O REI NÃO ROUBA
Em todas as minhas reflexões, tenho procurado defender a Monarquia Parlamentar e Democrática de uma forma prática e equilibrada, com base naquilo que efectivamente acontece hoje e procuro não meter demasiada retórica no meu discurso.
Em época de crise económica e financeira em Portugal e não só, onde até já se fala num hipotético fim de regime e também a franca necessidade de se cortar nas despesas, que tal o próprio Estado ser menos despesista em relação, por exemplo, à própria Chefia o Estado?
Em tempos abordei a questão dos direitos e dos deveres. É curioso que do lado republicano persiste a ideia de que a Monarquia é, segundo eles, um privilégio de uma família. Será mesmo? Ou não será antes a República um privilégio de alguns sobre os contribuintes?
Vejamos em termos práticos:
a) Em República o Presidente recebe um ordenado, para além de também receber outras benesses relativas à sua condição de Chefe do Estado;
b) Em República, o Presidente que deixa de exercer funções, por derrota eleitoral ou impossibilidade de renová-lo, passará a receber uma pensão de reforma, tendo em conta que, exerceu durante 5 ou 10 anos, o cargo para o qual foi eleito.
c) Em República, o ex-Presidente da República ao falecer, a sua viúva recebe uma pensão de viuvez, tendo em conta que, o seu marido, foi Presidente da República.
Em Monarquia será assim?
1- Em Monarquia o Rei e a Família Real recebem uma Dotação do Orçamento de Estado para exercerem funções de Estado;
2- Em Monarquia o Rei não tem um ordenado;
3- Em Monarquia o Rei não tem nenhuma pensão de reforma;
4- Em Monarquia, o Pai ou Mãe do novo Rei, não tem nenhuma pensão de Reforma, quanto muito viverá dos rendimentos da Família;
5- Em Monarquia a Família Real para viver, não precisa de pedir mais do que deve aos seus contribuintes para viverem minimamente bem e com a dignidade que lhe é devida.
Fazendo uma breve comparação entre Monarquia e República, não deixará de ser curioso que numa rápida conclusão, se perceba que é a República que é um regime de privilégios e que a Monarquia é um regime de serviço.
Pelo que o Rei não rouba o que já é dele, isto é, o Rei não retira ao seu povo mais dinheiro para se sustentar. A Presidência da República, pela sua condição de brevidade e rápida mudança de chefes de Estado, obriga, de algum modo, a sobrecarregar os constribuintes com todas as benesses acima referidas.
Não quero aqui chamar ladrão ou vigarista a nenhum ex-Presidente da República, nem ao actual Chefe de Estado Português. Todos eles têm o seu mérito na História recente de Portugal. O que quero dizer apenas é que ao afirmar que o Rei não rouba, quero sublinhar o facto de que, nós contribuintes passariamos muito melhor com um sistema que acaba até por ser mais justo e adequado à realidade que neste momento vivemos.
Mas digo mais agora noutro parâmetro!
Os Republicanos procuram justificar a necessidade do presente com base no passado. Os Monárquicos devem procurar justificar o presente em nome de um futuro melhor!
Foi a República que levou o País à quase bancarrota em que se encontra. Foi a República que levou o país às diversas crises que durante 100 anos (com menos frequência na II república, percebe-se porquê) assolaram Portugal e fragilizaram os Portugueses.
É tempo de mudança e de acção. Os Portugueses têm que entender a lógica das coisas. Este argumento é fortíssimo e põe por terra a falsa ideia de que em República temos direito a tudo e em Monarquia a nada. A república cria uma sociedade com pouca responsabilidade em relação ao futuro. A Monarquia incute no seu povo a responsabilidade de servir melhor a Pátria para um melhor e mais próspero futuro.
Com a Monarquia, todos ganharemos!
David Garcia
(Fonte: Sítio do PDR-Projecto Democarcia Real)
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