ESTADO DE ESPÍRITO
Viva a Maria da Fonte
Com as pistolas na mão
Para matar os cabrais
Que são falsos à nação
Com as pistolas na mão
Para matar os cabrais
Que são falsos à nação
Quando é que nos tornámos medricas? Como é que um povo que fez quatro impérios ao longo de séculos, que passou por tantas crises bem mais graves que a actual, se deixou enredar nesta ladaínha que nos tolhe a coragem? Sinto uma profunda revolta, mas olho à volta e vejo que nos tornámos medricas. Quer os líderes que nos desgovernam, quer os portugueses em geral. E como assinalou o João Gomes Almeida, "em Portugal, o governo apresenta um orçamento de estado que vai pedir ao seu povo o maior sacrifício financeiro das últimas décadas. Os nossos dedicados sindicatos convocam uma greve geral para daí a um mês, os dirigentes estudantis continuam a embebedar-se e a suplicar notas aos docentes e o povo não se preocupa, afinal daqui a poucos minutos dá o directo diário da Casa dos Segredos".
A extorsão que este OE nos impõe, o descurar das principais áreas de actuação do Estado Social, tudo para manter uma ineficiente e parasita máquina estatal, é de uma injustiça gritante. É óbvio que não serão os partidos, os comensais interesses vigentes que se sentam à mesa do orçamento, que irão ter a coragem de ser justos e reformar profundamente o Estado português, colocando em causa as clientelas partidárias e a subsistência das Mota-Engil e das Ascendi do regime. E eu que nos últimos anos me tornei um convicto democrata liberal, começo a crer que talvez Manuela Ferreira Leite tivesse razão quando disse que mais vale suspender a democracia durante uns meses - até porque nós não temos uma democracia mas sim uma oligarquia de gente mal formada a dirigi-la. Se vamos ter ditadura do FMI, daqui a um mês ou daqui a seis, não valerá mais sermos nós a limpar a casa e colocar à frente dos nossos destinos verdadeiros patriotas e gente que saiba o que faz?
Estamos adormecidos nesta catarse colectiva. Até os estudantes, que noutros países sempre foram uma classe social a ter em consideração, se deixam extorquir (as novas regras e a falta de pagamento das Bolsas de Acção Social assim o demonstram), sem tugir nem mugir. Desde 1820, e até 1926, ao menos os portugueses lutavam na rua pelo que acreditavam ser melhor para o país, em especial quando se sentiam particularmente injustiçados. Estamos a ser roubados por gente que ainda se ri na nossa cara, e nada fazemos. Quando, mas quando raio é que nos tornámos medricas???
Samuel de Paiva Pires
A extorsão que este OE nos impõe, o descurar das principais áreas de actuação do Estado Social, tudo para manter uma ineficiente e parasita máquina estatal, é de uma injustiça gritante. É óbvio que não serão os partidos, os comensais interesses vigentes que se sentam à mesa do orçamento, que irão ter a coragem de ser justos e reformar profundamente o Estado português, colocando em causa as clientelas partidárias e a subsistência das Mota-Engil e das Ascendi do regime. E eu que nos últimos anos me tornei um convicto democrata liberal, começo a crer que talvez Manuela Ferreira Leite tivesse razão quando disse que mais vale suspender a democracia durante uns meses - até porque nós não temos uma democracia mas sim uma oligarquia de gente mal formada a dirigi-la. Se vamos ter ditadura do FMI, daqui a um mês ou daqui a seis, não valerá mais sermos nós a limpar a casa e colocar à frente dos nossos destinos verdadeiros patriotas e gente que saiba o que faz?
Estamos adormecidos nesta catarse colectiva. Até os estudantes, que noutros países sempre foram uma classe social a ter em consideração, se deixam extorquir (as novas regras e a falta de pagamento das Bolsas de Acção Social assim o demonstram), sem tugir nem mugir. Desde 1820, e até 1926, ao menos os portugueses lutavam na rua pelo que acreditavam ser melhor para o país, em especial quando se sentiam particularmente injustiçados. Estamos a ser roubados por gente que ainda se ri na nossa cara, e nada fazemos. Quando, mas quando raio é que nos tornámos medricas???
Samuel de Paiva Pires
Fonte: Estado Sentido
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