OVOS-MOLES DE AVEIRO: O PRIMEIRO PRODUTO DE PASTELARIA CERTIFICADO EM PORTUGAL PELA COMISSÃO EUROPEIA
A receita secular do doce tradicional da pastelaria aveirense (transmitida pelas freiras dominicanas, franciscanas e carmelitas dos vários conventos existentes em Aveiro até ao século XIX), é desde o dia 1 de Julho - o primeiro produto de pastelaria certificado em Portugal. Com a denominação de Indicação Geográfica Protegida, por decisão da Comissão Europeia, os Ovos-Moles de Aveiro passaram a figurar lista de produtos agrícolas e alimentares a ser vendido com um "selo de qualidade". Comercializada inicialmente em barricas de madeira pintadas com barcos moliceiros e outros motivos da Ria de Aveiro, os ovos moles apresentam-se também no mercado em barricas de cerâmica, apostando numa nova imagem.
(Fonte: Pensar Real, Pensar Portugal)
Ovos-Moles de Aveiro
"Ovos-moles" é um doce típico da cidade de Aveiro.
Trata-se de um doce regional, tradicional da pastelaria aveirense, cuja fórmula e método de produção original se deve às freiras dos vários conventos aqui existentes até ao século XIX - dominicanas, franciscanas a carmelitas. Extintos os conventos, o fabrico dos ovos moles manteve-se, graças a senhoras educadas pelas referidas freiras. Desde o início da linha de caminho de ferro Porto-Lisboa que é tradicional a sua venda durante a paragem dos comboios na estação de Aveiro, feita por mulheres usando trajes regionais.
A «massa de doce de ovos» é comercializada em barricas de madeira pintadas exteriormente com barcos moliceiros e outros motivos da Ria de Aveiro. Também se apresenta em tacinhas de cerâmica e ainda envolvida em hóstia (massa especial de farinha de trigo), moldada nas mais diversas formas de elementos marinhos, como ameijoas, peixes, bateiras, conchas e búzios, que são passados por uma calda de açúcar para os tornar opacos e dar mais consistência.
A massa do doce de ovos usada, embora consistente, é muito cremosa e obtida exclusivamente através de açúcar em ponto e gemas de ovos muito frescos, na sua confecção, não deve ser mexida em círculo (para não ficar estriada), mas aproximando e afastando a colher do operador.
Às gemas de ovos, depois de cuidadosamente desclaradas e misturadas, junta-se cerca de metade do peso de açúcar em ponto, de «estrada» a «bola rija», já frio. Mexendo sempre para o mesmo lado com a colher de pau, evitando os círculos, leva-se ao lume até se ver o fundo da caçarola de cobre.
(Fonte: Wikipedia)
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