bloqueados através do pensamento incorrecto de que o nosso mal são estes protagonistas medíocres, ou pelo contrario assumimos a lucidez de finalmente perceber que a mediocridade de todos estes senhores é uma consequência deste regime de dominância partidária.
O que está em causa não é o senhor Aníbal Cavaco Silva, nem os seus temores, ou a sua mentalidade, ou a sua incapacidade de sorrir, ou a sua falsidade, o que está em causa é o regime politico que de forma muito progressiva se bloqueou numa oligarquia de partidos políticos totalmente dominados pela Comissão Europeia.
O que está em causa é a nossa soberania e a própria democracia, ou seja a capacidade do povo português decidir por si próprio.
José J. Lima Monteiro Andrade
A sua presunção de que somos todos, uma cambada de parvos e ignorantes, é inconcebível.
Lá do alto do seu pedestal o homem que por ter algum conhecimento especializado, não entende que há a sabedoria de todo um povo, que ele desconhece ou despreza, porque nunca teve a formação indispensável para o exercício do cargo de Chefe de Estado.
Passados cinco anos da sua eleição está Portugal numa situação crítica de insustentabilidade e os portugueses sujeitos a um gravíssimo retrocesso do seu nível de vida e dos seus direitos cívicos e sociais.
Questionou, numa tentativa de desculpabilização perante a sua total ausência de sentido de Estado….
”Como estaríamos se não fosse a MINHA acção de influência de magistratura feita de forma discreta mas muito positiva?”
A política só pode ter como parâmetro de análise os resultados objectivos dos seus agentes e interpretes… esse resultado está à vista de todos.
Mas respondamos remetendo duas perguntas ao senhor Presidente …
“ Como estaríamos se o Sr. Presidente tivesse feito a análise correcta das ultimas eleições legislativas e não tivesse dado posse a um Governo minoritário, de incompetentes e corruptos e tivesse exercido os seus poderes para uma negociação que promovesse um governo maioritário?”
“ Como estaríamos se em lugar de tentar manter esse Governo (a tal solidariedade institucional), tivesse de acordo com os seus poderes constitucionais exigido o rigor da verdade governativa, como condição para a não dissolução da Assembleia da Republica?”.
A responsabilidade primeira desta situação que o próprio Presidente classifica como dramática é dele próprio…a não ser assim para que serve um Presidente da Republica?
É esta última questão que encerra o verdadeiro drama político nacional.
É a esta questão que os portugueses terão de responder.
Das duas uma ou continuamos bloqueados através do pensamento incorrecto de que o nosso mal são estes protagonistas medíocres, ou pelo contrario assumimos a lucidez de finalmente perceber que a mediocridade de todos estes senhores é uma consequência deste regime de dominância partidária.
O que está em causa não é o senhor Aníbal Cavaco Silva, nem os seus temores, ou a sua mentalidade, ou a sua incapacidade de sorrir, ou a sua falsidade, o que está em causa é o regime politico que de forma muito progressiva se bloqueou numa oligarquia de partidos políticos totalmente dominados pela Comissão Europeia.
O que está em causa é a nossa soberania e a própria democracia, ou seja a capacidade do povo português decidir por si próprio.
José J. Lima Monteiro Andrade
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