quarta-feira, 28 de abril de 2010



Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, / Define com perfil e ser / Este fulgor baço da terra / Que é Portugal a entristecer – / Brilho sem luz e sem arder, / Como o que o fogo-fátuo encerra. / Ninguém sabe que coisa quer. / Ninguém conhece que alma tem, / Nem o que é mal nem o que é bem. / (Que ânsia distante perto chora...?...) / Tudo é incerto e derradeiro. / Tudo é disperso, nada é inteiro. / Ó Portugal, hoje és nevoeiro... / É a hora!

("in" Mensagem - Nevoeiro - Fernando Pessoa)

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