quarta-feira, 6 de outubro de 2010

DOMINGO PASSADO EM CELORICO DE BASTO: MONÁRQUICOS UNEM-SE NO APOIO A S.A.R. O SENHOR DOM DUARTE PIO, DUQUE DE BRAGANÇA


Vários movimentos monárquicos portugueses encontraram-se domingo, em Celorico de Basto, também para celebrarem o dia 5 de Outubro, mas de 1143, dia da assinatura do Tratado de Zamora. As diferentes associações e sensibilidades comprometeram-se a esquecer divergências e unirem-se à volta e no apoio a D. Duarte Pio.

Em declarações ao Diário do Minho, Manuel Beninger, presidente da distrital de Braga do Partido Popular Monárquico (PPM), explicou que a ideia deste encontro partiu precisamente desta estrutura partidária.

«Nós também comemoramos o dia 5 de Outubro, mas de 1143. É a data do Tratado de Zamora, da fundação da nação portuguesa. Por estranho que pareça, Portugal não comemora o dia da sua fundação.

Deve ser dos poucos países que não festeja o seu nascimento», criticou.

Segundo este responsável, impulsionados por essa data, o PPM de Braga encetou contactos com vários movimentos monárquicos para a realização de um evento, onde se pudessem congregar, no mesmo sítio, vários movimentos em torno da mesma figura da família real. «Resolvemos pôr de lado todas as diferenças e dar um apoio inequívoco à sereníssima Casa de Bragança, na pessoa do D. Duarte Pio. Este é um grande momento de unidade para a causa real», disse Manuel Beninger. Vários elementos da Real Monarquia Portuguesa também estiveram presentes no encontro, para darem o apoio à causa. «O objectivo é caminharmos num só caminho, sem questiúnculas laterais sem sentido nenhum. Depois deste encontro, nada será como dantes.

Estão serenadas as hostes em torno de quem é quem. Esclarecemos por completo que só há um caminho que é o da unidade. Vamos continuar a trabalhar nesse sentido. Mesmo que haja alguma divergência sobre o legado histórico», reforçou. No encontro estiveram os presidentes da Real Associação de Braga e da Real Associação de Trás-os-Montes, bem como representantes da Real Monarquia Portuguesa, que estava desavinda. Aliás, o próprio PPM também estava, porque o antigo presidente discordava de D. Duarte Pio. «A grande mensagem que sai deste encontro é de um movimento unido numa pessoa, sem derivações paralelas. É um passo importante. Houve coragem e cedências de parte a parte para caminharmos em torno da mesma figura».

Causa real forte puxa pela democracia republicana

Francisco Pavão, presidente da Real Associação de Trás-os-Montes, deixou claro o apoio a D. Duarte, chefe da casa real, e saudou os vários movimentos e sensibilidades em torno do chefe. Espera que do encontro saiam ideias para a causa real. Lembrou que a República teve períodos negros, sobretudo no início. «Houve perseguição à Igreja e a cidadãos, as mulheres perderam o direito de voto, ou seja, houve muita coisa má que continua a ser escondida», disse.

José Carlos Menezes, da Real Associação de Braga, também entende o encontro como uma oportunidade para dar visibilidade à causa. Lembra que as democracias mais estáveis da Europa são monárquicas, pelo que Portugal também tinha a ganhar com uma monarquia constitucional.

Joaquim Mota e Silva, presidente da Câmara de Celorico de Basto, republicano assumido, não teve problemas em abrir as portas dos Paços do Concelho aos monárquicos. «A Câmara tem sempre esta postura. É uma forma de estar muito plural. Gostamos de receber muito bem aqueles que vêm por bem a esta terra», afirmou. Aliás, Mota e Silva tem uma forma curiosa de olhar para o movimento. «Para o nosso país, quanto mais forte for a causa monárquica, mais evoluída pode ser a democracia republicana. É como nos partidos políticos. Quanto mais forte for a oposição, mais puxa pelo poder». Por outro lado, acrescenta, desde que as pessoas defendam as suas ideias com rigor e respeito, como é o caso, não pode haver problema algum.

«Quando se trata de religiões, o Papa defende um diálogo ecuménico para que haja paz. Aqui a lógica tem que ser a mesma, dentro da ordem democrática e do respeito pela diferença».

RECEPÇÃO NOS PAÇOS DO CONCELHO DE CELORICO DE BASTO

Recepção nos Paços do Concelho (*)

Neste momento de profunda solenidade, aqui nos Paços do Município de Celorico de Basto, gostaria de manifestar perante o Senhor Presidente, Dr. Joaquim Mota e Silva, o nosso mais profundo agradecimento, por ter permitido reunir neste dia 3 de Outubro, um grupo de monárquicos, que inseridos numa republica, defendem valores morais, patrimoniais e identitários.
Estamos-lhe gratos, porque desta terra se fez muito deste nosso Portugal, e se traçou em muitos livros o seu nome – Celorico de Basto.
Estamos-lhe gratos, porque se lembrou de homens e mulheres que defendem Portugal.

Obrigado
(Manuel Beninger)

(*)
Engº Francisco Pavão – Real associação de Trás-os-Montes e Alto Douro
Drº José Carlos Menezes – Real Associação de Braga
Drº Joaquim Mota e Silva – Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto
Engº Manuel Beninger – Distrital de Braga do P.P.M.

Recepção nos Paços do Concelho
ALMOÇO OFERECIDO PELA CÂMARA MUNICIPAL

Ex.mo Senhor Presidente da Câmara de Celorico de Basto
Ex.mo Senhor Presidente da Real Associação de Braga
Ex.mo Senhor Presidente da Real Associação de Trás-os-Montes e Alto Douro
Ex.mo Senhor Presidente da Mesa do Congresso e do Conselho Nacional do PPM
Ex.mo Senhor Don Camilo Marquês de Baamonde
Senhoras e Senhores

Gostaria de agradecer todas a disponibilidade prestada por este Município, em organizar este evento.
Estamos certos que este sucesso que ainda agora iniciou, é um marco para uma relação entre o passado e o presente, mas que irá permitir um futuro.

Hoje, aqui, defendemos a história de Portugal, a nossa identidade, mas também o desejo de recordarmos aqui que fomos, como incentivo para aquilo que podemos voltar a ser.

Um povo corajoso, que possuiu colónias maiores que o nosso continente, que espalhou a nossa língua, pelo quatro cantos do mundo.

Neste almoço gostava de lançar um pedido.

O Banco Local de Voluntariado de Celorico de Basto está a promover uma campanha de solidariedade com vista à recolha de fundos para aquisição de um elevador de transferência.
Trata-se de uma ajuda técnica que visa prestar apoio à transferência e elevação de pessoas com mobilidade reduzida, como é o caso do Paulo Filipe Carvalho Martins.
Este jovem de 13 anos, residente na freguesia de Gémos no Concelho de Celorico de Basto sofre de distrofia muscular progressiva.
Distrofia muscular é uma doença genética que afecta os músculos causando degeneração com perda de autonomia de movimentos.
O Paulo Filipe é um jovem lutador que conta com o apoio incondicional de seus pais, que apesar da sua situação financeira esforçam-se por prestar todos os cuidados necessários ao seu bem estar. Esta ajuda técnica revela-se fundamental para lhe prestar os cuidados básicos de higiene com conforto e segurança, permitindo a adequada transferência para a cadeira de rodas, para o banho ou até mesmo para a cama, apenas com a ajuda de uma única pessoa.
A associação do Banco Local de Voluntariado de Celorico de Basto a esta causa reveste-se de especial importância, no sentido de proporcionar o mínimo de bem estar ao Paulo Filipe e aos seus pais que vivem angustiados com esta doença.
Assim, pretendemos a ajuda de todos para minimizar o sofrimento e elevar o bem estar e a sua qualidade de vida.
O Banco Local de Voluntariado de Celorico de Basto agradece o seu nobre gesto.

Ser monárquico é também saber ajudar e participar em acções sociais como esta.

Agradeço a todos, a vossa disponibilidade para ajudar que precisa.

Obrigado e Viva Portugal!
(Manuel Beninger)
Ou a República anda da perna ou a perna dá um pontapé na República”.
Drº Joaquim Mota e Silva, Presidente da CM de Celorico de Basto

CONFERÊNCIA MONARQUIA 2010 COM A PRESENÇA DE S.A.R. O SENHOR DOM DUARTE, DUQUE DE BRAGANÇA 

Conferência “Monarquia 2010! (*)

Sua Alteza Real D. Duarte de Bragança
Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto
Sr. Presidente da Mesa do Congresso e do C.N. Nacional do PPM
Sr. Presidente da Distrital de Braga do PPM
Srs. Representantes das diversas Associações Monárquicas
Caros Amigos Monárquicos

A Comissão Política do PPM, ao enviar a este dia da União Monárquica, dois dos seus mais altos dirigentes nacionais, pretende dar um sinal inequívoco de que se encerrou em definitivo um ciclo de afrontação pessoal, abrindo-se um novo ciclo de união e diálogo entre todos os monárquicos.
O PPM deixa aqui, uma mensagem muito clara, para quem duvidava, do profundo respeito que a Sereníssima Casa de Bragança e seu Chefe, Sua Alteza Real o Sr. Duarte nos merece.
Os desafios que hoje se colocam ao Povo Português são de dimensão tal, que exigem de todos os portugueses sem excepção, o sentido de responsabilidade e de Portugalidade que os monárquicos, de forma superior, sempre souberam assumir. Daí que a união seja fundamental para nos tornarmos mais fortes e mais respeitados pela República. A Pátria assim o exige e, acima de tudo, o merece.
O PPM como Partido Político, co-habitando com os demais partidos democráticos republicanos, ainda que a sua expressão eleitoral não traduza a sua dimensão real, é visto e respeitado pelos seus pares como uma voz autorizada dos monárquicos.
Cabe, assim, através do nosso sentido de responsabilidade apelar a todos os monárquicos para que respeitem o PPM e, se assim o entenderem, tragam para o partido propostas e ideias capazes de nos tornar melhores e ainda mais credíveis.
O Partido esteve e sempre estará de portas abertas para receber e valorizar a vossa imprescindível colaboração.
Em sintonia com os seus estatutos e porque vive sob o regime Republicano, o Partido Popular Monárquico nunca poderia ser o Partido do Rei, mas deverá, por força da sua acção política, ser capaz de ganhar a estima do Povo Português, para que um dia consiga, aquilo que todos desejámos - restaurar a monarquia Portuguesa.
Hoje o Partido está diferente, a sua acção política é respeitada e as distritais estão activas e com uma efectiva produtividade, que muito vem dignificando o PPM.
Nestes 100 anos de República, mais do que nunca o Partido se tem empenhado em denunciar o lamentável artigo 288 alínea b) da Constituição Portuguesa, que se diz muito livre, avançada e progressista mas que notoriamente é segregacionista e discriminatória, impedindo os portugueses de se sentirem cidadãos de pleno direito no que concerne à livre escolha de Regime, porque lhes é vedado um direito elementar, consagrado em qualquer Constituição verdadeiramente democrática.
A partir deste dia 3 de Outubro de 2010, tudo será diferente, e Celorico de Basto, terra de fortes tradições monárquicas, ficará para sempre, indelevelmente ligada a um evento que mudou o rumo da história do Movimento Monárquico em Portugal.
Temos a forte convicção de que a expressão eleitoral do PPM, nas próximas eleições será uma surpresa para os Republicanos, que até hoje sempre apostaram nas lutas fratricidas entre os Monárquicos.
O PPM, dá assim um forte contributo pela união, sendo agora preciso potenciar as sinergias e concentrar esforços em objectivos comuns.
Ao amigo Manuel Beninger, Presidente da Distrital de Braga, e grande impulsionador desta louvável iniciativa, por tudo o que tem vindo a fazer com grande dignidade e competência, o partido, reconhece e agradece a um dos seus mais produtivos militantes.
A todos que aqui quiseram vir participar e testemunhar estes eventos, que estamos certos ficarão na história do partido e do País, dizer-lhes que nos orgulha a vossa presença.
Por último e como o nosso povo diz, os últimos são os primeiros… importa aqui salientar, que o PPM Nacional, enaltece a coragem política do Sr. Presidente da Câmara de Celorico de Basto, que ao acolher este evento provou que além de ser republicano é antes de mais um português e grande democrata, o PPM agradece e a História se encarregará de lhe fazer justiça.
Por Portugal, pela Coroa e pela Restauração da Monarquia. 

Adrião Saraiva Gonçalves
Vice-Presidente da Mesa do Congresso e do Conselho Nacional do PPM

(*)
Engº Paulo Alves – Presidente da Mesa do Congresso e do Conselho Nacional do PPM, Drº Joaquim Mota e Silva – Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, SAR O Senhor Dom Duarte Duque de Bragança, Adrião Saraiva Gonçalves – Vice-Presidente da Mesa do Congresso e do Conselho Nacional.
O Senhor Dom Duarte na Conferência "Monarquia 2010! "(*)

Comemora-se este ano, uma fantasiosa estrutura, dita democrática, apelidada de república.
Nós iremos comemorar no dia 5 de Outubro a nossa fundação, e sempre que comemoramos alguma efeméride, é o nome de Portugal que comemoramos.
Somos Monárquicos, defendemos uma restauração de uma Monarquia, defendemos a restauração da nossa identidade.
Mas só num espírito de união, de unificação de todos os monárquicos, é que nos permite um dia, a nossa tão esperada monarquia.
Queremos uma Monarquia!
E por isso, em termo de compromisso, por Portugal e por uma monarquia, vos peço, que neste solene momento nos unamos e ditemos a organizar, a promover iniciativas em conjunto, para que um dia em monarquia, possamos gritar viva o Rei!

(Manuel Beninger)

(*) Eduardo da Costa Seixas, Manuel Beninger e José Carlos Menezes

“Ou a República anda da perna ou a perna dá um pontapé na República”.
Joaquim Mota e Silva, Presidente da CM de Celorico de Basto.

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